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Autoestima demais faz mal?
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Existiria autoestima em excesso?
(Kau Mascarenhas)
Gostar muito de si mesmo pode fazer mal? Sempre pesquisei o tema da autoestima e já li de tudo: pensadores respeitáveis consideram-na extremamente importante - base de um psiquismo sadio - enquanto outros, igualmente merecedores de crédito chegam a dizer que não pode existir amor por “si mesmo”, pois quando falamos em amor é fundamental que haja um “outro”. Os argumentos são interessantes e a discussão é aporética, ou seja, sem saída, inconclusiva. Apesar disso, a ideia da autoestima permeia processos terapêuticos, investigações filosóficas e até papos de botequim. É óbvio que há muita confusão quando se trata desse assunto, ao ponto de se dizer que alguém tem autoestima excessivamente elevada ao ser arrogante, prepotente ou muito vaidoso, quando me parece que se trata exatamente do contrário. Autoestima não pode depender somente do mundo exterior, deve ter sua estrutura alicerçada em bases internas. Alguém que precisa diminuir outras pessoas, para assim sentir-se maior, tem muito mais chance de gostar pouco de si mesmo do que do contrário. Quando Carl Gustav Jung tratou dos complexos, por exemplo, alertou para uma constante confusão. Quem deprecia outras pessoas enquanto se vangloria costumeiramente dos seus próprios feitos e adora se auto-exaltar, será diagnosticado de forma apressada como sofrendo de complexo de superioridade. Entretanto, segundo o ilustre Pai da Psicologia Analítica, é bem provável que ali esteja ocorrendo o contrário: essa pessoa teria complexo de inferioridade. Sua atitude de apequenar os outros pode ter origem na dor de sentir-se inferior por dentro. Amar a si mesmo não se reflete em agigantar-se com o desmerecimento do brilho alheio. Quem verdadeiramente gosta de si e se percebe grande não teme o tamanho ou o poder de quem o cerca. Permita que sua autoestima cresça, sem medo de que se torne excessiva e, por isso, prejudicial. Ela não é apenas reconhecida em pessoas que só olham seu lado luminoso. Quem se ama também reconhece suas próprias facetas sombrias, e pode dedicar-se a um processo de transformação eficaz. Ame-se, portanto, cada vez mais.
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(Kau Mascarenhas)
Gostar muito de si mesmo pode fazer mal? Sempre pesquisei o tema da autoestima e já li de tudo: pensadores respeitáveis consideram-na extremamente importante - base de um psiquismo sadio - enquanto outros, igualmente merecedores de crédito chegam a dizer que não pode existir amor por “si mesmo”, pois quando falamos em amor é fundamental que haja um “outro”. Os argumentos são interessantes e a discussão é aporética, ou seja, sem saída, inconclusiva. Apesar disso, a ideia da autoestima permeia processos terapêuticos, investigações filosóficas e até papos de botequim. É óbvio que há muita confusão quando se trata desse assunto, ao ponto de se dizer que alguém tem autoestima excessivamente elevada ao ser arrogante, prepotente ou muito vaidoso, quando me parece que se trata exatamente do contrário. Autoestima não pode depender somente do mundo exterior, deve ter sua estrutura alicerçada em bases internas. Alguém que precisa diminuir outras pessoas, para assim sentir-se maior, tem muito mais chance de gostar pouco de si mesmo do que do contrário. Quando Carl Gustav Jung tratou dos complexos, por exemplo, alertou para uma constante confusão. Quem deprecia outras pessoas enquanto se vangloria costumeiramente dos seus próprios feitos e adora se auto-exaltar, será diagnosticado de forma apressada como sofrendo de complexo de superioridade. Entretanto, segundo o ilustre Pai da Psicologia Analítica, é bem provável que ali esteja ocorrendo o contrário: essa pessoa teria complexo de inferioridade. Sua atitude de apequenar os outros pode ter origem na dor de sentir-se inferior por dentro. Amar a si mesmo não se reflete em agigantar-se com o desmerecimento do brilho alheio. Quem verdadeiramente gosta de si e se percebe grande não teme o tamanho ou o poder de quem o cerca. Permita que sua autoestima cresça, sem medo de que se torne excessiva e, por isso, prejudicial. Ela não é apenas reconhecida em pessoas que só olham seu lado luminoso. Quem se ama também reconhece suas próprias facetas sombrias, e pode dedicar-se a um processo de transformação eficaz. Ame-se, portanto, cada vez mais.
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