Diferenças entre Autismo e Síndrome de Asperger [CÉREBRO, SINTOMAS E TRATAMENTOS]

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Autismo e Síndrome de Asperger são duas condições que hoje se encontram no diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista - TEA, mas são coisas diferentes em termos de QI, Transtorno de Aprendizagem, Educação Especial, Linguagem e constituição cerebral. Os termos "Asperger" e "Autismo" estão entrando em desuso, mas eles ainda podem ser úteis na clínica ou na ciência? Esta é a pergunta respondida no estudo analisado aqui neste vídeo:

Lucelmo Lacerda é Professor, Doutor em Educação pela PUC-SP com estágio pós-doutoral em Psicologia na UFSCar, Psicopedagogo, Professor da Especialização em ABA do CBI of Miami e da Especialização em Autismo da Universidade Federal de Tocantins, atuou como especialista no Grupo de Trabalho do Conselho Nacional de Educação Especial - CNE para a elaboração de novas Diretrizes Nacionais de Educação Especial.

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Endereço para correspondência: Av. Alfredo Ignácio Nogueira Penido, nº 335, Sala 401, Parque Residencial Aquarius, São José dos Campos/SP, CEP: 12246-000
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As colunas de Asperger e Autismo estão invertidas na maior parte dos temas, sorry!

LucelmoLacerda
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Uma coisa é certa, o diagnóstico atrai muito mais preconceito. Entre várias profissões, atualmente sou farmacêutica e trabalhei em uma empresa onde ninguém sabia da minha condição, era considerada metódica, admirada por 99, 9% dos colegas por minhas habilidades, gostava de ser chamada de ET, inclusive ganhei uma festa temática, com discos voadores e aliens na decoração, mas frequentemente era chamada a atenção pelos gestores, por não concordar com a desorganização. Quando saí, revelei a todos e ficaram perplexos, questionaram o porque de não haver apresentado laudo no ato da contratação, já que um dos cuidados da empresa é a inclusão, simplesmente respondi que se eles cometessem algum erro, seria porque são humanos, mas se o mesmo ocorresse comigo, seria por ser autista.

nina_oak
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Sobre o literal: meu filho na escola se recusou a brincar de morto vivo porque ele não queria morrer, achou horrível, a professora ajudou muito e mudou pra agacha e levanta.

FabriciaSimoes
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Concordo demais sobre a negligência com Asperger, pois creio ser vítima dela. Nunca tive diagnóstico mas desde os 5 anos sofro por ter características consideradas diferentes, aos 5 anos a professora me reprovou no jardim de infância por não falar nem interagir com outras crianças, meus pais não sabiam o que fazer e nunca procuraram ajuda específica. Aos 7 anos me matricularam em outra escola e me atrasaram um ano indo pro prezinho mesmo já sabendo ler, lá sofri bullying por muitos anos mas já aos oito comecei a ter enxaquecas terríveis e vários sintomas que hoje identifico como depressão. Ainda hoje aos 52 anos luto pra entender o que sou e tentando reverter tantas consequências ruins no desenvolvimento da minha vida social, amorosa e principalmente financeira. Espero um dia compreender melhor minha própria existência, por sinal bem complexa. Mas feliz por ter conseguido chegar até aqui.

livonetesilva
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A Diretora da escola gritou com meu filho e falou... SUPERE SEU PROBLEMA, se referindo ao autismo.
Ela foi Preconceituosa!
Ele tem 13 anos, é TEA nivel 1, “antigo Asperger ' não agressivo.
Meu filho não quer mais ir pra escola e está tendo crises fortes de ansiedade
Ela gritou com ele na frente das pessoas, humilhou, desrespeitou, ele foi constrangido...
Quem deveria acolher, proteger, apoiar, foi a pessoa que desrespeitou ele, .
Isso dentro da escola, terrível isso! 😭

blogdafamiliak
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Sou Asperger e comprei alguns anos atrás, o livro "Síndrome de Asperger e outros transtornos de alto funcionamento do espectro do autismo", ao ler ficou notório as diferenças entre o "autista" asperger que já nasce "funcional" e o autista não asperger que se torna funcional. Isso causa um problema enorme quando falo que sou um autista funcional no grau mais leve, a síndrome de Asperger. Algumas pessoas simplesmente dizem "você não parece autista" e até me acham habilidoso demais com as artes, bem articulado mesmo eu sendo muito desajeitado. Eu sei desenhar bem, pinto, desenvolvo sistemas mecânicos, mas minha escrita não é boa, fica adequada com letra de forma e uma porcaria com letra cursiva. A letra cursiva minha só fica boa se eu escrever lentamente. A facilidade com desenho ocorre mais pelo pensamento por imagem e noção de espaço e controle suave das mãos, a pegada é literalmente diferente de escrever.

leandroartman
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O Asperger deve ter maior comorbidade de Ansiedade e Depressão pois se preocupa mais em ser normal e pelo diagnóstico tender a demorar mais

naoqueropormeunome
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Quando eu era garoto, nos anos 70, eu sentia que havia alguma coisa errada comigo e pedi para o meu pai para fazer análise. Fiz análise de grupo por uns 2 anos. Foi uma revolução na minha vida. Eu era muito anti social, tímido, inseguro e com um profundo sentimento de inadequação. A partir dali eu me tornei mais sociável e comunicativo. Naquela época não havia diagnóstico para esses problemas.

Hoje, eu me identifico com muitos desses sintomas tanto de asperger quanto de autismo. Eu tive esses sintomas durante toda a minha vida mas em grau baixo e não me impediram de me formar, constituir família, trabalhar e hoje estou aposentado. Eu tenho hoje o entendimento de que aqueles anos em que eu fiz análise (psicoterapia de grupo) com adolescentes da minha idade, salvaram a minha vida.

andacomfeeuvou
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Eu vivo na prática do dia-a-dia essa diferença! Sou autista grau 1 e tenho dois filhos que estão no espectro: um menino Asperger e uma menina autista grau 2. A diferença é muito clara. O Felipe não teve atraso de fala, a Isadora tem (não falante). Ele não teve ecolalia, ela tem. Ele não tem esteriotipias motoras, ela tem. Ele tem uma rigidez cognitiva grande, ela também, mas de outra maneira. Enfim, são muito diferentes.

fabricionicoloso
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Realmente, a questão da negligência com o Asperger é prevalente entre os próprios profissionais da saúde e eeducação

kimgkonga
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Doutor, sou asperger (TEA sem atraso intelectual e de fala) e pesquisador do tema. Gostei muito do seu empenho em explicar estes dois aspectos do espectro. Principalmente essa diferença cerebral, da qual eu ainda não tinha conhecimento.
Ao meu ver a unificação asperger/autismo não deve prejudicar em nada o tratamento. Pois são gradações diferentes dentro de um mesmo espectro clínico. Então, claro que no tratamento não devem ser tratados da mesma maneira. Exatamente porque são gradações autistas DIFERENTES. Ou seja, o que era conhecido como asperger não morreu nem desapareceu com a unificação, tudo permanece igual, mas agora entendido como um aspecto dentro de um conjunto maior.
Então, o conceito de espectro não impede um tratamento diferenciado conforme a necessidade de apoio de um e outro.
Igualmente, um dos motivos da unificação foi A JUSTIÇA SOCIAL, pois os aspergers eram deixados de lado em seus direitos, tanto na justiça, para conseguir tratamento via planos de saúde, quanto na adaptação educacional, isso porque eram pessoas consideradas com menos direitos em relação aos chamados autistas de fato. A unificação igualou ambos neste sentido, sendo importante hoje em para o amparo dos aspergers na sociedade.
Quanto às diferenças cerebrais, achei muito interessante. De qualquer forma, vejo que, mesmo sendo diferentes as anatomias, ainda assim o efeito final em ambos é globalmente o mesmo, ou seja, conforme o DSM, há prejuízo em dois domínios: 1) Insuficiência na interrelação/comunicação social e 2) padrões repetitivos/restritos de comportamento, interesses e atividades.

Assim, acredito que esse panorama cerebral diferenciado não justifica um retorno à separação asperger/autismo. Depois, em outras patologias, por exemplo, o déficit de atenção, há estruturas cerebrais que aparecem diferenciadas entre um e outro indivíduo. Mesmo assim, o diagnóstico pode ocorrer em qualquer um dos dois, ou seja, o déficit de atenção pode ser verificado independente de uma formação diferenciada no cérebro.

Também, o Dr. Clay Brites, estudioso no assunto, explica que um autista com atraso de linguagem, com um apoio intenso, pode evoluir para o que se conhece como asperger. Este médico também fala que tem havido casos de asperges apresentando um atraso inicial de linguagem.

Igualmente, tem o neurocientista Alysson Muotri, que criou os chamados minicérebros em laboratório, ele verificou que os autistas tem ramificações de neurônios mais curtas. Muotri me confirmou por e-mail que este encurtamento dos neurônios foi identificado em autistas com atraso de linguagem e também em aspergers.

De qualquer forma, seja qual for a decisão dos profissionais no futuro, eu vejo que o mais importante não é a separação asperger/autista, mas a compreensão do espectro autista em todas as possibilidades de sua manifestação, vejo que o mais importante é o aperfeiçoamento e o estudo de profissionais e a conscientização da sociedade, para que as pessoas na condição sejam amparadas de verdade.

E nisso, acredito que a noção de espectro ajuda muito, pois unifica, o que não significa que as diferenças entre um aspecto e outro não serão consideradas. Asperger é agora desordem autista sem atraso intelectual e de fala, autista como era conhecido antes é desordem do espectro com atraso intelectual ou de fala. E daí se incrementa colocando outras associações, por exemplo, espectro autista sem atraso intelectual ou de fala com déficit de atenção associado. E assim por diante. Eu vejo que o DSM neste sentido foi um avanço muito grande. Vejamos as diferenças sim, mas dentro de uma visão unificada.

Para saber mais sobre o surgimento do conceito de ESPECTRO e a sua importância, indico o livro Espectro Autista – das Trevas ao Entendimento.

tellproducoes
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Meu filho e Asperger e eu fico impressionada com a inteligência dele, quando tinhas uns sete anos adorava livros de Química e eu falava com a professora dele e ela dizia que isso ia ser muito ruim pra ele mas hoje acho que não foi porque ele adora estudar e isso é bom pra ele.

silvanaramoa
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Encantada com o canal !!! Minha filha foi diagnosticada aos 15 anos. Foi um longo caminho entre médicos, psicólogos, pedagogos, fono, escolas... desde bem pequena notamos que ela era diferente. Não tinha habilidades sociais. Sem um diagnóstico não tínhamos ideia de como tratar, como estimular, como ajudar. Hoje ela tem 20 anos, está na faculdade e a vida ficou muito mais fácil depois de entendermos como o cérebro dela funciona. É um verdadeiro desastre as escolas e os pediatras não terem noção sobre o que é e como tratar o autismo.

luciahelenaefrom
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Meu filho é diagnosticado como Asperger. Suas maiores dificuldades :
- TDAH
- Desenvolvimento cognitivo à frente dos demais de sua idade.
- Atraso motor.
- Dificuldade nas interações sociais.
- Ingenuidade.
- Grande interesse em algo específico.
- Bullying ( as outras crianças, adolescentes e jovens, conforme ele foi crescendo, percebiam imediatamente que ele era diferenre, antes mesmo dos adultos e logo ele virava vítima de bullying, em ambientes diferentes).
Na escola, ele precisava ter tido apoio para desenvolver as interações sociais e também apoio para evitar o bullying constante.

mirleydamazio
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Fui diagnosticada com autismo mas não tenho atraso na fala, não entendo as coisas de forma literal, sei muito bem reconhecer palavras de duplo sentido, em contrapartida tbm não sou nenhum gênio, sou péssima em matemática porém sou autodidata (em espanhol e italiano) e tenho um fascínio por idiomas.

carolnovais
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Como educadora, vejo no dia a dia a diferença gritante de uma criança com Asperger e outra com autismo nível 1. Não concordo com a nova classificação. As crianças com Asperger sofrem muita negligência por todos os lados. Os pais não aceitam que o filho precisa de um acompanhamento especial e as escolas tratam os alunos como "aluno problema".

milenareis
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Minha filha asperger tem uma habilidade motora incrível, letras perfeitas, aparentemente e funcionalmente ela passa despercebida nos grupos, mas as relações sociais são restringidíssimas, ela só fala com quem faz sentido para ela, o prejuízo sensorial é enorme, até chora quando o barulho é perturbador para ela. As crises e rigidez de pensamento e comportamento são nosso maior desafio.
Acho incrível como o espectro é enorme.

francisperolas
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Sou Asperger e você está absolutamente correto. Demorei 50 anos para perceber que havia algo errado comigo, embora notasse que as pessoas me achavam diferente.

MrMantonio
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Sou Asperger, convivo com a depressão desde criança.
Sempre sofri muito e percebia que eu não era igual aos outros, eu não sabia exatamente o que era, mas sabia que era algo interno, pq mesmo com 4/5 anos eu sabia que um 'transplante' de corpo, uma mudança na aparência física não resolveria meu problema, pois a minha mente me perseguia.

marinadeoliveira
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Aqui somos uma família de Asperger, e seu vídeo está irretocável, fundamental diferenciar sim!

deborahnegraotorres