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Crédito imobiliário: cenário é sombrio para 2025, depois de recorde em 2024
Contratações de crédito para a casa própria deve atingir nível histórico de R$ 300 bilhões neste ano, mas mudanças nas regras podem afetar o mercado para o próximo ano
As contratações de crédito imobiliário com recursos da poupança e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) somaram R$ 250 bilhões em 2023 e em 2024 isso deve chegar a R$ 300 bilhões. Somente até setembro deste ano já foram contratados R$ 235,1 bilhões, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Se confirmado o aumento de 20%, este será o melhor resultado da história do crédito imobiliário, ficando acima do último recorde de 2021, quando chegou a R$ 255 bilhões. Porém, ao invés de comemorar, o segmento de financiamento habitacional termina o ano apreensivo com o cenário para o próximo ano.
Isso porque as mudanças operadas pela Caixa Econômica Federal em novembro, restringindo o crédito, podem começar a ter efeitos mais fortes a partir de 2025. “Temos tudo para chegar ao recorde, finalizando o ano com um volume muito positivo de crédito imobiliário, mas há uma apreensão no ar sobre como será no próximo ano, uma vez que essas mudanças levam tempo para ter seus efeitos no mercado”, explica Sandro Gamba, presidente da Abecip.
Saiba o que mudou
Desde o dia 1 de novembro começaram a valer as novas regras do financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal. Com as mudanças, os novos contratos serão mais limitados, financiando apenas 70% do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) e apenas 50% pela Tabela Price. Além disso, fica estabelecido um valor máximo para o bem a ser adquirido em até R$ 1,5 milhão.
s reduções constantes nos depósitos da poupança e as mudanças de prazos para investimento em Letra de Crédito Imobiliário (LCI) alteraram a base da formação do fundo para empréstimos habitacionais. A Caixa, responsável por quase 70% dos financiamentos da casas própria, acabou enfrentando mais dificuldades que outras instituições, por isso decidiu mudar as regras.
Para as incorporadoras, a falta de atratividade da poupança para os pequenos poupadores e as mudanças de prazos na LCIs foram decisivas para que isso acontecesse. Isso porque o governo mudou o prazo para que o dinheiro ficasse preso nesse segundo tipo de investimento, passando de três para 12 meses, depois reduziu para seis meses, mas, mesmo assim, não está conseguindo atrair novamente os aplicadores, apesar da isenção de imposto.
“Nós já estávamos falando da necessidade de se buscar alternativas para poupança e a LCI vinha substituindo, mas com a mudança dos prazos o mercado caiu e afetou a formação do funding, que agora precisa ser buscado em outras fontes com custo mais caro”, disse Gamba.
Aumento das taxas de juros
Ele explica ainda que no caso dos bancos privados, a saída foi alterar as taxas de juros do crédito imobiliário, que já aumentaram para o consumidor final. “Acredito que teremos uma redução do volume de crédito consentido para 2025, até porque a base de comparação com 2024, que foi um ano forte, será ruim”, afirma Gamba.
Para Abecip, desde novembro quem estava pensando em comprar casa, diante das novas regras, pode adiar ou até desistir nos próximos 60 a 70 dias. Se ainda houver uma demanda alta, com a redução do desemprego e melhora na renda, os juros devem continuar altos, de acordo com o presidente da entidade. Hoje os juros dos financiamentos para a casa própria está na ordem de 11% ao ano, mas já chegou a 7% em 2021.
A economista Paula Reis, do DataZAP, confirma que as mudanças no mercado imobiliário não são tão rápidas porque o ciclo dele é longo, levando mais tempo para a oferta de imóveis responder aos incentivos de mercado. “Neste ano ainda vimos um começo de recuperação em termos reais dos valores de compra e venda
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