filmov
tv
EDUCAÇÃO E EQUILÍBRIO EMOCIONAL SEGUNDO A NEUROCIÊNCIA | Claudia Feitosa-Santana
Показать описание
Você não é responsável pelo que te acontece, mas sim pela forma com que decide se sentir a respeito disso. Parece confuso? Hoje, a mestre e doutora em neurociências Claudia Feitosa-Santana com pós-doutoramento na University of Chicago conta, aqui na Casa do Saber, como cada um é responsável pela construção de si mesmo, e como a educação e inteligência emocional são práticas que devem ser exercitadas – especialmente quando tudo ao redor estimula reações imponderadas.
Referências:
Kevin Laland (2018) Como nos tornamos um tipo diferente de animal: Uma singularidade evoluída. Scientific American Brasil: Outubro, 30-37.
Thanks to Sil Santana Mix Acessórios:
Sabe aquela pessoa que te irrita profundamente e sua reação é sempre vergonhosa? Seja ironizando, xingando, ou até pior, agredindo? A neurociência mostra que é possível mudar esse comportamento e isso é fundamental tanto para o ambiente de trabalho como o familiar ou social. Uma das melhores coisas da língua portuguesa é diferenciar o “ser” do “estar”. E aí que é preciso aprender que não se é nada, mas sim se está alguma coisa. A neurociência mostra a possibilidade de mudar esse comportamento a partir da consciência de alguns pontos: 1) Ninguém nasce com os circuitos neurais emocionais todos prontos; pelo contrário, esses circuitos são construídos de acordo com a história de cada um e como se lida com ela. Nossas emoções são apostas do cérebro baseadas em experiências. Veja: somos criaturas criadas por nós mesmos; 2) Utilizamos as palavras emoção e sentimento como sinônimo, mas cientificamente elas são diferentes. A emoção vem primeiro e corresponde ao estado físico. Já o sentimento é a interpretação da emoção, a experiência mental. Se o sentimento é resultado de interpretação, mora aqui a possibilidade de mudar; 3) Deveríamos continuar interpretando igual se temos reforço positivo, mas reinterpretarmos se temos reforço negativo. Mas parece que somos mestres em repetir os mesmos erros. Como aprender? A mudança deve ser repetida até cristalizar o novo comportamento; 4) Nossas emoções são resultado de uma orquestra cerebral e não de uma atividade meramente límbica, indicando a participação cognitiva no processamento de emoções e, portanto, a possibilidade de melhor controle emocional – o autocontrole. 5) Outro engano que em geral cometemos é querer ler o que o outro está sentindo, quando na verdade precisamos aprender a controlar a nós mesmos. Isso é inteligência emocional, educação emocional, equilíbrio emocional, controle emocional. Então, ninguém nos faz sentir nada. Nós decidimos o que sentimos. Se continuarmos agindo de forma descontrolada, a responsabilidade é nossa e não da pessoa que nos irrita... e essa responsabilidade significa muita coisa: é aqui que mora nosso livre arbítrio.
Inscreva-se no canal
Комментарии