filmov
tv
João Berhan - Ditadura

Показать описание
Do disco "Roupa Nova" (2018, edição de autor)
~
Picão: saxofone tenor
Ricardo: clarinete baixo, teremim e estalinhos
Baltazar: percussões e estalinhos
Miguel: contrabaixo
Berhan: órgão, megafone, coros, voz e estalinhos
~
Vem ter ao Bairro Alto
que eu assalto
pla manhã
Erguer a ditadura
uma aventura
em Tetuã
Eu quero a bastonada
uma estalada
do imã
Esta falocracia
amolecia
Gengis Khan
A câmara da câmara
a filmar
Leviatã
De cócoras, de quatro
oitenta e quatro
orwelliano
No quarto, ela cora
o outro chora
pla mamã
É tempo do amor
e faz calor
nos meus colãs
É o nosso acordo
eu não te acordo
e tiro o sutiã
Deixa-me estraçalhada
derramada
no divã
Curo-te o priapismo
em exorcismo
de Djavan
Só eu te deixo exausto
o amor é fausto
pra Berhan
Morde-me o naco
na calçada, fraco
a pedra chã
Tá posta, a mesa
a toalha, tesa
a posta barrosã
Nesta fartura
nem limpei a dentadura
sã
Vem à pendura
da censura
mas segura o tchan
Amnistia a factura
o papa, o cura
ou o xamã
Rasura a assinatura
a arquitectura
da fajã
Não tem futuro, a cultura
a literatura
é vã
Espreita pla fechadura
a quadratura
do ecrã
Não sou a tua cura
quem te atura?
nem sou fã
Tanta amargura, jura
queres ternura?
pede à irmã
Que eu tou madura
da licenciatura
em guronsan
Já disse, a dita é dura
eu quero a tua cintura
a dita dura e dura e dura
~
Imaginado, tocado e cantado por mim (voz, guitarra eléctrica, viola, cavaquinho, piano, teclados, percussões electrónicas, chocalho, ovinhos, estalinhos, barulhinhos e coros), pelo Diogo Picão (saxofone tenor e soprano, voz e coros), pelo Ricardo Ribeiro (clarinete baixo e soprano, teremim, estalinhos, ferrinhos e coros), pelo Baltazar Molina (dohola, prato, guizos, estalinhos e coros) e pelo Miguel Gelpi (contrabaixo e coros). Teresa Campos (voz e coros) gentilmente cedida por ela própria.
Eu escrevi e compus as canções. A Ditadura e a Revolução foram erguidas a meias com o Picão. Os arranjos dos sopros são obra dele e do Ricardo. A teia das vozes foi urdida pela Teresa. O quentinho que tudo segura vem das mãos do Baltazar e do Miguel. As cornetas em esteróides na Serra da Lapa saíram da cabeça do Manuel Brito. O Enxaguado enfada o samba do Último Desejo, do Noel Rosa, e pisca o olho ao Sérgio Godinho. A Serra da Lapa faz-se à do Zeca. Todas as outras se fazem a outras quaisquer.
~
À saúde do Picão, à certeza do Ricardo, à franqueza do Baltazar, à surpresa do Miguel, ao acalanto da Teresa.
À Maria, por saber esperar seis anos para me ouvir cantar outra vez.
Ao Agostinho, pela mica do lalá.
~
Picão: saxofone tenor
Ricardo: clarinete baixo, teremim e estalinhos
Baltazar: percussões e estalinhos
Miguel: contrabaixo
Berhan: órgão, megafone, coros, voz e estalinhos
~
Vem ter ao Bairro Alto
que eu assalto
pla manhã
Erguer a ditadura
uma aventura
em Tetuã
Eu quero a bastonada
uma estalada
do imã
Esta falocracia
amolecia
Gengis Khan
A câmara da câmara
a filmar
Leviatã
De cócoras, de quatro
oitenta e quatro
orwelliano
No quarto, ela cora
o outro chora
pla mamã
É tempo do amor
e faz calor
nos meus colãs
É o nosso acordo
eu não te acordo
e tiro o sutiã
Deixa-me estraçalhada
derramada
no divã
Curo-te o priapismo
em exorcismo
de Djavan
Só eu te deixo exausto
o amor é fausto
pra Berhan
Morde-me o naco
na calçada, fraco
a pedra chã
Tá posta, a mesa
a toalha, tesa
a posta barrosã
Nesta fartura
nem limpei a dentadura
sã
Vem à pendura
da censura
mas segura o tchan
Amnistia a factura
o papa, o cura
ou o xamã
Rasura a assinatura
a arquitectura
da fajã
Não tem futuro, a cultura
a literatura
é vã
Espreita pla fechadura
a quadratura
do ecrã
Não sou a tua cura
quem te atura?
nem sou fã
Tanta amargura, jura
queres ternura?
pede à irmã
Que eu tou madura
da licenciatura
em guronsan
Já disse, a dita é dura
eu quero a tua cintura
a dita dura e dura e dura
~
Imaginado, tocado e cantado por mim (voz, guitarra eléctrica, viola, cavaquinho, piano, teclados, percussões electrónicas, chocalho, ovinhos, estalinhos, barulhinhos e coros), pelo Diogo Picão (saxofone tenor e soprano, voz e coros), pelo Ricardo Ribeiro (clarinete baixo e soprano, teremim, estalinhos, ferrinhos e coros), pelo Baltazar Molina (dohola, prato, guizos, estalinhos e coros) e pelo Miguel Gelpi (contrabaixo e coros). Teresa Campos (voz e coros) gentilmente cedida por ela própria.
Eu escrevi e compus as canções. A Ditadura e a Revolução foram erguidas a meias com o Picão. Os arranjos dos sopros são obra dele e do Ricardo. A teia das vozes foi urdida pela Teresa. O quentinho que tudo segura vem das mãos do Baltazar e do Miguel. As cornetas em esteróides na Serra da Lapa saíram da cabeça do Manuel Brito. O Enxaguado enfada o samba do Último Desejo, do Noel Rosa, e pisca o olho ao Sérgio Godinho. A Serra da Lapa faz-se à do Zeca. Todas as outras se fazem a outras quaisquer.
~
À saúde do Picão, à certeza do Ricardo, à franqueza do Baltazar, à surpresa do Miguel, ao acalanto da Teresa.
À Maria, por saber esperar seis anos para me ouvir cantar outra vez.
Ao Agostinho, pela mica do lalá.
Комментарии