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Como sentimos as dores?
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Como sentimos as dores? Quais são os mecanismos que nos tornam capazes de ter essa sensação que, a primeira instância, é extremamente protetora? É sobre isso que eu vou falar nesse vídeo. É claro que, se perguntarmos para as pessoas, ninguém gostaria de sentir dor, mas ter essa capacidade é extremamente importante, há inclusive uma síndrome genética chamada insensibilidade congênita à dor, onde os pacientes não sentem dor alguma e muitas vezes morrem cedo porque não se protegem de alguns estímulos perigosos. Sentir a dor passa.
Então fundamentalmente por cinco etapas das quais a primeira é, de fato, a ativação do receptor de dor em si. Então nós temos a transdução, nós temos a condução, a transmissão, a percepção da dor em si e, finalmente, a modulação da dor; vou falar sobre todas as fases. A primeira então é a transdução, onde o receptor de dor vai reconhecer algum estímulo, que pode ser mecânico como um corte, eventualmente na pele, pode ser térmico como um calor muito forte ou até ácida, alguma coisa química. Ele vai pegar esses estímulo e vai transformar em impulso elétrico, esse impulso vai ser conduzido até um outro neurônio que vai estar situado lá na medula. Essa transmissão desse impulso doloroso de um neurônio para o outro, ela se dá através de liberação de várias substâncias químicas entre os dois neurônios.
Então essas substâncias são liberadas de um e são captadas por outro e envolve muitos íons como sódio, como cálcio e potássio, tudo bem. Vários medicamentos podem inclusive podem agir nesta fase inibindo o processo doloroso ,é o caso dos anticonvulsivantes.
Depois que o estímulo passou para esse segundo neurônio ele vai ser carregado até os neurônios lá do cérebro onde de fato o cérebro vai perceber a dor as suas características da dor. E finalmente o cérebro devolve o impulso que nós chamamos de descendente, de volta, modulando a dor. E essa modulação pode ser para mais ou para menos, ela pode promover analgesia ou criar ainda mais dor e eu vou explicar daqui a pouco. Agora, acabei de explicar para vocês é a dor tida como normal, a dor aguda a dor protetora. Existem algumas situações que valem a pena ser comentadas uma delas é a dor neuropática e outra delas é a sensibilização central. A dor neuropática é, por definição, uma dor originada de uma lesão ou uma disfunção desse sistema perceptório da dor. Essa lesão pode ser traumática, como uma lesão de um nervo em uma cirurgia, por exemplo, ela pode ser metabólica como diabetes mellitus que sabidamente machuca alguns nervinhos ou pode ser até infecciosa, como por exemplo o vírus do herpes zoster que também causa dores neuropáticas bastante intensas.
A dor neuropática, por vir de uma lesão dos nervos, ela tem o seu tratamento completamente diferente de uma dor convencional. Já a sensibilização central acontece de forma diferente, ela significa literalmente sensibilizar as vias da dor. Lembra que eu falei que o objetivo da dor é gerar um comportamento protetor para aquela pessoa ou aquele animal que sente a dor? O exemplo clássico seria queimar a mão, eu vou afastar a minha mão no fogo inclusive vou lembrar que colocar a mão no fogo dói para nunca mais fazer isso.
Em algumas situações nós somos incapazes de gerar esse comportamento protetor ou algumas
doenças que acabam mantendo o estímulo doloroso, então o que que o cérebro faz? Ele interpreta: bom, eu mandei a informação de dor para alguém fazer alguma coisa e gerar esse comportamento protetor, mas nada foi feito. O que que eu vou fazer? Eu vou então aumentar a sensibilidade a dor, eu vou aumentar a sensação de dor para ver se alguém faz alguma coisa.
E isso acontece através da liberação de várias substâncias que sensibilizam o paciente a dor e também pela proliferação de várias células que regulam o processo doloroso.
Então percebam que entender essas fases e esses tipos de dores e também entender em qual situação o paciente se encontra é fundamental para que nós tracemos um plano de tratamento mais efetivo para cada paciente.
Então fundamentalmente por cinco etapas das quais a primeira é, de fato, a ativação do receptor de dor em si. Então nós temos a transdução, nós temos a condução, a transmissão, a percepção da dor em si e, finalmente, a modulação da dor; vou falar sobre todas as fases. A primeira então é a transdução, onde o receptor de dor vai reconhecer algum estímulo, que pode ser mecânico como um corte, eventualmente na pele, pode ser térmico como um calor muito forte ou até ácida, alguma coisa química. Ele vai pegar esses estímulo e vai transformar em impulso elétrico, esse impulso vai ser conduzido até um outro neurônio que vai estar situado lá na medula. Essa transmissão desse impulso doloroso de um neurônio para o outro, ela se dá através de liberação de várias substâncias químicas entre os dois neurônios.
Então essas substâncias são liberadas de um e são captadas por outro e envolve muitos íons como sódio, como cálcio e potássio, tudo bem. Vários medicamentos podem inclusive podem agir nesta fase inibindo o processo doloroso ,é o caso dos anticonvulsivantes.
Depois que o estímulo passou para esse segundo neurônio ele vai ser carregado até os neurônios lá do cérebro onde de fato o cérebro vai perceber a dor as suas características da dor. E finalmente o cérebro devolve o impulso que nós chamamos de descendente, de volta, modulando a dor. E essa modulação pode ser para mais ou para menos, ela pode promover analgesia ou criar ainda mais dor e eu vou explicar daqui a pouco. Agora, acabei de explicar para vocês é a dor tida como normal, a dor aguda a dor protetora. Existem algumas situações que valem a pena ser comentadas uma delas é a dor neuropática e outra delas é a sensibilização central. A dor neuropática é, por definição, uma dor originada de uma lesão ou uma disfunção desse sistema perceptório da dor. Essa lesão pode ser traumática, como uma lesão de um nervo em uma cirurgia, por exemplo, ela pode ser metabólica como diabetes mellitus que sabidamente machuca alguns nervinhos ou pode ser até infecciosa, como por exemplo o vírus do herpes zoster que também causa dores neuropáticas bastante intensas.
A dor neuropática, por vir de uma lesão dos nervos, ela tem o seu tratamento completamente diferente de uma dor convencional. Já a sensibilização central acontece de forma diferente, ela significa literalmente sensibilizar as vias da dor. Lembra que eu falei que o objetivo da dor é gerar um comportamento protetor para aquela pessoa ou aquele animal que sente a dor? O exemplo clássico seria queimar a mão, eu vou afastar a minha mão no fogo inclusive vou lembrar que colocar a mão no fogo dói para nunca mais fazer isso.
Em algumas situações nós somos incapazes de gerar esse comportamento protetor ou algumas
doenças que acabam mantendo o estímulo doloroso, então o que que o cérebro faz? Ele interpreta: bom, eu mandei a informação de dor para alguém fazer alguma coisa e gerar esse comportamento protetor, mas nada foi feito. O que que eu vou fazer? Eu vou então aumentar a sensibilidade a dor, eu vou aumentar a sensação de dor para ver se alguém faz alguma coisa.
E isso acontece através da liberação de várias substâncias que sensibilizam o paciente a dor e também pela proliferação de várias células que regulam o processo doloroso.
Então percebam que entender essas fases e esses tipos de dores e também entender em qual situação o paciente se encontra é fundamental para que nós tracemos um plano de tratamento mais efetivo para cada paciente.
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