#MUTAÇÕES - A democracia e o risco do pensamento

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Com Pedro Duarte, doutor em filosofia pela PUC-Rio, onde é professor na graduação, pós-graduação e especialização em Arte e Filosofia. Foi professor visitante nas universidades de Brown (EUA) e Södertörns 85. (Suécia).

Mediação de Celso Favaretto, Mestre e doutor em Filosofia pela USP; professor livre-docente aposentado; professor de pós-graduação na FFLCH e na FEUSP da USP; autor de livros, inúmeros artigos e ensaios em revistas e livros sobre arte contemporânea, cultura e educação.


Ciclo Mutações: Ainda sob a tempestade

Muitos pensadores buscam definir o que acontece com a política hoje: as tentativas de explicação nem sempre abarcam todo o problema: Populismo? Conceito politicamente confuso que acaba por tornar as classes populares as únicas responsáveis, como escreveu o cientista político Ugo Palheta em seu último livro, La possibilite du fascisme; Neoliberalismo? Certamente em parte, mas ainda assim não é coisa nova: lemos no livro La Récidive 1938, de Michel Foessel que o conceito de neoliberalismo entra no vocabulário político em 1938, quando economistas e filósofos reuniram-se em torno de Walter Lippmann com o objetivo de “renovar o liberalismo econômico posto à prova com a crise de 29”. É certo que um dos fatores fundamentais para entender o neofascismo hoje está no grande avanço da tecnociências – uma das componentes essenciais das mutações na política. Mas as novas tecnologias da informação nem são muito originais no grande alcance de público: pensemos, como nos lembra ainda Foessel, na idade de ouro da informação: apenas na França, em 38, jornais diários tinham uma tiragem de 2 milhões de exemplares e os semanários da extrema direita – leia-se fascistas – chegavam a mais de 1 milhão e 200 mil exemplares.
Muitos temas foram tratados no ciclo. Além do grande avanço da tecnociência, que homogeiniza tudo – valores, gosto, ausência de pensamento etc. – os conferencistas vão discutir a idéia de neofascismo não como regime, mas como movimento, “menos uma rejeição unilateral da modernidade e mais uma reação violenta a uma dimensão da modernidade: aquela que se caracteriza pelas promessas de liberdade, igualdade e emancipação das Luzes”.
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O Heidegger não sabe porque a resposta dele era o nazismo mas preferiu não falar rs

jpdalvi