#MUTAÇÕES - Processos sem sujeito

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Com Olgária Matos, doutora pela École des Hautes Études, pelo Depto de Filosofia da FFLCH-USP e professora de Filosofia da Unifesp. Autora de diversos livros sobre filosofia. Colaborou na edição brasileira de Passagens de Walter Benjamin e prefaciou Aufklârung na Metrópole – Paris e a Via Láctea.

Mediação de Carla Rodrigues, Professora de Ética no Depto de Filosofia da UFRJ, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Filosofia-UFRJ, onde vem se dedicando ao estudo do pensamento da filósofa Judith Butler.

Ciclo Mutações: Ainda sob a tempestade


Muitos pensadores buscam definir o que acontece com a política hoje: as tentativas de explicação nem sempre abarcam todo o problema: Populismo? Conceito politicamente confuso que acaba por tornar as classes populares as únicas responsáveis, como escreveu o cientista político Ugo Palheta em seu último livro, La possibilite du fascisme; Neoliberalismo? Certamente em parte, mas ainda assim não é coisa nova: lemos no livro La Récidive 1938, de Michel Foessel que o conceito de neoliberalismo entra no vocabulário político em 1938, quando economistas e filósofos reuniram-se em torno de Walter Lippmann com o objetivo de “renovar o liberalismo econômico posto à prova com a crise de 29”. É certo que um dos fatores fundamentais para entender o neofascismo hoje está no grande avanço da tecnociências – uma das componentes essenciais das mutações na política. Mas as novas tecnologias da informação nem são muito originais no grande alcance de público: pensemos, como nos lembra ainda Foessel, na idade de ouro da informação: apenas na França, em 38, jornais diários tinham uma tiragem de 2 milhões de exemplares e os semanários da extrema direita – leia-se fascistas – chegavam a mais de 1 milhão e 200 mil exemplares.
Muitos temas foram tratados no ciclo. Além do grande avanço da tecnociência, que homogeiniza tudo – valores, gosto, ausência de pensamento etc. – os conferencistas vão discutir a idéia de neofascismo não como regime, mas como movimento, “menos uma rejeição unilateral da modernidade e mais uma reação violenta a uma dimensão da modernidade: aquela que se caracteriza pelas promessas de liberdade, igualdade e emancipação das Luzes”.
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Комментарии
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Querida Olgaria ❤️Quantas saudades de nossos férteis encontros.Agora, infelizmente, só virtuais, mas sempre encantadoramente gentis e generosos!Feliz por reencontrá-la pelo mundo e usufruir de tanto estudo, inteligência e competência.🥰🙏

elisabeteoberding
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"Toda atividade filosófica é hoje reprimida pela polícia e pela política; os governantes, as igrejas, as academias, os costumes, as fraquezas dos homens conspiram a um simples verniz de erudição". Nietzsche, F. "Escritos sobre a História". Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2005.

cacacarlosfelipe
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Nesse ponto, pensando na juventude, grito: terra! terra! Já estamos fartos, e mais do que fartos, desta busca apaixonada e vadia em mares sombrios e desconhecidos ! Cito: Nietzsche. F. Canto 10. Livro: Sobre as utilidades e desvantagens da História para a vida. II Consideração Intempestiva.

cacacarlosfelipe
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"Os últimos rincões do mundo". Origens do Totalitarismo. "É".

cacacarlosfelipe
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Amo as palavras a mim oferecidas. Grato. Café árabe. amo antes de ter vindo.

cacacarlosfelipe
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"Os vestígios de hábitos perdidos, nos quais já não podemos mais nos encontrar." "Entre suas criaturas, existe uma tribo, singularmente consciente da vida". ou, a formulação que se tornou clássica, de Hipócrates: "A vida é breve, a arte é incerta, a experiência é difícil, o juízo incerto e a ocasião rara".

cacacarlosfelipe
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Imprima. "Morte à Crédito". Louis F. Céline. Triste estou.

cacacarlosfelipe