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A fundamentação da metafísica dos costumes Immanuel Kant Resumo
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A fundamentação da metafísica dos costumes Immanuel Kant Resumo
Uma metafísica dos costumes é indispensável, pois os costumes encontram-se suscetíveis à corrupção. Não basta que uma lei moral venha nos dizer o que é moralmente bom ou ruim, mas que traga em si uma necessidade absoluta dos homens, que a faça ser respeitada por si mesma.
Capítulo Primeiro: Transição do conhecimento vulgar da razão ao conhecimento filosófico
Não há nada que seja sempre bom em qualquer situação, a não ser uma boa vontade, e que esta não seja boa pela utilidade que tem, mas sim que seja boa por si mesma. A razão não deve nos dirigir na satisfação de nossas necessidades, mas deve criar uma vontade boa em si mesma, sendo por isso, absolutamente necessária.
#Kant #ImmanuelKant #Ética
Para sabermos se uma vontade é moralmente boa, devemos nos perguntar se desejamos que essa máxima se converta em lei universal, caso contrário é reprovável. É reprovável não por não atender às vontades de alguém ou por fazer mal a alguém, mas por não poder ser generalizada. Diante dessa vontade de se satisfazer e da lei moral, cria-se uma dialética natural entre as partes que discute as leis morais do dever.
Capítulo Segundo: Transição da filosofia moral popular à metafísica
Transição da filosofia moral popular à metafísica dos costumes
Apesar de o homem agir impulsionado pelo dever, sempre resta a dúvida se não existem realmente interferências das inclinações, das vontades pessoais. Por esse motivo ao longo da história sempre se colocou em dúvida a existência de qualquer ação que fosse guiada pelo dever, mas mesmo assim – durante o passar dos tempos – o conceito de moral não foi colocado em dúvida, digna de conceber a ideia de dever e débil para cumpri-la e empregando a razão para administrar as inclinações.
É impossível determinar com certeza um caso em que o dever tenha sido a única causa impulsora de uma ação, pois se tratando de valores morais, não importam as ações, mas sim seus princípios que não se encontram aparentes, mas escondidos no profundo do ser.
Observando-se as ações humanas, deparamo-nos continuamente com interferências dos interesses pessoais. Para impedir que venhamos perder completamente a fé em nossas convicções do dever, devemos ter em mente que não importa que nunca tenha havido uma única ação de acordo com o dever, mas importa que a razão – anteriormente a toda e qualquer experiência – ordena o que se deve fazer.
Nehuma experiência empírica é capaz de nos dar semelhante lei evidente, pois todo exemplo de ação moral é julgada primeiramente pela noção a priori de moralidade. Não há duvida se é ou não bom alcançar esses conceitos completamente livres de empirismos; na época presente podem ser necessários.
Uma filosofia pratica popular é admissível quando fundamentada primeiramente nos conceitos da razão pura. Não sendo nesse caso, torna-se uma mescla de más observações e princípios ruins, sem que ninguém se pergunte se a fonte para os princípios devem ser de origem empírica ou racional. É demonstrável então que os conceitos morais devem derivar única e exclusivamente da razão pura.
A vontade geral prefere uma filosofia prática popular a um conhecimento racional puro. Mas deve-se primeiro alicerçar tal teoria na metafísica e só então procura-se a popularidade.
Mas a metafísica dos costumes não é só o meio onde ocorre todo o conhecimento teórico, devido ao fato de que a representação pura do dever sobre o coração humano uma reação tão mais forte que todas as teorias empíricas torna-se soberana. Por outro lado uma teoria moral misturada a conclusões empíricas não consegue conduzir a uma boa vontade, ou conduz ao mal.
Conclui-se que todos os conceitos morais têm sua base e origem completamente a priori, na razão pura. A aspiração que é guiada pela razão denomina-se razão prática. Mas se a ação é determinada por outros fatores alem da razão, é denominada contingente. Se for determinada apenas pela razão, é constrição.
Os imperativos são meios de se exprimir a relação entre as leis e as imperfeições da vontade guiada pela lei. O imperativo hipotético ocorre quando ação é boa somente como meio para se chegar a determinado fim. É imperativo categórico se a ação é representada como boa por si mesma.
Não se pode saber como as coisas são realmente, ou em si; somente posso saber como as coisas se apresentam a mim. Por isso não é aceitável que o homem pretenda conhecer-se a si mesmo tal como é, pois o conhecimento que possui de si deriva apenas do mundo empírico, sendo então digno de desconfiança. O ser humano possui uma parte racional e outra empírica.
Referência Bibliográfica:
KANT, Emmanuel. Fundamentos da Metafísica dos Costumes. Trad. de Lourival de Queiroz Henkel. São Paulo: Ediouro.
Uma metafísica dos costumes é indispensável, pois os costumes encontram-se suscetíveis à corrupção. Não basta que uma lei moral venha nos dizer o que é moralmente bom ou ruim, mas que traga em si uma necessidade absoluta dos homens, que a faça ser respeitada por si mesma.
Capítulo Primeiro: Transição do conhecimento vulgar da razão ao conhecimento filosófico
Não há nada que seja sempre bom em qualquer situação, a não ser uma boa vontade, e que esta não seja boa pela utilidade que tem, mas sim que seja boa por si mesma. A razão não deve nos dirigir na satisfação de nossas necessidades, mas deve criar uma vontade boa em si mesma, sendo por isso, absolutamente necessária.
#Kant #ImmanuelKant #Ética
Para sabermos se uma vontade é moralmente boa, devemos nos perguntar se desejamos que essa máxima se converta em lei universal, caso contrário é reprovável. É reprovável não por não atender às vontades de alguém ou por fazer mal a alguém, mas por não poder ser generalizada. Diante dessa vontade de se satisfazer e da lei moral, cria-se uma dialética natural entre as partes que discute as leis morais do dever.
Capítulo Segundo: Transição da filosofia moral popular à metafísica
Transição da filosofia moral popular à metafísica dos costumes
Apesar de o homem agir impulsionado pelo dever, sempre resta a dúvida se não existem realmente interferências das inclinações, das vontades pessoais. Por esse motivo ao longo da história sempre se colocou em dúvida a existência de qualquer ação que fosse guiada pelo dever, mas mesmo assim – durante o passar dos tempos – o conceito de moral não foi colocado em dúvida, digna de conceber a ideia de dever e débil para cumpri-la e empregando a razão para administrar as inclinações.
É impossível determinar com certeza um caso em que o dever tenha sido a única causa impulsora de uma ação, pois se tratando de valores morais, não importam as ações, mas sim seus princípios que não se encontram aparentes, mas escondidos no profundo do ser.
Observando-se as ações humanas, deparamo-nos continuamente com interferências dos interesses pessoais. Para impedir que venhamos perder completamente a fé em nossas convicções do dever, devemos ter em mente que não importa que nunca tenha havido uma única ação de acordo com o dever, mas importa que a razão – anteriormente a toda e qualquer experiência – ordena o que se deve fazer.
Nehuma experiência empírica é capaz de nos dar semelhante lei evidente, pois todo exemplo de ação moral é julgada primeiramente pela noção a priori de moralidade. Não há duvida se é ou não bom alcançar esses conceitos completamente livres de empirismos; na época presente podem ser necessários.
Uma filosofia pratica popular é admissível quando fundamentada primeiramente nos conceitos da razão pura. Não sendo nesse caso, torna-se uma mescla de más observações e princípios ruins, sem que ninguém se pergunte se a fonte para os princípios devem ser de origem empírica ou racional. É demonstrável então que os conceitos morais devem derivar única e exclusivamente da razão pura.
A vontade geral prefere uma filosofia prática popular a um conhecimento racional puro. Mas deve-se primeiro alicerçar tal teoria na metafísica e só então procura-se a popularidade.
Mas a metafísica dos costumes não é só o meio onde ocorre todo o conhecimento teórico, devido ao fato de que a representação pura do dever sobre o coração humano uma reação tão mais forte que todas as teorias empíricas torna-se soberana. Por outro lado uma teoria moral misturada a conclusões empíricas não consegue conduzir a uma boa vontade, ou conduz ao mal.
Conclui-se que todos os conceitos morais têm sua base e origem completamente a priori, na razão pura. A aspiração que é guiada pela razão denomina-se razão prática. Mas se a ação é determinada por outros fatores alem da razão, é denominada contingente. Se for determinada apenas pela razão, é constrição.
Os imperativos são meios de se exprimir a relação entre as leis e as imperfeições da vontade guiada pela lei. O imperativo hipotético ocorre quando ação é boa somente como meio para se chegar a determinado fim. É imperativo categórico se a ação é representada como boa por si mesma.
Não se pode saber como as coisas são realmente, ou em si; somente posso saber como as coisas se apresentam a mim. Por isso não é aceitável que o homem pretenda conhecer-se a si mesmo tal como é, pois o conhecimento que possui de si deriva apenas do mundo empírico, sendo então digno de desconfiança. O ser humano possui uma parte racional e outra empírica.
Referência Bibliográfica:
KANT, Emmanuel. Fundamentos da Metafísica dos Costumes. Trad. de Lourival de Queiroz Henkel. São Paulo: Ediouro.
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