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Gueto - G.U.E.T.O (1987) **Studio Audio Sincro HQ

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Gueto (São Paulo, SP / Brasil)
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Julio Cesar (vocal), Edson X (bateria), Marcola (baixo) e Márcio (guitarra), estiveram juntos de 1986 a 1992. Julio deixou a banda em 1993, sendo substituído por Tom Neto. Na ocasião, o grupo mudou a grafia de seu nome, passando a se chamar Guetho. Essa formação durou até 1999 e rendeu o álbum “Tremeterra” (1997).
A partir desse momento, a vida pessoal de cada um dos integrantes passou a ser a prioridade. “Depois fomos cuidar da vida familiar. Eu tive um filho, o Marcos trabalha com a família, o Marcio também cuida de assuntos da família e o JC depois de ter trabalhado o seu próprio som, começou fazer versões de música pop com uma banda que atua na noite de São Paulo”, conta Edson.
Logo no início de sua carreira, o GUETO conseguiu lançar dois álbuns que fazem parte da discografia essencial do rock nacional. “Estação Primeira” (1987) traz músicas como “Esse Homem É Você” e “A Mesma Dor”, que passaram a fazer parte das programações de rádios por todo o país. O cuidado na produção do disco foi determinante para esse sucesso. “Nós tivemos tudo: orçamento, dois produtores que foram o Pena Schmidt e o Geraldo D’arbilly, grandes participações especiais e tempo para pesquisa tecnológica. Acho que o ‘Estação Primeira’ é um álbum importante no conceito de produção e de conceito pop criativo para a época”, analisa Edson.
O segundo disco, “E Agora Para Dançar?” (1989) manteve a banda em evidência e acrescentou mais suingue às composições do quarteto. “Tentamos nos aproximar do mercado fonográfico que estava concentrado no Rio de Janeiro. Tivemos uma verba reduzida e o trabalho no estúdio foi captado de forma mais crua, como se fosse o som da banda nos ensaios, o inverso do anterior”, explica.
Foi uma das precursores em misturar rock, funk, rap e outros ritmos aqui no Brasil. O som da banda vai facilmente do peso ao samba, sem nenhuma dificuldade. Edson acredita que o quarteto apenas absorveu essas influências. “Sabemos que tudo que se fez merece respeito, como diz a letra do Arnaldo Antunes em parceria com o GUETO. Não inventamos nada, apenas estamos com as antenas ligadas no que acontece nos guetos de todo esse mundo globalizado, onde as influências se fundem e a música se transforma”, analisa.
Porém, se não fosse o talento do grupo, esses ingredientes não se fundiriam perfeitamente. “Colocamos tudo de forma simples e dançante, tribal e hipnótica, com letras diretas e sem esquecer a nossa origem. Somos brasileiros, paulistas da zona norte que agora apontam as antenas para o universo”, afirma Edson.
A química entre os integrantes do grupo sempre chamou muito a atenção. O som do quarteto sempre foi coeso e a explicação é que esse entrosamento já estava sendo desenvolvido antes do GUETO. “Trabalhamos direto durante quase 15 anos, pois teve uma parte embrionária da banda que vale como uma base importante para o som. Isso vem da experiência do trio baixo, bateria e guitarra que desde 1982 fazia a música ao vivo na performance ‘Grafite Efêmero’, do Theo Werneck. Ali testamos muitas vertentes musicais sem preconceitos e o conceito mântrico e hipnótico foi muito importante”, diz.
Por uma feliz coincidência, a mais importante rádio da história do FM curitibano ostentava o nome do primeiro álbum do GUETO. A Estação Primeira, que esteve no ar entre 1986 e 1995, é até hoje considerada uma “lenda” entre os fãs dos bons sons. Edson afirma que a capital paranaense faz parte da história da banda. “Curitiba sempre foi a segunda cidade do GUETO.
Os shows aí sempre foram muito bons e nós estamos ansiosos para voltar. Não sabemos como será a reação, pois na época tínhamos o público, a rádio Estação Primeira e também a divulgação da WEA. Acho que o nome da emissora foi inspirado no conceito de uma rádio que toca tudo o que você gostaria de ouvir”, explica.
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