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Liberalismo | Adam Smith | Somos movidos pelo interesse?
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SOBRE a AULA:
Neste vídeo, o professor Daniel Gomes de Carvalho pergunta: o que nos move? Em sua obra As Paixões e os Interesses (que deixamos como sugestão de leitura), Albert O. Hirschman analisa a formação da linguagem política do liberalismo econômico clássico (cujas raízes, evidentemente, são bem anteriores a Adam Smith), segundo a qual a busca pela satisfação dos interesses individuais (uma paixão não pérfida) seria promotora de um maior bem-estar (douceur, segundo Montesquieu) para o conjunto da sociedade. Enquanto muitos pensadores antigos acreditavam que os interesses seriam valores deletérios, uma das originalidades do liberalismo é valorizar a busca individual dos interesses como algo que pode engendrar o bem como ("vícios privados que criam benefícios públicos", na formulação de Mandeville).
Nesse sentido, por exemplo, Montesquieu e Sir James Steuart acreditavam que a expansão do livre comércio ajudaria a evitar guerras e promover a liberdade política: o comércio, ao ligar as nações pelos laços do interesse, seria um caminho para o aperfeiçoamento comum. Nas palavras de outro liberal, Benjamin Constant:
"A guerra é anterior ao comércio; pois a guerra e o comércio nada mais são do que dois meios diferentes de atingir o mesmo fim: o de possuir o que se deseja. O comércio não é mais que uma homenagem prestada à força do possuidor pelo aspirante à posse. E uma tentativa de obter por acordo aquilo que não se deseja mais conquistar pela violência. Um homem que fosse sempre o mais forte nunca teria a ideia do comércio. A experiência – provando que a guerra, isto é, o emprego da força contra a força de outrem, o expõe a resistências e malogros diversos – que o leva recorrer ao comércio, ou seja, a um meio mais brando e mais seguro de interessar o adversário em consentir no que convém à sua causa. A guerra é o impulso, o comércio é o cálculo. Mas, por isso mesmo, deve haver um momento em que o comércio substitui a guerra. Nós chegamos a esse momento".
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Neste vídeo, o professor Daniel Gomes de Carvalho pergunta: o que nos move? Em sua obra As Paixões e os Interesses (que deixamos como sugestão de leitura), Albert O. Hirschman analisa a formação da linguagem política do liberalismo econômico clássico (cujas raízes, evidentemente, são bem anteriores a Adam Smith), segundo a qual a busca pela satisfação dos interesses individuais (uma paixão não pérfida) seria promotora de um maior bem-estar (douceur, segundo Montesquieu) para o conjunto da sociedade. Enquanto muitos pensadores antigos acreditavam que os interesses seriam valores deletérios, uma das originalidades do liberalismo é valorizar a busca individual dos interesses como algo que pode engendrar o bem como ("vícios privados que criam benefícios públicos", na formulação de Mandeville).
Nesse sentido, por exemplo, Montesquieu e Sir James Steuart acreditavam que a expansão do livre comércio ajudaria a evitar guerras e promover a liberdade política: o comércio, ao ligar as nações pelos laços do interesse, seria um caminho para o aperfeiçoamento comum. Nas palavras de outro liberal, Benjamin Constant:
"A guerra é anterior ao comércio; pois a guerra e o comércio nada mais são do que dois meios diferentes de atingir o mesmo fim: o de possuir o que se deseja. O comércio não é mais que uma homenagem prestada à força do possuidor pelo aspirante à posse. E uma tentativa de obter por acordo aquilo que não se deseja mais conquistar pela violência. Um homem que fosse sempre o mais forte nunca teria a ideia do comércio. A experiência – provando que a guerra, isto é, o emprego da força contra a força de outrem, o expõe a resistências e malogros diversos – que o leva recorrer ao comércio, ou seja, a um meio mais brando e mais seguro de interessar o adversário em consentir no que convém à sua causa. A guerra é o impulso, o comércio é o cálculo. Mas, por isso mesmo, deve haver um momento em que o comércio substitui a guerra. Nós chegamos a esse momento".
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