Qual é a diferença da psicanálise de Freud e de Jung? | Christian Dunker | Falando nIsso 5

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Nesta série, Christian Dunker pretende responder a algumas dúvidas frequentes relacionadas à psicanálise. No vídeo-pílula de hoje, ele traça algumas das distinções teóricas entre as leituras de S. Freud e de C. G. Jung sobre a psicanálise - ou a psicologia analítica.

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Captação e tratamento de som e vídeo, iluminação, direção e edição são feitas por lucas buli e Júlia Bulhões.

A trilha sonora é de autoria de Thommaz Kauffmann.

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2016
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Комментарии
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Não há batalha entre as teorias, há complementação. Se nos colocarmos como observadores com antenas generosas, compreenderemos que a busca é por um mesmo conhecimento, e que a realidade passa necessariamente pela experiência do si-mesmo. Grandes mestres como Freud e Jung se encontraram em uma mesma frequência durante um tempo, tendo Freud começado antes a trajetória. Jung captou um novo ritmo, seguiu outro fluxo, acrescentando também à teorias de Freud contribuições de outras culturas. Os frutos dessas contribuições nascem e se reproduzem incessantemente.

alineteixeira
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Pena que as teorias de jung é pouco discutida nas universidades, sinceramente seria muito bom se essa briga intelectual não fosse levada tão a sério.

duncanom
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As diferenças de inconsciente são bem mais amplas do que foi mostrado e trazem consequências heurísticas radicais. Foi por isso que os estudos sobre a psicose em Freud não avançaram a contento das necessidades clínicas. Nise da Silveira teve que ampliar seus estudos além de Freud recorrendo a Jung.

concurseirodomba
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Tem uma entrevista com Jung na net onde fala abertamente discordar de Freud dizendo ser ele mais intuitivo do que racional, ou seja, ele achava uma coisa e era aquilo. Já Jung me pareceu bem consciente do tenro princípio de seus estudos pela experiência prática em instituições psiquiátricas. Ou seja, tinha muito de incompreendido ainda na psicanálise e psicologia.

pronateceepadm
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Uma sugestão, terminar os vídeos com a indicação de um livro!

fkleal
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A diferença ao meu ver, esta na condução, Freud sempre analítico, e Jung por mais que receba este nome em sua abordagem tem o viés mais compreensivo, de uma forma geral, estas são as principais diferenças. Gosto dos seus vídeos.

PauloDelmondesSobrinho
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Entender a história das ideias atuantes no século XIX é fundamental para entender o Jung histórico – uma visão de Jung que não consta da “autobiografia interior” póstuma Memórias, sonhos, reflexões, que tem sido a base de quase todos os levantamentos biográficos sobre Jung. A busca pelo Jung histórico vai tornar-se necessária se quisermos ao menos começar a entender o impacto considerável que sua vida e obra tiveram na cultura do século XX. Procurar o contexto histórico da vida de Jung também significa entender os paradoxos do junguianismo, um movimento que romantiza e espiritualiza as teorias de Jung e tem demonstrado pouco interesse em documentar os fatos históricos de sua vida que não são tratados em Memórias, sonhos, reflexões. Basicamente, as Memórias, sonhos, reflexões foram escritas e organizadas por Aniela Jaffé, uma das colaboradoras mais próximas de Jung. A princípio, seriam publicadas como uma biografia de Jung sob a autoria de Aniela Jaffé, em que haveria apenas “contribuições de C. G. Jung”. Jung escreveu, à mão, somente os três primeiros capítulos do livro, referentes a sua infância, formação escolar e anos de universidade, e uma seção final intitulada “Últimos pensamentos”, com suas especulações metafisicas sobre a natureza de Deus, da vida e do amor. Embora correspondam a um terço das Memórias, sonhos, reflexões, essas partes foram alteradas por Aniela Jaffé e outros. Um capítulo que pode ou não ter sido escrito por Jung e que dizia respeito a Toni Wolff, sua amante por quarenta anos, foi removido do processo de organização do texto, em consequência das objeções de familiares de Jung nos últimos anos de sua vida, quando já estava semi inválido. O livro [Memórias, sonhos, reflexões] é, portanto, obra de seus discípulos. As Memórias, sonhos, reflexões não esclarecem as coisas para quem se interessa por história, mas são irresistíveis para quem gota de mistérios. (Noll, 1996, p. 15)
C. G. Jung,  Memories, dreams, reflections by C. G. Jung, ed. Aniela Jaffé (New York, Pantheon, 1962). Na primeira (e ainda melhor, apesar de já antiga) análise crítica detalhada da obra de Jung, as Memórias, sonhos, reflexões eram denominadas uma “auto mitologia” que constituiria um “gênero especial e único” (Peter Homas,  Jung in context: modernity and the making of a psychology; Chicago, University of Chicago Press, 1979, p. 29).  
(Noll, 1996, pp. 330-31)

claret-yxii
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O inconsciente coletivo de Jung vai MUITO além dessa relação social entre inconscientes. Dizer que é bobagem a diferença significa passar uma régua e igualar coisas tão diferentes quanto água e vinho.

cariri
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o inconsciente é um conteúdo que está oculto em nossa psiquê e que ainda nâo se manifestou na consciência do eu.
Nesse sentido é um fenômeno que atua na sombra.
E isso existe no individual e no coletivo....

joycecesarpirespires
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Videos ótimos. Não canso de assistir. São MUITO bons. Obrigado, Dunker 🥰❤❤❤👍🏻👍🏻👍🏻🤩

romeubraga
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Muito boa essa colocação com critérios interessantes ... minha visão não é tão avançada no processo das diferenças entre a psicólogia de Freud e a de Jung....Depois de assistir um filme baseado em fatos reais de uma obra a respeito das contradições entre eles, minha visão mudou radicalmente....A academia onde Freud iniciava os primórdios da ciência era em sua maioria de judeus .. Freud passou para Jung um caso de Histeria .?? porque ele não quis levar adiante o tratamento????essa questão chave foi o epicentro do conflito . O espaço aqui não é suficiente para comentar o.impasse ... Recomendo o filme método perigoso """( The Dangerous method ). Onde qualquer pessoa pode tirar suas próprias conclusões ....boa noite.

jzadra_terapeutaholistico
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Há outro aspecto fundamental que diferencia a psicanálise de Freud e a psicologia analítica de Jung: Freud considerou as religiões como neuroses coletivas obsessivas, ao passo que Jung considerou a religiosidade como desempenhando função muito importante no equilíbrio psíquico. Para Freud, a religião é neurose; para Jung, a religião é indispensável para proteger das neuroses. Freud negava a existência de Deus como ateu dogmático e fanático, embora seja provável que nunca tenha tenha estudado, em termos filosóficos e científicos, a questão da existência de Deus, limitando-se ao estudo do significado da ideia de Deus e da religião para o dinamismo psiquico, que é, obviamente questão muito diferente da questão da existência de Deus. Jung fez essa distinção. São muito citadas palavras que Jung disse, durante entrevista, se lembro bem, à BBC de Londres, em que, tendo sido questionado se ACREDITAVA em Deus, ele disse que não acreditava e sim SABIA que Deus existe.

edgardeandradexavier
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Essa batalha...Freud e Jung, sensacional só aprendo.

isistomaz
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Prezado Christian, talvez vc precise ler Jung. Sem preconceito. Só ler. Já está bom.

elianaatihe
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A mente mente, nossa conexão com o todo é pelo chacra do coração, gosto muito de psicologia e psicanálise, mas a espiritualidade é um fato que jamais deve ser deixado de lado. O problema é que muita coisa normal é taxada como psicoses, isso pelo profissional desconhecer o fator espiritualidade ou, por se vender pra indústria farmacêutica, como muitos médicos fazem. E ai? qual dos dois considera a espiritualidade? Freud ou Jung?

igorgierlinger
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Chamar Jung de discípulo do Freud já demonstra desconhecimento. Tá precisando conhecer mais sobre Jung.

almyaraujo
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Professor Dunker, muito obrigado por dar a oportunidade de todos os interessados serem de algum modo seus alunos, graças a este canal alunos de todos os cursos podem ter o mesmo privilégio dos alunos da USP.
Gostaria de fazer uma pergunta, Se o inconsciente está na linguagem e a linguagem só tem sentido e só se forma a partir do coletivo. eu poderia dizer que o inconsciente de freud é antes de tudo coletivo, mesmo não tendo a separação que Jung faz entre coletivo e individual ?

brunodavisondebrito
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Jung e Freud se complementam na questão libido. Forças debaixo (sexo) e forças de cima (espiritualidade) regulam nossa psique

alessandracaliope
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Bom dia, genial professor. Gostaria que soubesse que tenho aprendido muito sobre a psicanálise depois que passei assistir suas aulas. Admiro muito sua inteligência e capacidade de análise e compreensão da obra psicanalítica. Eu tenho uma dúvida e gostaria que o senhor me ajudasse a saná-la, no tocante à relação transferencial. Segundo Roudinesco, Lacan definiu a relação transferencial como uma "sequência de inversões dialéticas". Poderia me explicar melhor o que Lacan quer dizer com isso? Obrigado! Sucesso grandioso em 2020.

eriosvaldoalmeida
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Quando eu entrei na faculdade já conhecia Jung mas eu comecei a ler Jung no segundo semestre. O professor Valério Arantes falava que Jung era cristão dando uma risadinha mas mesmo assim me indicou o Memórias sonhos e reflexões, Aniella Jaffé, uma biografia de Jung. Mas eu não fiquei em Jung, em 1983 eu estava interessada na fala, na linguagem, nas dificuldades que as pessoas apresentam em falar. O meu primeiro psicanalista era lacaniano e ainda está vivo e eu nunca ouvi alguém falar mal de Lacan. Uma vez uma paciente desse meu primeiro psicanalista se referiu a ele quase em pânico mas em se tratando de psicanálise não podemos achar nada.

aidapaiva