Trem Transiberiano - Cabine

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A Ferrovia Transiberiana original conecta Moscou e Vladivostok, cobre 9829 km, está em operação desde 1916 e atravessa oito fusos horários. É a ferrovia mais longa do mundo. Para viajar de Moscou a Vladivostok sem paradas são necessários 7 dias de viagem. Em Ulan-Ude, a linha principal se ramifica em três direções. A seção Transiberiana vai até Vladivostok, a linha Transmanchuriana atravessa o norte da China e vai até Pequim. A linha Transmongoliana entra na Mongólia e também termina na capital da China, mas passa por Ulan Bator. A viagem que fizemos foi justamente a Transmongoliana. Optamos por fazer o sentido China-Russia. Saímos de Beijing/Pequim em 24 setembro e chegamos a São Petersburgo em 13 de outubro. Você pode comprar o ticket da origem até o destino ir desembarcando e depois marcando o reembarque nas paradas que tem pelo caminho ou então ir comprando os trechos picados. Existe mais de um tipo de trem que faz os trajetos. Alguns mais simples e outros mais confortáveis. Nosso ticket era para segunda classe em uma cabine quadrupla, nela tem dois beliches e uma mesinha. No trem tem água quente e chá a disposição. Dizem que nos meses do verão o trem vai sempre lotado, como fomos no outono só tivemos companhia na cabine em dois trechos, nos demais ficávamos só nós dois na cabine. O comboio tem um vagão restaurante onde servem a comida de origem do trem (ou do restaurante), por vezes russa e por vezes chinesa e por vezes da Mongólia. A maioria das vezes comemos na cabine, é muito comum e tem cup noodles e tudo quanto é estação para vender. Cada vagão tem seu banheiro e é relativamente limpo. As vezes encontrávamos no vagão um aviso dizendo que no vagão tal tem chuveiro que é pago a parte.
Como o padrão de trilhos é diferente na china e na Mongólia/Russia o trem faz uma parada na fronteira (Erlián) para trocar os rodados. É uma manobra que dura cerca de 03 horas e ninguém desce do trem nesse lugar.
Nas fronteiras entre os países também ninguém desce. Sobe um oficial da imigração (mais parecia do exército) vai de cabine em cabine e solicita seu passaporte. Entramos na Russia no meio da madrugada eu estava ferrado no sono, tomei um baita susto com aqueles milicos e cachorros revirando a cabine atrás de drogas ou contrabando. Como não entendo a língua e a fonética do russo parece que estão sempre brigando a primeira impressão é que estão sendo grosseiros.
Embarcamos em Beijing e nosso primeiro desembarque foi em Ulan Bator, capital da Mongólia. Ficamos em um albergue próximo à estação e ao centro, o preço da acomodação era bem em conta e o local limpo e arrumado. Frequentado por muitos europeus que estavam fazendo o mesmo percurso. Comemos muito bem na Mongólia, comida a kg em um shopping próximo de centro era muito boa.
Na Mongólia visitamos o parque nacional Terelj. Fomos em alguns templos budistas e visitamos algumas famílias em seus Gir (nome da barraca redonda onde os nômades moram). Lá experimentamos o tsuivan que é o mais famoso de todos os alimentos tradicionais da Mongólia. É também o prato nacional. Um tsuivan consiste em macarrão (geralmente feito à mão), que é cozido no vapor com carneiro em cubos e vegetais. Às vezes, a carne é usada no lugar do carneiro, mas em nossa experiência com tsuivan, sempre foi carneiro. Depois fomos visitar a gigantesca estátua equestre feita em homenagem ao antigo imperador mongol Genghis Khan. O monumento Mede cerca de 40 m e está sob um coliseu de 10 m de altura. Foi inaugurada em agosto de 2009, aproximadamente 800 anos depois de sua morte. O santuário foi construído na região desértica de Tsonjin Boldog, onde Genghis Khan teria encontrado um lendário chicote dourado.
Ainda na Mongólia conhecemos uma família nômade e pernoitamos em seu Gir que estava armado em uma estepe na província de Tov. Eles vivem do pastoreio de carneiros, principal fonte de proteína na culinária Mongol. A matriarca preparou para o jantar o famoso Buuz é o um bolinho tradicional da Mongólia. Os bolinhos de Buuz são cozidos no vapor (em vez de fritos) com carne picada, temperada com cebola, alho, sal e, às vezes, com purê de batata, repolho ou arroz.
Eu esperava ver os famosos cavalos mongóis, porém estes pastores modernos usam motos e não tem cavalo algum. Estivemos em um outro parque onde tivemos a oportunidade de montar e fazer um passeio em um genuíno cavalo mongol. Acostumado a ver em filmes e séries aqueles cavalos gigantes com suas belas polainas foi uma desilusão só. O cavalo até que bonito, porém é baixo e pouco imponente. Ali caiu a ficha que a estatura do povo Mongol é baixa e por isso o cavalo aparente ser grande. Segundo o guia que nos conduziu no passeio é um cavalo difícil de domar e muito bravo e sua principal qualidade é ser resistente ao frio e a doenças.
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