AULA 84 - Pé Diabético

Pé Diabético
Objetivo da unidade: Conhecer sobre uma das principais complicações do Diabetes Mellitus, que é o Pé diabetico, neuropatias diabéticas.
Saiba: Quando não tratada adequadamente o Diabetes Mellitus, o paciente pode desenvolver algumas complicações. O pé diabético é uma série de alterações que podem ocorrer nos pés de pessoas com diabetes não controlada. Infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns, provocando o surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés.
A neuropatia diabética é a complicação crônica mais comum do diabetes, podem ter sintoma ou não (pé insensível), alguns casos cursam com dor, outros com acometimento vascular, risco para amputação. A forma mais comum da neuropatia diabética é uma POLINEUROPATIA SENSITIVO MOTORA CRÔNICA, que acomete os nervos mais longos do corpo, tipo bota nos pés ou tipo luva nas mãos. Não precisa de estímulo para acontecer a sensação de formigamento e dor aparece sem motivo ou causa aparente, ocorrendo
principalmente no período noturno.
Existem algumas manifestações clínicas da neuropatia diabética como: sensação de formigamento, agulhada ou dormência; no caso de dor poder ser referida como queimação, pontada, facada, choque, podendo ser intensa frente ao um estímulo leve; fraqueza muscular e atrofia dos interósseos, sinal da prece e dedos em martelo; pele seca e fissuras.
O diagnóstico é realizado com a retirada obrigatória dos calçados ao menos uma vez ao ano para avaliação dos pés .Lembrando que a presença da neuropatia leva a perda da proteção dos pés, significando o risco de desenvolvimento de úlceras e amputações. A tríade da ulceração é um fator de destaque - polineuropatia, deformidades/calos e traumas em decorrência do uso de um calçado inadequado, objeto no sapato ou simplesmente o andar descalço. Outra alterações no pé de quem vive com diabetes são as fissuras nos dedos e a presença de micose nas unhas.
Por fim o autocuidado dos pés é necessário para evitar complicações, por isso a orientação precisa ser realizada ao paciente: inspeção diária dos pés, enxugar bem entre os dedos, não andar descalço, cortar as unhas em linha reta com cortador, usar meias sem costuras, evitar chinelos de dedos ou calçados apertados, usar hidratante ou óleo vegetal, usar calçados terapêuticos no caso de presença de deformidades, prática de atividades físicas e exercícios que favoreçam a mobilidade dos pés.
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