filmov
tv
Chicago visto do Michigan. Foto mais nítida. [VIDEO 2]

Показать описание
-----
Este segundo vídeo é sobre uma foto do mesmo Joshua Nowicki publicada mais recentemente, em 19 de março de 2021 em seu perfil no Facebook. O próprio fotógrafo classifica esta como sua melhor foto da vista da cidade de Chicago. A primeira havia sido publicada em 28 de abril de 2015.
O local é outro. A primeira foi feita no Grand Mere Park, esta de 2021 foi no Warren Dunes State Park.
Neste caso ele diz explicitamente que a foto foi tirada no topo de uma duna. No caso da foto do primeiro vídeo a informação sobre local da foto não é fornecida. Na ocasião, os cálculos foram feitos considerando o topo de uma das dunas localizadas no Grand Mere Park (numa parte descoberta de vegetação) por razões óbvias, afinal alguém que queira fotografar algo distante naturalmente vai optar por um local elevado.
A distância é um pouco menor. Do local da foto de 2015 até a Willis Tower são 90,75 km. Do local da foto de 2021 até a mesma torre são 85,80 km. Note que a publicação fala em 52 milhas (83,7 km), mas esta é distância até a costa, e não até a Willis Tower, que é um pouco mais.
-----
A exemplo do primeiro vídeo, não há como calcular com precisão os efeitos da refração atmosférica, o que é inviável num contexto como este. Seriam necessários dados (como o gradiente vertical de temperatura) que só podem ser obtidos com uma minuciosa medição in loco no horário da foto.
A única alternativa é simular valores de refração cujos resultados visuais se encaixam na imagem da foto, e posteriormente julgar se estes valores de refração estão dentro daquilo que pode ser considerado razoável.
No primeiro vídeo se obteve por meio de uma análise visual, valores que estão numa faixa classificada como "refração média ou moderada", apenas um pouco acima da "refração padrão", e portanto, dentro do razoável. Em seguida, utilizando um diagrama (com escala) da fachada da Willis Tower, se confirmou que este resultado é de fato compatível com a imagem da foto, usando como referência o bloco superior do edifício, cuja a altura é conhecida.
Neste segundo vídeo a imagem da foto é consideravelmente melhor que a anterior e a análise pôde ser feita de uma maneira um pouco diferente: comparou-se a imagem da Willis Tower na foto com imagens de diagrama em escala, sendo possível estimar a altura total visível da torre na foto.
Neste caso, a parte visível medida na foto era superior aos 50% do edifício, o que é possível (para esta distância e elevação) com uma refração padrão (standard) de k = 0.17, portanto dentro do que se considera como razoável.
É importante frisar que o objetivo desses dois vídeos não era fazer cálculos precisos, mas sim analisar a razoabilidade dos resultados, obtendo-os com o melhor uso possível das informações/dados disponíveis, tendo ciência de suas limitações e imprecisões. Ou seja, os métodos de cálculo são precisos, mas os dados utilizados nem tanto.
Um exemplo dessas limitações está na estimativa da altura visível da torre comparando a foto com um diagrama do edifício (este sim, preciso). Note que o casamento das duas imagens (ver em 4:09) é o melhor possível mas não é perfeito, apesar dessa foto ser muito melhor que a primeira. Isso acontece porque a refração atmosférica além de deslocar verticalmente a imagem, ela também pode provocar deformações verticais (alongamento ou achatamento, ou ambos) considerando os diferentes níveis de refração em diferentes altitudes da baixa atmosfera.
Em todo o caso, está provado nestes dois vídeos, que as imagens são compatíveis com a esfericidade terrestre, considerando niveis normais de refração.
Na época em que a questão viralizou nas redes, os terraplanistas tiravam suas conclusões com base em cálculos onde a refração era ignorada, e que considerava a câmera posicionada nas margens do Lago Michigan ao invés das dunas existentes no local, o que é um grande erro.
--------------------
Publicações no Facebook:
Комментарии