A inclusão dos autistas vai acabar? Escolas especiais?

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Um resumo de minha perspectiva sobre a nova Política da Educação Especial, decretada recentemente. O objetivo deste vídeo é aumentar o patamar da discussão.

Notícia sobre o decreto:

Texto do Decreto que institui a Política Nacional de Educação Especial

Texto da Lei Brasileira de Inclusão

--- Posicionamentos de associações e movimentos sobre a Política:
- REUNIDA

- ABRAÇA

- Movimento Capricha na Inclusão

- MOAB

--- Posicionamentos de pessoas técnicas relevantes para o debate:
- Flavia Marçal

- Paulo Liberalesso

- Raquel del Monde

- Lucelmo Lacerda

- Adriana Monteiro

--- Um pouco sobre direito constitucional:

- Nota do Conselho Federal da OAB:

--- Artigos relevantes para se entender melhor Inclusão:
- Radicalização do debate sobre Inclusão no Brasil

- Uma análise do debate sobre a Inclusão sob perspectiva histórica (em inglês)

- Perspectiva empírica sobre a "inclusão total":

Meu muito obrigado a todos os membros do canal :)

0:00 Introdução
1:40 Objetivos
2:13 Minha participação
4:03 Posicionamentos da comunidade
7:37 Pré-requisito 1
10:31 Pré-requisito 2
11:48 Respondendo comentários frequentes
20:08 Críticas
21:14 Evitar debate superficial
22:31 Meu posicionamento

Me siga no Instagram: @ChimuraWill
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Комментарии
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Se não tiver paciência para assistir tudo, pule para 11:48
Caso queira dar sua opinião nos comentários, peço que assista ao vídeo todo :)

chimurawill
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Na verdade as escolas públicas hoje em dia não estão preparadas nem pra alunos típicos imagina pra as especiais. Muito complicado

JulianaOliveira-ygut
Автор

Finalmente um posicionamento deixando claro como esse assunto é complexo, exige a análise de diversas variáveis e precisa ir muito além de uma frase de efeito em rede social. Sei nem o que dizer. Obrigada!

Автор

Foi ótima. A mais sensata explicação.
Era totalmente contra esta política, por medo de uma maior exclusão. Mas repensei muitas coisas.
Obrigada.

profsheilaabdala-matematic
Автор

Existe mais relatos de como é difícil um autista em uma escola regular, professoras não preparados, crianças sem tolerância com o comportamento de uma criança autista, qualquer o grau, meu filho é autista severo, tem quase quatro anos e se eu puder escolher eu colocaria em uma escola especializada, acredito que inclusão social, não tem que partir só de pessoas com condição, afinal só nos sabemos que esse questão do preconceito, acredito que para formação educacional não teria que ter esse de "inclusão social", o mundo o força a ficar entre todos ..ja que o comportamento do autista sim precisa de um profissional da educação especializado .. hoje ele está na creche, e já está sentindo com a falta de um professor (a) ( pq não encontra, o sistema é burocrático), imagina na escola regular ! ?

juliananascimento
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Parabéns pelo conteúdo! Meu marido que tem o canal comigo é autista asperger! Seu conteúdo está muito bacana, assim como o Jardel, meu marido, você se posiciona muito bem e quebra o arquétipo do autista que não consegue transmitir suas ideias! Parabéns pelo vídeo! 👏🏻👏🏻💪🏼

HDFIT
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Concordo com seu posicionamento, é uma questão que cabe muita analise.
Sou professor de ensino médio e muitos dos alunos especiais que chegam nas minhas turmas não são nem alfabetizados, muitos são matriculados mas não são inclusos, principalmente alunos com deficiências múltiplas pois o sistema educacional não oferece suporte para a escola e professores realizarem esse trabalho como deveria, como por exemplo a realidade que vivo, alunos com graus severos, com deficiências mutiplas em sala "regulares" lotadas sem nenhum suporte especial ao aluno, ao professor ou profissional de apoio, isso não é inclusão. Acredito na inclusão em escolas "regulares", e que a mesma não se resume em discussões superficiais no Twitter, mais de muito diálogo ( sem ideologias politicas que só atrapalham) e bom censo. Cada caso é um caso. E acredito que ninguém melhor que os pais para decidirem entre as duas modalidades ou ambas em conjunto de acordo com a especificidade de cada aluno, e esse direto de escolha deve ser assegurado por lei.

Vinicius-xtxt
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Sou mãe de um menino de 8 anos matriculado em uma escola regular de Porto Alegre. Por 2 anos fui chamada várias vezes ao SOE para escutar as queixas a respeito do comportamento dele e de uma suposta "falta de limites e educação" por parte dos pais.
Essa mesma escola mudou sua coordenação e treinou seus professores para um olhar mais atento às diferenças. Com isso puderam nos auxiliar a buscar atendimento especializado e chegar ao diagnóstico de TEA Leve. Hoje podemos auxiliar ele a vencer dificuldades que não seriam vistas assim sem o diagnóstico.
Ele participa de todas as aulas pela internet desde o início da pandemia e consegue acompanhar a turma.
Meu sonho é que todas as escolas tivessem esse olhar atento aos alunos.

mayraaunica
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Muito bom; te sigo já faz um tempo, acho suas críticas muito equilibradas, sensatas e com um bom tempero, vc é uma benção!

PingoDeRazaoCriSantos
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Willian, vc é muito inteligente e tem um discurso prudente. Prega também a prudência. Parabéns 👏👏👏 Deus te abençoe sempre

vaniatertuliano
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Que visão clara da realidade e que espetáculo de argumentação. Estou convencido que se pelo menos metade da população tivesse o mesmo autismo leve que o William, certamente o mundo seria muito melhor. Obrigado por compartilhar seu conhecimento e inspirar pessoas dentro e fora da comunidade do autismo. Parabéns

cassiopantoja
Автор

Resolver a inclusão é "simples", incluir significa aceitar, compreender e respeitar; no mínimo tolerar. Cada ser humano é um indivíduo diferente do outro, com necessidades diferentes, não podemos generalizar, mas acredito em deixar todos os caminhos abertos para que cada um possa escolher o que acha melhor para si. Escolas especiais sim, mas não como regra, inclusão em escolas convencionais sim, mas não como regra! Sou pai de TEA (fresco, o diagnóstico não está fechado ainda) e tenho MUITO a aprender, mas não acredito que propor algo ou decidir algo que é para todos, pensando apenas no meu caso seja aceitável. Gratidão Chimura pelo seu engajamento, mesmo que seja em "causa própria", te considero uma pessoa sensata e altruísta. Pessoas como você me fazem crer que o futuro do meu filho será menos árduo, e isso me conforta um pouco.

rodrigogirardi
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Sou a favor da nova política, já que passei a vida “inclusa”, mas completamente excluída, abusada e incompreendida de forma extremamente cruel.
Não acho retrocesso.

santos.ludimila
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Muito boa ponderação.
Eu tenho filho com autismo tipo severo. E gosto da tua posição ética e equilibrada, com fundamentação. Em geral estamos num ativismo de vitimização. Temos que sair dessa cultura de sofrimento e não irmos para o embate agressivo mas sim para um diálogo saudável.

terezinhaandrade
Автор

Pq não a criação de "Centros de Apoio Especializado" (QUE FUNCIONEM REALMENTE) onde a criança matriculada no ensino regular receba atendimento especializado dividindo sua carga entre a escola regular e o atendimento especializado. Um atendimento que também oriente e apoie a escola para o pleno desenvolvimento dessa criança?

andreagomes
Автор

Willian, você foi perfeito em suas colocações e estou totalmente de acordo com você. Hoje as crianças são colocadas dentro da sala de aula e dizem que ocorreu uma inclusão, mas na verdade a criança só está dentro da sala e nao está sendo incluída nas atividades, simplesmente não existe um plano educacional de inclusão e esse aluno muitas vezes fica dormindo ou andando pelos corredores das escolas. Parabéns pelas suas colocações e pelo empenho em lutar e se informar sobre os direitos dos autistas.

viaje
Автор

Willian, adorei seu tom apaziguador. Concordo com seu ponto de vista e acredito plenamente, que se tirarmos o viés político dessa discussão, poderemos ter uma grande oportunidade de melhorar o ensino no Brasil. Infelizmente nem todos estão interessados nessa melhora, mas sim em defender seu partido político de preferência. Uma pena.
Parabéns pela iniciativa dessa discussão. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

christiebalbino
Автор

Parabéns! Discurso muito seguro e extremamente coerente... não podemos ser radicais ao extremo ao ponto de tomar lado político! A comunidade prega a empatia... mas vemos que muitos não colocam isso em prática! No Brasil não existe INCLUSÃO... o Ensino Regular tem que de fato oferecer a inclusão na prática... não simplesmente algo que parece um " remendo " e mal feito! É algo muito maior que nosso mero entendimento leigo... e vamos combinar que discursos de ódio e disseminação de pavor não nos ajuda em nada!

Ceicinha_Azevedo
Автор

Olá Willian!! Quero parabenizar vc pelo trabalho e pela sua maneira de explicar as coisas em seu canal.
Vai ser longo o texto (mas espero acrescentar ideias).
Não sou residente do Brasil e tenho uma filha de 12 anos com TDAH e outras dificuldades escolares e um filho de 3 anos autista.
Minha história é bem diferente das mães, pois eu fui educadora quando adolescente e fiz curso de desenvolvimento infantil pra poder ensinar crianças nas faixas etárias de 3 a 6 anos.
Eu percebi desde que meu filho tinha 6 meses o atraso e que ele bem provavelmente era autista.
Resido em Israel aonde o ensino de educação é bem diferente dos outros países. Eu não conheço nenhum outro país que tenha o mesmo ensino, nesse sentido, creio que seja um aprimoramento do que já existe.
Dito isso quero dizer que o problema sobre o ensino primeiramente é cultural.

O Brasil infelizmente é um país muito retrógrado e com políticas públicas muito ruins.
Eu torço pra que projetos que visam melhorar a integração e a educação no Brasil sejam aprovados e as pessoas possam se beneficiar disso.

Como é uma questão cultural e também política, creio que qualquer passo dado na direção de apoio aos deficientes e as suas famílias vai ser uma vitória.
O Brasil precisaria ser reformulado num contexto geral, tanto político quanto social e educacional para que tais medidas sejam implantadas com sucesso.

Uma breve explicação sobre o Estado de Israel e seu ensino escolar.
Aqui existe ensino especial há mais de 30 anos, dentre esses serviços estão escolas especializadas somente no ASD (TEA).
Mas ligado ao ensino educacional está ligado o sistema de saúde.
Aqui existem médicos formados em desenvolvimento infantil e o acompanhamento é feito desde o nascimento.
Existem centros de desenvolvimento infantil aonde toda a gama de médicos, psicólogos, fisioterapeutas e todos os outros profissionais necessários para avaliação e tratamento de crianças, jovens e adultos com quaisquer deficiência ou dificuldades.
Aqui desde a primeira infância aonde pode se observar qualquer atraso na criança com até dois anos de idade, são encaminhados para esses centros aonde passam por avaliações médicas competentes e assim encaminhado a família para o atendimento necessário.
Feito isso, a criança que for diagnosticado com o autismo, por exemplo, é encaminhado para o serviço de Inss daqui e é avaliada e automaticamente ganha carteira de deficiência e uma pensão que ajuda a custear os tratamentos.TODAS as crianças recebem esse benefício e cada um recebe o valor de pensão conforme o caso e os tratamentos necessários.
(O sistema de saúde daqui também é diferente e precisaria de mais espaço pra explicar, mas não convém agora).
Aqui existem escolinhas que oferecem os tratamentos intensivos para ajudar no desenvolvimento deles (são turminhas de no max 10 crianças e cada criança tem seu cuidador, além da responsável pela turma que é como uma professora), com terapias, ensino com ABA ou Denver, fisioterapeuta e outros profissionais da saúde, tudo dentro dessa escolinha, cabe frisar que estou falando do ensino de 1 ano de idade até os 6 anos quando entra na primeira série.
Eles recebem pelo menos 20 horas semanais de terapias.
Os pais recebem instruções de como melhorar e ajudar o filho no desenvolvimento.
Existem encontros com os profissionais a cada período de tempo e nele a família pode ver o progresso e trabalhar em conjunto com a equipe.

Agora vou passar para o ensino de forma geral.
De 1a a terceiro ano.
Aqui não existe reprovar de ano, por tanto existem em algumas escolas regulares com salas especiais que acolhem no máximo de 12 crianças por sala, que apresentam dificuldades escolares e ou alguma deficiência ou até mesmo superdotados.
Essas escolas são ditas integradoras e eles fazem com que haja socialização entre as turmas “normais” com as especiais.
Existem escolas totalmente especializadas, aonde eles trabalham o desenvolvimento individual de cada criança.
Pra que isso seja possível, existem um órgão dentro do ministério da educação que é voltado apenas para a educação especial.
Neles são passadas as avaliações que são feitas nas crianças que apresentam dificuldades ou que são portadoras de alguma deficiência ou superdotação.
(Aqui existem órgãos públicos que oferecem os testes e avaliações psicológicas gratuitas pra quem não tem condições de pagar).
As crianças aualmente são avaliadas e a cada 3 anos são refeitos testes de reavaliação psicológica pra garantir que o sistema beneficie os mesmo e ou mantendo os “atestados” ou os liberando para um ensino “normal”. (Válido também pra pensão do Inss).
Toda essa avaliação é feita com as equipes responsáveis pela criança, escola, pais e até mesma a própria criança.
Existem um respeito muito grande e uma compreensão na sociedade que essa forma de ensino é necessária e ela é beneficiária pra todos que à necessitam. (Claro que sempre tem gente do contra)
Mas enfim, meu testemunho aqui sobre como funciona aqui a realidade de pessoas com necessidades especiais é apenas uma pequena reflexão sobre a cultura de uma sociedade.
Eu agradeço todos os dias de estar aqui e meus filhos terem a oportunidade de crescerem tendo o ensino que eles merecem receber, tendo apoio psicológico e pedagógico pro desenvolvimento deles.
Que mais países fossem assim como o meu que dá a tranquilidade pros pais irem trabalhar e saberem que seus filhos estão sendo tratados, evoluindo e tendo a oportunidade da gente seguir as nossas carreiras e podendo por o pão na mesa. Pq existe uma política, saúde e sistema educacional que nos proporciona isso.
Levou anos pra chegarmos aonde estamos e não foi fácil a luta de quem travou a primeira guerra.
Gostaria que o Brasil e as famílias brasileiras pudessem ter acesso a esse mesmo tratamento que tenho aqui.
Isso faria o país andar pra frente e a mentalidade seria melhor.

Parabenizo vc pela iniciativa de correr atrás desse bem que é pra todos.

Minha filha frequenta a escola regular numa sala especial desde a 4 série e eu vejo todos os dias meus filhos florirem por conta desse sistema educacional.
Desculpa a postagem longa. Mas queria compartilhar um pouco dessas informações que não são disseminadas (ainda mais que é sobre Israel). Quem sabe vc ganha ai uma ideia e possa ajudar a passar pra tantas outras e quem sabe um dia o Brasil ter esse sistema educacional.

Aqui tem a ALUT que é uma organização de pais de autistas e que fornecem treinamentos e capacitação pra profissionais pra trabalharem com o TEA e tb tem casas de acolhimento para autistas aonde recebem moradia e tratamentos. Enfim, não sei se tem Alut no Brasil.
Obrigada e continue a lutar pela causa.
Qualquer coisa da uma pesquisada sobre o nosso sistema de educação especial.
(Desculpa se ficou confuso pq é muito resumido e tentei não deixar nada de fora)

saragodolphin
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Sempre te admirei. Mas esse vídeo aumentou muito meu RESPEITO por sua pessoa. Sou mãe de autista e professora em escola regular. E estava esperando muito uma reflexão inteligente a respeito desse decreto. Obrigada.

danielavieiramartinsdasilv