João Daniel alerta cerco ao Acampamento Frei Henri, repudia novos assassinatos a militantes no país

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João Daniel alerta cerco ao Acampamento Frei Henri, também presta solidariedade ao MTST de São Paulo e repudia novos assassinatos a militantes de Movimentos Sociais no país.

Segue a fala do deputado na íntegra:

"O acampamento de trabalhadores sem-terra Frei Henri já tem 7 anos de luta e resistência e 180 famílias. É uma área reivindicada pelo MST do Pará e pelas 180 famílias que se encontram sub judicie no STF, para que seja definido às que lá reivindicam o direito sagrado à terra. Nós fazemos um apelo!

Neste momento, o acampamento está cercado. A rodovia PA-215 está trancada pela Polícia Militar, por pistoleiros, por grandes grileiros da região. Vinte anos após o Massacre de Eldorado dos Carajás, que ocorreu no dia 17 de abril de 1996, nós temos naquela região, entre Curionópolis e Parauapebas, este momento de tensão e agressão aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sem-terra do Pará.

Fazemos um apelo ao Governo do Pará; um apelo ao Ministro da Justiça do Governo Federal, para que se evite um massacre contra esses trabalhadores e trabalhadoras que lutam por dignidade.

Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, quero registrar a nossa mais alta solidariedade ao MTST de São Paulo, um grande movimento de luta por moradia e por justiça, do qual fazia parte Edilma Aparecida Vieira dos Santos, de 36 anos, que lamentavelmente foi baleada por alguém que agrediu a luta dos trabalhadores e o movimento. Esperamos que tudo seja apurado e sejam julgados e punidos aqueles que cometeram esse crime.

Além disso, registro que nós encaminhamos hoje um ofício ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal, à Defensoria Pública da União e ao Ministério Público Federal, referente ao ato de violência que ocorreu em Rondônia, com o assassinato, no dia 24 de abril, de dois trabalhadores rurais: Nivaldo Batista Cordeiro e Jesser Batista Cordeiro. Em nome do núcleo agrário, vamos pedir ao Presidente da Comissão de Direitos Humanos desta Casa que acompanhe o caso.

Eu só espero, Sr. Presidente, que esta Casa também não tenha contribuído com essa onda de violência ao aprovar projetos conservadores, que não ajudam a combater a violência nem melhoram a vida da população. Nossa Câmara e este Congresso precisam debater os verdadeiros problemas do nosso País. Precisamos de uma grande reforma agrária e de uma grande reforma urbana, para fortalecermos a luta pela democracia.

Espero que o Estado do Pará seja imediatamente convocado a defender a vida das 180 famílias, que o Estado de São Paulo puna com rigor aquele que agrediu a companheira do MTST e que, em Rondônia, seja apurado e sejam punidos os responsáveis pelos dois trabalhadores assassinados".
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