Zi Reis em Cena Hip Hop Feminista, na Zona LAMM

preview_player
Показать описание

Рекомендации по теме
Комментарии
Автор

É nua é crua é puta
mas são minhas as palavras que desagraum da minha retina
Não é por que eu canto cores que em meu peito nõa habitam dores
Calma e turbulenta como uma calcinha de seda marfim
hoje eu vim pra duelar
pode parecer besteira mas quando eu sai de casa não foram flores que eu coloquei na minha carteira

Essa vai para todas as marias
para todas as magras
Ela costura os meus botões
Me ensinou a fazer arroz
Oh Maria es aqui a tua cria
Me embalaste em noites de alegria e também de dor
A dor
Dor poderia ser teu sobrenome
Mas escolheu a resistência
Foi por tua percistência que a minha voz se fez presença

Não me deixou sonhar com principes encantados
Se sentou ao meu lado e me entregou um caderno com versos embaralhados
Retirando do sertão navegou sobre os rios da violência
Eu vi seu corpo ser marcado por truculência de um homem de pouca dencência
Ouvi seu riso virar choro
O choro virar pranto
Inundar aldeias, afogar sereias
Virar salantro

Vi reerguer a minha casa
O alicerce for suor
O telhado, trabalho
Em nosso prato nunca deixou faltar coragem
Tratou de temperá-lo bem com as gotas de sangue do seu ventre

E se hoje tenho folego para correr mil léguas e erguer meus punhos em praças e vielas
foi por que tu mulher me ensinastes, em silêncio, que não há luta sem amor
e a luta da mulher é por sobrevivência.
Maria, somos todas Marias.
Somo todas resistência.

brunaluizicoletti
join shbcf.ru