Gilda Valença - Corridinho Nº 1 (Melo Júnior) (Versão Cantada)

Esta gravação data de 1954 e pertence à Face A do disco de 78 R.P.M. editado pela “Sinter” com a matriz de disco “S-722” e a matriz de fonograma “Sinter 00-00334”, em que a actriz e cantora portuguesa Gilda Valença, irmã de Ester de Abreu e de Julieta Valença, acompanhada pela Orquestra da Rádio Tupi, interpreta dois números musicais portugueses, que são este “Corridinho Nº 1” de Melo Júnior, com versos de Silva Tavares, e o “Fado de Vila Franca” de João Nobre.
Os primeiros passos no mundo artístico foram por volta de 1938, ainda em Lisboa, cantando no coro do programa “Meia-Hora de Recreio” da Emissora Nacional, e fazia-o sempre que as aulas do colégio de Santo António o permitiam, e no final dos estudos, e formou-se perito-contadora.
Foi convidada para cantar na Rádio Renascença, mas desistiu quando se casou, e foi para o Brasil em 1949, a convite da irmã Julieta, que já residia no Rio desde 1938.
O compositor Fernando Lobo e a cantora Aracy de Almeida viram-na a cantar numa festa e a indicaram ao Radialista Luiz Jatobá, da Rádio Tupi, passando a se apresentar regularmente no programa de Ary Barroso.
Devido ao facto de utilizar o nome artístico “Gilda de Abreu”, homônimo da atriz e cantora esposa do cantor Vicente Celestino, necessitou de mudar o nome artístico, adoptando o nome Valença já usado por Julieta Valença, a sua irmã.
Veio a Portugal por volta de 1950 e 1951, para actuar no teatro, e retornou ao Brasil em 1952, e no ano seguinte, começou a gravação regular de discos, quando lançou pela gravadora “Sinter” a chula "Uma Casa Portuguesa" de Artur Fonseca, em formato de Marcha Popular, com o qual viria a ter o seu maior sucesso no Brasil, e o bolero mambo "Vê lá bem" de Eduardo Damas e Manuel Paião, do filme “Os Três da Vida Airada” de Perdigão Queiroga.
Gravou duas telenovelas, “António Maria” de 1968 e “A Fábrica” de 1969, e colaborou nos filmes de Amácio Mazzaropi, e a sua carreira terminaria com a morte, em 1983, vítima de cancro.
Esta é uma das suas melhores interpretações, que me tem sido demasiado recomendadas por vários melómanos da música ligeira portuguesa dos anos 50.

[mariadoceu]

Olá, Miguel! Para muitos brasileiros, as duas cantoras mais bonitas portuguesas no Brasil, eram Ester de Abreu e a irmã Gilda Valença. Ambas tiveram os seus dias de glória e aqui fizeram o seu pé de meia. Se tivessem ficado aí, não o teriam conseguido. Um abração. Cesário.

[rafaelsantos]

Lindíssimo! Alegria contagiante, obrigado Miguel um grande abraço