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MOTIM NA RÚSSIA: PODER DE PUTIN ESTÁ ABALADO? - OUTUBRO 156 26/06/2023
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O grupo mercenário Wagner realizou um motim na Rússia. O grupo era conhecido por ser aliado de Putin.
Entre sexta-feira e sábado, um terremoto político-militar sacudiu a Rússia: amotinou-se o Grupo Wagner – empresa militar privada associada às forças armadas russas. Criada em 2014 e de propriedade do empresário Ievguêni Prigojin, essa formação tem participação relevante na guerra travada em solo ucraniano, com destaque para o papel decisivo que teve na Batalha de Bakhmut, vencida pelos russos após quase nove meses de combate. Descontentes com os planos do Ministério da Defesa de incorporar suas tropas às forças regulares, além de criticarem eventuais erros na condução da guerra, os chefes do Grupo Wagner rebelaram-se contra Moscou, ocuparam o Quartel-General do Sul, na cidade de Rostov, e iniciaram uma marcha rumo à capital russa, exigindo a demissão do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e de Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior. Putin os acusou de traição, ameaçou com processos penais e avisou que as tropas oficiais iriam enfrentar imediatamente os rebeldes. Antes que um conflito de maior escala ocorresse, contudo, o presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, assumiu a mediação entre Putin e Prigojin, chegando rapidamente a um acordo, ainda no próprio sábado. O Grupo Wagner, então, interrompeu a marcha para Moscou e devolveu Rostov para o comando militar da região, em troca da suspensão de qualquer medida punitiva contra seus integrantes, cujo destino militar ainda seria incerto. Lideranças da Ucrânia, dos Estados Unidos e da União Europeia viram os acontecimentos como sinal de fraqueza do presidente russo, que poderia afetar o desempenho na guerra e até mesmo a estabilidade do governo moscovita. Já o comando russo e seus aliados parecem respirar aliviados, considerando que a rendição do Grupo Wagner, mesmo às custas de uma anistia preventiva, fortaleceria Putin e preservaria a integridade das tropas que lutam contra Kiev.
00:00:00 Inicio
00:03:43 1. Com as informações disponíveis até o momento, vocês consideram que o motim do Grupo Wagner foi produto de contradições reais dessa formação militar privada com as Forças Armadas russas, como afirma a própria liderança dos amotinados, ou poderia ser resultado de uma operação de inteligência e provocação da tríplice aliança entre os Estados Unidos, a União Europeia e a Ucrânia?
00:17:00 2. A crise com o Grupo Wagner, apesar de rapidamente resolvida, ao menos aparentemente, poderia ser interpretada como sintoma de erros e problemas com a estratégia militar conduzida por Moscou até o momento? Teria razão Prigojin, o líder do Grupo Wagner, quando critica a opção por guerra de baixa intensidade que teria sido aplicada nos primeiros meses do conflito, dando chance para os Estados Unidos e a OTAN reforçarem e até reformarem as forças armadas ucranianas?
00:29:14 3. A rebelião do Grupo Wagner poderia sinalizar que a continuidade da guerra eventualmente colocaria Putin contra as cordas, levando até mesmo a dissidências militares e civis, como alertou o próprio presidente russo, em seu discurso no sábado, comparando o que se passava com o cenário que levou à revolução de 1917?
00:41:05 4. Mesmo contornada a crise com o Grupo Wagner, a rebelião contra Putin poderá ter consequências sobre os planos militares russos e até mesmo sobre as ambições do Kremlin de manter sob controle tanto a Criméia quanto a região do Donbass, no leste ucraniano, mas de maioria étnica russa?
00:50:20 5. No último domingo, apenas um dia após a resolução da crise com o Grupo Wagner, ocorreram eleições gerais na Grécia, com uma vitória esmagadora do partido direitista Nova Democracia. Na Alemanha, por sua, a AFD, organização de extrema-direita, pela primeira vez conquistou um governo distrital, na cidade de Sonneberg, na Turíngia, enfrentando uma coalizão de todos os demais partidos, confirmando sua tendência de crescimento nas pesquisas de opinião pública, nas quais já teria cerca de 20% dos votos nacionais. Como vocês analisam uma eventual conexão entre a guerra na Ucrânia e a ascensão do neofascismo por toda a Europa?
O Outubro desta segunda-feira (26/06/23) conta com a participação de Maria Carlotto, Valério Arcary e José Dirceu, para comentar e analisar se o PODER DE PUTIN ESTÁ ABALADO?
Não perca! Às 19h, nos canais de Opera Mundi.
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Entre sexta-feira e sábado, um terremoto político-militar sacudiu a Rússia: amotinou-se o Grupo Wagner – empresa militar privada associada às forças armadas russas. Criada em 2014 e de propriedade do empresário Ievguêni Prigojin, essa formação tem participação relevante na guerra travada em solo ucraniano, com destaque para o papel decisivo que teve na Batalha de Bakhmut, vencida pelos russos após quase nove meses de combate. Descontentes com os planos do Ministério da Defesa de incorporar suas tropas às forças regulares, além de criticarem eventuais erros na condução da guerra, os chefes do Grupo Wagner rebelaram-se contra Moscou, ocuparam o Quartel-General do Sul, na cidade de Rostov, e iniciaram uma marcha rumo à capital russa, exigindo a demissão do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e de Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior. Putin os acusou de traição, ameaçou com processos penais e avisou que as tropas oficiais iriam enfrentar imediatamente os rebeldes. Antes que um conflito de maior escala ocorresse, contudo, o presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, assumiu a mediação entre Putin e Prigojin, chegando rapidamente a um acordo, ainda no próprio sábado. O Grupo Wagner, então, interrompeu a marcha para Moscou e devolveu Rostov para o comando militar da região, em troca da suspensão de qualquer medida punitiva contra seus integrantes, cujo destino militar ainda seria incerto. Lideranças da Ucrânia, dos Estados Unidos e da União Europeia viram os acontecimentos como sinal de fraqueza do presidente russo, que poderia afetar o desempenho na guerra e até mesmo a estabilidade do governo moscovita. Já o comando russo e seus aliados parecem respirar aliviados, considerando que a rendição do Grupo Wagner, mesmo às custas de uma anistia preventiva, fortaleceria Putin e preservaria a integridade das tropas que lutam contra Kiev.
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00:03:43 1. Com as informações disponíveis até o momento, vocês consideram que o motim do Grupo Wagner foi produto de contradições reais dessa formação militar privada com as Forças Armadas russas, como afirma a própria liderança dos amotinados, ou poderia ser resultado de uma operação de inteligência e provocação da tríplice aliança entre os Estados Unidos, a União Europeia e a Ucrânia?
00:17:00 2. A crise com o Grupo Wagner, apesar de rapidamente resolvida, ao menos aparentemente, poderia ser interpretada como sintoma de erros e problemas com a estratégia militar conduzida por Moscou até o momento? Teria razão Prigojin, o líder do Grupo Wagner, quando critica a opção por guerra de baixa intensidade que teria sido aplicada nos primeiros meses do conflito, dando chance para os Estados Unidos e a OTAN reforçarem e até reformarem as forças armadas ucranianas?
00:29:14 3. A rebelião do Grupo Wagner poderia sinalizar que a continuidade da guerra eventualmente colocaria Putin contra as cordas, levando até mesmo a dissidências militares e civis, como alertou o próprio presidente russo, em seu discurso no sábado, comparando o que se passava com o cenário que levou à revolução de 1917?
00:41:05 4. Mesmo contornada a crise com o Grupo Wagner, a rebelião contra Putin poderá ter consequências sobre os planos militares russos e até mesmo sobre as ambições do Kremlin de manter sob controle tanto a Criméia quanto a região do Donbass, no leste ucraniano, mas de maioria étnica russa?
00:50:20 5. No último domingo, apenas um dia após a resolução da crise com o Grupo Wagner, ocorreram eleições gerais na Grécia, com uma vitória esmagadora do partido direitista Nova Democracia. Na Alemanha, por sua, a AFD, organização de extrema-direita, pela primeira vez conquistou um governo distrital, na cidade de Sonneberg, na Turíngia, enfrentando uma coalizão de todos os demais partidos, confirmando sua tendência de crescimento nas pesquisas de opinião pública, nas quais já teria cerca de 20% dos votos nacionais. Como vocês analisam uma eventual conexão entre a guerra na Ucrânia e a ascensão do neofascismo por toda a Europa?
O Outubro desta segunda-feira (26/06/23) conta com a participação de Maria Carlotto, Valério Arcary e José Dirceu, para comentar e analisar se o PODER DE PUTIN ESTÁ ABALADO?
Não perca! Às 19h, nos canais de Opera Mundi.
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