Nanomedicina: o uso de nanopartículas teranósticas em oncologia

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O aumento de novos casos de pacientes com cânceres entre 2020 e 2022 provoca preocupação nas agências de saúde pública. Enquanto isso, o tratamento tem se tornado cada ver mais complexo uma vez que já existem casos de resistências aos medicamentos oncológicos. Nanomateriais teranósticos de diferentes tamanhos, formas e propriedades foram desenvolvidos nas últimas décadas para aplicações oncológicas. Dentre as aplicações mais eficientes de sistemas teranósticos está a terapia fototérmica, que faz uso do efeito de ressonância plasmônica de superfície de nanopartículas para gerar um rápido aquecimento localizado a partir do movimento coerente dos elétrons da banda de condução ao longo dos eixos transversal e longitudinal das partículas, como de nanorods de ouro (AuNRs). Além disso, a utilização de nanopartículas com propriedades múltiplas pode promover melhora na sensibilidade e especificidade do diagnóstico, ao passo que o nanoencapsulamento de ativos oncológicos associado à terapia fototérmica poderá aumentar o tempo de permanência e ação do fármaco para a terapia. Estes avanços estão alinhados com o conceito safe-by-design de desenvolvimento de nanomateriais aplicados em oncologia, isto é, alta eficiência e baixa toxicidade.

Convidada: Profa. Dra. Juliana Cancino-Bernardi (FFCLRP-USP)