DONA BARATINHA - 1982

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De tudo que é peixe morto lixo e sangue correm soltos, o povo já foi
o povo já foi consumado
O Globinho poderoso, colorido, fabuloso, do povo faz mais um
escravo
É assim já faz bem tempo, desde o tempo do candango, da construção do circo novo, um dinheiro ali pedido, o povo bem mais iludido, um país desgovernado: Este é um tempo tão danado que não adianta nem morrer.

E assim levamos a vida, a Ditadura concebida por civis e coronéis.
Corrompendo pelos cantos, nos maltratam (não é pouco), levam as mãos e os anéis. E o milagre brasileiro, iludiu-nos por inteiro, um Congresso equivocado, um Senado bem tinhoso, um fiasco de salário, a miséria que nos faz sofrer: Este é um tempo tão danado que não adianta compreender.

No alto do Amazonas construíram uma estrada que liga nada a nada.
Hoje lá é mata densa, nada há mesmo que resista a esta fúria de Titãs.
E o Nordeste vive seco, lenções d`água renegados, naufragamos o futuro por desprezo ao passado . Não há luz no fim do Túnel, sabe-se lá pra onde é que vamos: Este é um tempo tão danado que não adianta só correr.

Chamam de Democracia esta Puta covardia que acontece pelas ruas.
E aí de quem faça uma trova,mas provar todo mundo prova QUE TODO GOVERNO É LADRÃO.
Nunca se viu nesta cidade, nem em outra freguesia, tanta, tanta, tanta gente tendo a fome em companhia, o pão nosso de cada dia vem faltando em meu viver: Este é um tempo tão danado que não adianta nem morrer.

De: Tony Primo & Getúlio Maia
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