A agonia do amadurecimento | Danit Pondé

preview_player
Показать описание
O que significa amadurecer? O psicanalista Winnicott dizia que todos temos tendência a amadurecer, desde que o ambiente em que somos criados nos favoreça. Porém, na sociedade de hoje, a recusa a esse crescimento aparece como uma nova epidemia. Quando estamos preparados de fato para enfrentar a vida como adultos? Num mundo em franca transformação, pais inseguros estariam indo além do cuidado suficiente e criando a superproteção de filhos. Como equilibrar esse caminho entre a vulnerabilidade e a independência? Será que os confortos e os avanços tecnológicos que tivemos nos últimos tempos têm reforçado esse desejo bastante comum no ser humano: o de ser jovem para sempre?

Inscreva-se no canal e clique no sininho para ser notificado das novidades!

Siga a TV Cultura:

Siga o Instituto CPFL
Рекомендации по теме
Комментарии
Автор

Tarefa de mãe é se fazer desnecessária. Como convencer mães fruto de uma sociedade extremamente narcisica a ser dispensável e as vezes odiavel? Muito complicado... Infelizmente as novas mamães estão gastando muito tempo com chás revelação e outras comemorações que só fazem gerar posts de instagram, um tempo precioso que deveria ser gasto com preparo psicológico necessário para a jornada.

stellaschiavotelo
Автор

Comecei a trabalhar tarde, aos 29, e fui morar só num quitinete, aceitando então empobrecer, perder as comodidades da casa dos pais, mas enriqueci pessoalmente, principalmente após virar pai em seguida. Houve muitas situações difíceis, mas foram o preço da independência e maturidade.

paoloernesto
Автор

Interessante mas faltou falar do ponto socioeconômico, porque hj em dia por exemplo, a minha maior dificuldade em me relacionar, é por questões financeiras, a gente que é pobre sabe o quanto isso da instabilidade econômica afeta na nossa saúde mental, inclusive a minha por justamente ter essa alto-cobrança em querer ter uma vida, ter a possibilidade de me estabelecer como indivíduo "adulto", eu me sinto frustrada por não ter ainda saído de casa, e ser tão afetada pela cobrança, pela situação atual do país que muitas vezes não oferece escolhas, de tanta questões que a gente jovem se encontra vulnerável e que pode ser visto muitas vezes como "imaturidade, comodismo".

Casttroanna
Автор

Com 16 anos perdi meu pai e aos 18 perdi minha mãe hoje estou com 22. Minha mãe foi imatura e mimada a vida toda, nunca trabalhou em nada por um tempo fixo e ficou gravida do meu irmão aos 18 anos por um namorado da vida e meu pai teve sua adolescência/infância privada em vários aspectos tendo que trabalhar com 11 anos (isto mesmo 11 anos) para sustentar a mãe dele.
Este vídeo foi de grande ajuda para mim, pois agora o meu pai e minha mãe sou eu mesmo.

joaovictoralmeidasantos
Автор

Eu sou venezuelano sai de zona de conforto com só 60 reais chegue Brasil desde caracas até maceio, só quando li um livro que me câmbio minha vida chamado *pense rápido pense devagar " eu não tive adverso da perda agora pico puxando envio dinero prar meu pai, que mora colombia, producto da dictadura que tem meu país, eu se que vou a terminar meu estudos

rafaelperezonline
Автор

Gostei e concordo qdo ela falou de pessoas que levantam bandeiras em favor de animais, ou de qualquer outra coisa, mas que são incapazes de ser empáticas com pessoas próximas!

DeTudoumPouco-jkqp
Автор

Pontos interessantes foram levantados, mas ao mesmo tempo senti um empobrecimento no discurso na hora que ela fala que os jovens não querem sair de casa por comodismo. Eu tenho 24 anos, sou formada, estou fazendo mestrado e simplesmente não consigo um emprego na minha área. Se eu quisesse sair de casa, seria pra trabalhar em qualquer emprego (isso se eu conseguir) pra ganhar salário mínimo (1.100$) oque daria pra eu pagar um aluguel numa quitinete muito fuleira em um lugar bem desvalorizado, para que sobrasse desse dinheiro o suficiente para me alimentar. Tirando moradia e alimentação, oque sobraria desse salário mínimo? E em relação às relações interpessoais, agora, a gente respeita mais nossos limites, não toleramos machismo etc. Por isso que tá mais difícil se relacionar tb, fora que toda relação está pautada em dinheiro e simplesmente não conseguimos empregos!!!

beatrizsantanna
Автор

Boa parte das pessoas não trabalham no que gostam e ainda por cima ganham um salario miseravel. Os esforços parecem não compensar os ganhos. Por isso tantos procuram meios mais rapidos de recompensa e postergam o mundo real que é ruim em varios aspectos....

jonatassilotto
Автор

Os próprios País ou tutores muitas vezes também são adultos infantilizados, eis a dificuldade de se provocar essa independência nos filhos. Parabéns pela excelente palestra, preciosa reflexão!

gysellefonseca
Автор

Tenho 20 anos, isso me mostrou o quanto sou imaturo! Ótimo vídeo, essas questões são muito importantes para qualquer geração. A educação brasileira poderia colocar mais filósofos contemporâneos e psicanalistas na grade de ensino do ENEM, sair um pouco do clássico das ciências ministradas. Certo que é importante as bases do conhecimento, mas seria uma boa um pouco de saúde mental.Alavancaria muita coisa!!!

matheuscandido
Автор

Não fui criada tendo acesso a celulares, nem mesmo meus irmãos. Meu primeiro celular ganhei quando tinha 15 anos, e não tinha acesso a redes sociais. Nessa mesma época, tive acesso ao computador. Realmente nos prendemos bastante no mundo digital.

Tanto eu como meus irmãos, temos sim dificuldades de enfrentar desafios.

Mas não devido a era digital,
Fomos criados sem telas, nem mesmo
TV tinha na minha casa.

Eu até assistia, mas somente na casa da minha avó, então não era o tempo todo.

Penso que nossas dificuldades em enfrentar os desafios diários, se dá devido nossa criação.

Isso porque sou filha de pais super protetores. Fomos criados muito presos, dificilmente tínhamos oportunidades de socializar com terceiros.

Se não com uma amiguinha, vizinhos de frente...

Não podemos sair do portão pra rua, sem estamos acompanhados dos nossos pais.

Isso até cerca de 15 anos de idade.

Não os culpo, meus pais tinham medo, medo da maldade do mundo.

No fundo eu até entendo, não dá pra facilitar, infelizmente essa liberdade de IR e VIR, é apenas uma ilusão, do que deveria ser mas não é!.

Meu pai foi criado de uma maneira muito rígida, então repetiu o ciclo com os filhos.

Apanhamos bastante, muitas das vezes por pouca coisa.

Ou seja, vivíamos na defensiva, medo de errar, não tínhamos voz, era a palavra dele e pronto.

Não os julgo, pois eles realmente acreditava que estavam fazendo o que era correto, para o nosso bem.

Ou seja, eles estavam presente em tudo,
Tivemos tempo de qualidade sim, mas o medo de falhar foi uma consequência de uma crianção regido pelo medo.

Não se tratava de RESPEITO era MEDO.

Minha mãe era mais maleável, não me lembro de muitas vezes que apanhei dela. Por outro lado era superprotetora, nos dava tudo nas mãos, sem necessidade de nos
esforçarmos para ter!.

Hoje em dia sou mãe de uma criança de 5 anos. E decidi que o ciclo da violência seria rompido.

Não acredito que sou uma pessoa íntegra, devido às surras, o meu bom caráter não é mérito das agressões físicas que levei.

Pelo contrário, essas me trouxe angústias, receios, e traumas.

É fato que as surras tinha um efeito imediato, de mudar meu comportamento.

Mas isso não significa que eu havia aprendido.

Isso porque eu realmente era irrepreensível na presença do meu pai,
mas quando ele não estava por perto, eu aprontava do mesmo jeito.

Sinto que essa rigidez me afastou um pouco emocionalmente do meu pai.

Não porque não o amo, eu amo muito, mas sinto que falta conexão.

Hoje sou adepta a educação positiva, educação para a paz, e graças a Deus, até então os resultados positivos superaram todas minhas expectativas.

kel
Автор

Excelente! Sou professor e identifico todas essas nuances de comportamentos de infantilização por parte dos pais e, consequentemente, dos filhos. As avós, também, desapareceram, todas querem ter 17 anos! Não se pode chamá-las de "vó", essa figura ancestral está desaparecendo.

oivlis
Автор

Legal a palestra. Só acho que empobrece muito, ocultar do tema a questão da a precarização das condições materiais da vida contemporânea, estou falando da falta de estabilidade do trabalho, da impossibilidade de aposentadoria, do aumento do custo médio de vida, da impossibilidade de um jovem adulto de se manter dignamente como ja foi possivel, com apenas o salario de seu trabalho. Hoje com um salario médio já não é possivel investir em uma casa própria, na possível educação e manutenção dos futuros filhos, ou investir numa popança para aumentar a estabilidade e segurança num caso de emergência. Não dá pra tratar desse tema sem falarmos de que hoje se trabalha muito mais pra se ganhar muito menos, e com muito menos perpectiva de avanços profissionais, de progresso numa unica carreira como já aconteceu com nossos avós.

lufemeal
Автор

Achei interessante a palestra, mas muito classista também, apesar dos pobres serem os que mais demoram pra sair de casa pela condição financeira, em nenhum momento ela cita isso como empecilho, então me pareceu que ela tá falando de pessoa rica pra pessoa rica.

stephanymaria
Автор

Ótima temática. Impossível não notar quantas vezes a figura materna é mencionada como responsável e nada se fala em referência à paternidade ou "pais" como responsáveis.

shaienevieira
Автор

Me incomodou a expressão "suicídio bem sucedido" em 24:50. É sabido que pelo protocolo de prevenção ao suicídio, pessoas que trabalham com saúde mental utilizam a expressão: suicídio consumado ou não consumado. Pois a idéia de suicídio, não deve estar atrelada a uma concepção de sucesso.

carladias
Автор

Amei o tema, no entanto, faltou falar de classe e do contexto econômico que estamos, pois fica uma questão "pq o amadurecimento é sair de casa?". ao meu ver essa ideia de sair de casa tem um intuito de alugar casa, "fazer a economia girar". Sendo mais especifico, no Brasil o desemprego está alto em virtude das politicas econômicas, do projeto de desemprego com intuito de ter uma reserva de pessoas desempregadas para demontar os direitos trabalhistas, o que fica a questão: as pessoas estão ficando na casa dos pais pq estão infantilizadas ou devido o empobrecimento e falta de recursos materiais e possibilidades concretas?
O tema é muito bom, mas faltou muito relacionar com questões de classe, pois os dilemas colocados aí está muito em uma visão de classe média alta.

lucaspluma
Автор

Não devemos nos comparar uns com os outros, o caminho é diferente para cada um. Cada pessoa é um universo com sua história, genética e experiências. Não dá para generalizar. A vida é uma constante aprendizagem.

fatimafarias
Автор

Tenho 27 anos e concordo com tudo que foi dito no vídeo. Meus pais nunca deixaram faltar nada em casa, inclusive, sempre deram muito exemplo que só com trabalho se conquista. Mas hoje percebo como eles tentavam me proteger de muitas coisas desnecessárias na adolescência. Sai de casa para ir a faculdade aos 18 anos. Logo me tornei independente, mas sempre estive muito inseguro para me virar sozinho, principalmente com dinheiro e para tomar decisões dificeis. Voltei para a casa dos meus pais logo quando finalizei a faculdade aos 22 anos por falta de planejamento financeiro. Com 25, com um bom trabalho, ganhando bem, conheci uma paixão e fomos morar juntos logo de cara. Não deu certo, muitas brigas e desentendimentos por falta de maturidade. A ilusao de que tem que conquistar tudo muito rapido de maneira perfeita. Hoje com 27 anos, me encontro na casa dos meus pais novamente, mas muito mais consciente de que tudo que aconteceu foi culpa minha e muito por conta dessa falta de maturidade, de se responsabilizar e ser autosuficiente. Espero daqui 2 meses estar na minha casa, não vejo a hora. Acredito que agora, vire adulto de verdade rs

alanmatos
Автор

Tava indo tudo bem até ela dizer sobre a comida e os pets tentando exemplificar que são coisas diferentes de nós, limitada versão da vida, a vida e tudo que a rodeia, é justamente um ensaio pra se comprometer até compreender que o outro não existe, é tudo uma “coisa “ só ! Bjuu

sanandoasi