A recriação de vidas para além da ficção: o poder dos dados póstumos

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Ao longo das interações com artefatos tecnológicos, uma abundância de bens digitais são gerados via software. Com o falecimento dos usuários, esses bens poderão fazer parte do legado digital desses usuários. A Imortalidade Digital, por sua vez, foca nas mais recentes aplicações da tecnologia para a preservação de um usuário por meio de seus dados, com novas possibilidades face aos avanços da Inteligência Artificial. Como exemplos podemos ter: a criação de um memorial digital, o qual mantêm registros online do usuário falecido; aplicações digitais que analisam o padrão de mensagens dos usuários e, mesmo após o usuário ter falecido, permitem conversar com este “chatbot”; e a possibilidade de transferir a mente humana de um usuário falecido para um robô e, assim, o imortalizar como através de um corpo mecânico conhecido como avatar. Nos limites entre a realidade e a ficção, com a ajuda da Inteligência Artificial e o tratamento de grande quantidade de dados, formas de imortalização e preservação das memórias dos usuários tem sido cada vez mais próximas do nosso mundo. Além das questões técnicas, dilemas éticos e morais desta imortalização carecem de discussão. Assim, é importante debater os limites e possibilidades destas soluções tecnológicas.


Cristiano Maciel é Doutor em Ciência da Computação pela UFF e Professor Associado IV do Instituto de Computação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É vice-presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Coordenador dos projetos Meninas Digitais Mato Grosso e da rede de pesquisa internacional ELLAS (Equality in Leadership for Latin America STEM). Líder do projeto DAVI - Dados além da Vida, no LAVI/UFMT, vem discutindo o tema de Morte e Tecnologias há cerca de 15 anos.
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