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Funeral de Coxilha - Luiz Marenco
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Todo o meu canto - 2013
"Repousa o corpo tranquilo no funeral da coxilha terra bordada em flechilha é o catre"
Letra: Sergio Carvalho Pereira
Ritmo: Milonga
Interpretada na 5ª Estância da Canção Gaúcha (São Gabriel) -1997, Nos Festivais - 1999 e Sul - 2017.
Repousa o corpo tranqüilo
no funeral da coxilha
terra bordada em flechilha
é o catre de quem retorna
a tarde em comprida forma
das guanxumas e alecrins
não há tristezas nem fins
na morte que o campo adorna
Não há tristeza no pio
da perdiz ciscando a vida
não há fim quando a partida
vai se tornando chegada
quem foi de campo e de estrada
não quer melhor companhia
que o largo das sesmarias
ao luxo de uma invernada
Morreu num final de tarde
entre pasto rebrotado
quando uma ponta de gado
buscava a paz de algum capão
A noite acende um clarão
prendendo velas miúdas
em dois olhos de coruja
no castiçal de um moirão
E o campo todo recebe
corpo e alma em funeral
se tornará cinza e sal
fundida com terra e água
e o choro da madrugada
que entre seus pêlos entranha
da brilho a teia da aranha
na macega, deu pousada
Por isso que minha gente
jamais enterra um cavalo
o campo sabe cuidá-lo
quando pra nós tudo encerra
a natureza não erra
ressuscita na coxilha
nas flores da maçanilha
graça e força sobre a terra
"Repousa o corpo tranquilo no funeral da coxilha terra bordada em flechilha é o catre"
Letra: Sergio Carvalho Pereira
Ritmo: Milonga
Interpretada na 5ª Estância da Canção Gaúcha (São Gabriel) -1997, Nos Festivais - 1999 e Sul - 2017.
Repousa o corpo tranqüilo
no funeral da coxilha
terra bordada em flechilha
é o catre de quem retorna
a tarde em comprida forma
das guanxumas e alecrins
não há tristezas nem fins
na morte que o campo adorna
Não há tristeza no pio
da perdiz ciscando a vida
não há fim quando a partida
vai se tornando chegada
quem foi de campo e de estrada
não quer melhor companhia
que o largo das sesmarias
ao luxo de uma invernada
Morreu num final de tarde
entre pasto rebrotado
quando uma ponta de gado
buscava a paz de algum capão
A noite acende um clarão
prendendo velas miúdas
em dois olhos de coruja
no castiçal de um moirão
E o campo todo recebe
corpo e alma em funeral
se tornará cinza e sal
fundida com terra e água
e o choro da madrugada
que entre seus pêlos entranha
da brilho a teia da aranha
na macega, deu pousada
Por isso que minha gente
jamais enterra um cavalo
o campo sabe cuidá-lo
quando pra nós tudo encerra
a natureza não erra
ressuscita na coxilha
nas flores da maçanilha
graça e força sobre a terra
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