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Elegia de Primeiro de Abril

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Ahh, primeiro de abril...
Narração: @taniagaidarji2
Texto: @guilhox
Primeiro de abril
Infame, imutável, impressionante primeiro de abril
Data querida, data deslumbrante
Tida por muitos como sinônimo de humor e deleite,
Quando deitam-se em frente a suas telas e suas redes,
Aguardando para admirar as peripécias alheias.
Seus devaneios e desventuras, indo contra seus padrões,
Muitas vezes causam emoções confusas e intensas,
Até que o espectador perceba a data
E repita consigo mesmo:
Ahh, primeiro de abril…
Irracional, ilógico, impossível primeiro de abril
Onde a criatividade dos humanos ganha força descomunal
Com foco irrestrito na banalização do engano,
Na romantização do embuste,
No engrandecimento das mentiras.
As pessoas sabem que são mentiras.
Aguardam ansiosamente para saber como serão ludibriadas neste ano,
Ou no próximo, ou nos próximos mais além.
Mas dificilmente pensarão sobre as mentiras presentes,
Que envolvem como uma névoa pela mera coexistência,
Abraçam como serpentes que enrolam pequenas criaturas,
Nunca consumindo, porém. Precisam estar vivas afinal,
Para propagar seu alcance além do horizonte.
Primeiro de abril… uma fachada.
Uma artimanha do mundo dos homens para manter o silêncio e a expectativa.
A esperança de risadas descontraídas e um dia mais feliz
Ignorando a ironia de tal felicidade vir de um conjunto de farsas…
Ilusões que mantém contentamento, sem questionamento.
Eis o estratagema: a farsa se torna a verdade,
E a verdade, então, deixa de existir.
Cabe talvez questionar sua posição nessa máquina de falsidade,
E evitar a dor que a mentira pode infligir a si e aos demais
Especialmente aos mais explorados pelo excesso de expectativa.
Certos rapazes que usam óculos e têm o cabelo preto ou azul
Já estão tão exaustos dessa corrente eterna
Que se deitam perturbados sempre que batem à porta
Os fantasmas do mês derradeiro, em formas inocentes,
Gritando desde fevereiro, em coro ensurdecedor:
Watanuki, watanuki…
Primeiro de abril…
Watanuki, watanuki…
Primeiro de abril!
Narração: @taniagaidarji2
Texto: @guilhox
Primeiro de abril
Infame, imutável, impressionante primeiro de abril
Data querida, data deslumbrante
Tida por muitos como sinônimo de humor e deleite,
Quando deitam-se em frente a suas telas e suas redes,
Aguardando para admirar as peripécias alheias.
Seus devaneios e desventuras, indo contra seus padrões,
Muitas vezes causam emoções confusas e intensas,
Até que o espectador perceba a data
E repita consigo mesmo:
Ahh, primeiro de abril…
Irracional, ilógico, impossível primeiro de abril
Onde a criatividade dos humanos ganha força descomunal
Com foco irrestrito na banalização do engano,
Na romantização do embuste,
No engrandecimento das mentiras.
As pessoas sabem que são mentiras.
Aguardam ansiosamente para saber como serão ludibriadas neste ano,
Ou no próximo, ou nos próximos mais além.
Mas dificilmente pensarão sobre as mentiras presentes,
Que envolvem como uma névoa pela mera coexistência,
Abraçam como serpentes que enrolam pequenas criaturas,
Nunca consumindo, porém. Precisam estar vivas afinal,
Para propagar seu alcance além do horizonte.
Primeiro de abril… uma fachada.
Uma artimanha do mundo dos homens para manter o silêncio e a expectativa.
A esperança de risadas descontraídas e um dia mais feliz
Ignorando a ironia de tal felicidade vir de um conjunto de farsas…
Ilusões que mantém contentamento, sem questionamento.
Eis o estratagema: a farsa se torna a verdade,
E a verdade, então, deixa de existir.
Cabe talvez questionar sua posição nessa máquina de falsidade,
E evitar a dor que a mentira pode infligir a si e aos demais
Especialmente aos mais explorados pelo excesso de expectativa.
Certos rapazes que usam óculos e têm o cabelo preto ou azul
Já estão tão exaustos dessa corrente eterna
Que se deitam perturbados sempre que batem à porta
Os fantasmas do mês derradeiro, em formas inocentes,
Gritando desde fevereiro, em coro ensurdecedor:
Watanuki, watanuki…
Primeiro de abril…
Watanuki, watanuki…
Primeiro de abril!
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