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Elis Regina & Gal Costa: Especial Grandes Nomes (1981)
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1. Amor Até O Fim (Gilberto Gil) - 00:00
2. Aprendendo A Jogar (Guilherme Arantes) - 04:30
3. Ilusão À Toa (Johnny Alf) - 09:17
Exibida mensalmente, a "Série Grandes Nomes" apresentou diferentes cantores e compositores brasileiros. Cada programa era batizado com o nome completo do artista homenageado. Em 1981, a artista homenageada era Gal Costa, com o episódio intitulado "Maria da Graça Costa Penna Burgos", exibido em junho daquele ano.
No livro "Nada Será Como Antes", Júlio Maria descreve com detalhes este acontecimento tão marcante na história da música brasileira:
Daniel Filho, diretor do programa, perguntou quem ela desejaria que fosse seu convidado especial: “Elis Regina!”. Daniel ligou para o telefone que lhe passaram e a cantora atendeu em Los Angeles, onde estava com o saxofonista Wayne Shorter tratando dos detalhes de um disco que queriam fazer juntos. Elis atendeu e respondeu no ato: “Claro que eu quero, estou indo agora”. Depois do convite, Daniel passou o telefone a Gal e as duas ficaram no papo de comadres por um bom tempo. Em três dias, a cantora estava de volta ao Brasil para saber o que deveria fazer. Seus olhos nunca se cruzaram com os de Gal Costa enquanto as duas cantavam no programa Grandes Nomes. Já na passagem de som, a baiana sentiu que Elis evitava o contato visual enquanto cantavam “Amor Até o Fim”, de Gilberto Gil. Gal buscava o tempo todo uma resposta de Elis, que nunca vinha. Chegou a comentar com o diretor: “Puxa, Daniel, eu olho pra ela, mas ela não olha pra mim, não tem jeito”. Depois de quebrar o gelo com uma ou duas passadas, encorajou-se para falar com a própria cantora: “Puxa, Elis, olha no meu olho, eu estou olhando pra você!”.
O número começou com Gal cantando a primeira parte e chamando Elis na segunda. As duas cantavam a três metros de distância uma da outra. O samba de Gil guardava o ápice para o final, quando o refrão seria repetido de forma circular fazendo a banda ir às alturas com seus músicos soltando a mão. Foi quando a dupla passou a viajar cada uma à sua maneira. Gal sorrindo e dançando, olhando sempre para Elis, e Elis gingando como malandro de pernas abertas e olhos fechados, nunca direcionados para Gal. Ao final, Gal não resistiu em voltar ao assunto com a amiga nos bastidores: “Mas você não olha mesmo pra mim, né, Elis?” E Elis respondeu: “Sabe Gal, o problema é que eu sou vesga. Morro de vergonha”.
Foto da miniatura do vídeo por Thereza Eugênia
2. Aprendendo A Jogar (Guilherme Arantes) - 04:30
3. Ilusão À Toa (Johnny Alf) - 09:17
Exibida mensalmente, a "Série Grandes Nomes" apresentou diferentes cantores e compositores brasileiros. Cada programa era batizado com o nome completo do artista homenageado. Em 1981, a artista homenageada era Gal Costa, com o episódio intitulado "Maria da Graça Costa Penna Burgos", exibido em junho daquele ano.
No livro "Nada Será Como Antes", Júlio Maria descreve com detalhes este acontecimento tão marcante na história da música brasileira:
Daniel Filho, diretor do programa, perguntou quem ela desejaria que fosse seu convidado especial: “Elis Regina!”. Daniel ligou para o telefone que lhe passaram e a cantora atendeu em Los Angeles, onde estava com o saxofonista Wayne Shorter tratando dos detalhes de um disco que queriam fazer juntos. Elis atendeu e respondeu no ato: “Claro que eu quero, estou indo agora”. Depois do convite, Daniel passou o telefone a Gal e as duas ficaram no papo de comadres por um bom tempo. Em três dias, a cantora estava de volta ao Brasil para saber o que deveria fazer. Seus olhos nunca se cruzaram com os de Gal Costa enquanto as duas cantavam no programa Grandes Nomes. Já na passagem de som, a baiana sentiu que Elis evitava o contato visual enquanto cantavam “Amor Até o Fim”, de Gilberto Gil. Gal buscava o tempo todo uma resposta de Elis, que nunca vinha. Chegou a comentar com o diretor: “Puxa, Daniel, eu olho pra ela, mas ela não olha pra mim, não tem jeito”. Depois de quebrar o gelo com uma ou duas passadas, encorajou-se para falar com a própria cantora: “Puxa, Elis, olha no meu olho, eu estou olhando pra você!”.
O número começou com Gal cantando a primeira parte e chamando Elis na segunda. As duas cantavam a três metros de distância uma da outra. O samba de Gil guardava o ápice para o final, quando o refrão seria repetido de forma circular fazendo a banda ir às alturas com seus músicos soltando a mão. Foi quando a dupla passou a viajar cada uma à sua maneira. Gal sorrindo e dançando, olhando sempre para Elis, e Elis gingando como malandro de pernas abertas e olhos fechados, nunca direcionados para Gal. Ao final, Gal não resistiu em voltar ao assunto com a amiga nos bastidores: “Mas você não olha mesmo pra mim, né, Elis?” E Elis respondeu: “Sabe Gal, o problema é que eu sou vesga. Morro de vergonha”.
Foto da miniatura do vídeo por Thereza Eugênia
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