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José Viana - O Chico do Alegrete
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Esta gravação data de 1969, foi efectuada nos Estúdios Valentim de Carvalho, em Lisboa, e pertence à Banda 1 da Face B do disco EP de 45 R.P.M. editado pela firma "A Voz do Dono", matriz de disco "7 LEM 3226", nome "José Viana - O Chico do Alegrete", em que o referido e consagrado actor português, acompanhado pela Orquestra de Joaquim Luiz Gomes, pela Trompa de Adácio Pestana, e pela Guitarra Portuguesa de António Luiz Gomes, interpreta quatro músicas da dupla "Eduardo Damas / Manuel Paião", que são precisamente "Maria do Tejo", "Isto Só Há em Lisboa", "Maria Severa Onofriana" e esta deliciosa música que escutamos aqui.
Trata-se do Fado Musicado que nomeia o disco, de seu título “O Chico do Alegrete”, e cuja letra é a seguinte:
Foi o Rei da Mouraria
Chamavam-lhe “o diabrete”
Seu nome era Chico Silva
O Chico do Alegrete
Viveu
Viveu de portas adentro
Com a Maria Severa
E se alguém a ofendia
O Chico era uma fera
O Chico do Alegrete
Sofreu mágoas,
Porque um dia
Foi trocado por um nobre
Que desceu
À Mouraria
E quando o nobre se foi,
E a Severa definhou,
O Chico do Alegrete,
Cheio de saudade, voltou,
E até ao fim,
O Chico lá ficou!
O Chico do Alegrete
Fadista, cantava o fado
Mas só o cantava bem
Se tinha a Severa ao lado
O Chico
O Chico nem disfarçava
Aquele amor tão profundo...
Com a Severa p'lo braço,
O Chico era o rei do mundo!
O Chico do Alegrete
Sofreu mágoas,
Porque um dia
Foi trocado por um nobre
Que desceu
À Mouraria
E quando o nobre se foi,
E a Severa definhou,
O Chico do Alegrete,
Cheio de saudade, voltou,
E até ao fim,
O Chico lá ficou!
E quando o nobre se foi,
E a Severa definhou,
O Chico do Alegrete,
Cheio de saudade, voltou,
E até ao fim,
O Chico lá ficou!
E até ao fim,
O Chico não chorou!
Considerado pelos puristas do Fado como “uma jóia”, trata-se dum dos Fados Musicados mais reputados da comunidade fadista lisboeta, duma das melhores interpretações do polivalente e sempre talentoso actor e pintor que foi José Viana, e duma das mais gratas recordações da minha infância, pois lembro-me perfeitamente que, em 2002, quando tinha os meus oito anos, mal chegava a casa, depois das bitocas da minha querida avó e da mamã, ia para o quarto do meu avô, e começava a ouvir rádio, e a minha companhia, ou era a Rádio Mirasado, em 93.9 MHz, ou a Voz de Lisboa da Renascença, em 963 kc/s, com Henrique Mendes e Aurélio Carlos Moreira a fazer a locução de continuidade.
Esta música era uma das constantes da Rádio Voz de Lisboa, a par da “Maria Zaragateira” da Leónia Mendes, da “Cidade Velha” do recém-falecido Neno, da “A Gente Não Lê” da Isabel Silvestre, da “Montanha Azul” do António Severino, da “Saudade” dos Trovante, do “Campino” do Carlos Ramos, do “Barrete Verde” do Tristão da Silva, do “Homem Vestido de Branco” de Dino Meira ou da “Canção do Ribatejo” de Luiz Piçarra, e foi reeditada em CD na compilação “O Melhor de José Viana” de 2009, da “IPLAY/Valentim de Carvalho”.
Espero que gostem.
Trata-se do Fado Musicado que nomeia o disco, de seu título “O Chico do Alegrete”, e cuja letra é a seguinte:
Foi o Rei da Mouraria
Chamavam-lhe “o diabrete”
Seu nome era Chico Silva
O Chico do Alegrete
Viveu
Viveu de portas adentro
Com a Maria Severa
E se alguém a ofendia
O Chico era uma fera
O Chico do Alegrete
Sofreu mágoas,
Porque um dia
Foi trocado por um nobre
Que desceu
À Mouraria
E quando o nobre se foi,
E a Severa definhou,
O Chico do Alegrete,
Cheio de saudade, voltou,
E até ao fim,
O Chico lá ficou!
O Chico do Alegrete
Fadista, cantava o fado
Mas só o cantava bem
Se tinha a Severa ao lado
O Chico
O Chico nem disfarçava
Aquele amor tão profundo...
Com a Severa p'lo braço,
O Chico era o rei do mundo!
O Chico do Alegrete
Sofreu mágoas,
Porque um dia
Foi trocado por um nobre
Que desceu
À Mouraria
E quando o nobre se foi,
E a Severa definhou,
O Chico do Alegrete,
Cheio de saudade, voltou,
E até ao fim,
O Chico lá ficou!
E quando o nobre se foi,
E a Severa definhou,
O Chico do Alegrete,
Cheio de saudade, voltou,
E até ao fim,
O Chico lá ficou!
E até ao fim,
O Chico não chorou!
Considerado pelos puristas do Fado como “uma jóia”, trata-se dum dos Fados Musicados mais reputados da comunidade fadista lisboeta, duma das melhores interpretações do polivalente e sempre talentoso actor e pintor que foi José Viana, e duma das mais gratas recordações da minha infância, pois lembro-me perfeitamente que, em 2002, quando tinha os meus oito anos, mal chegava a casa, depois das bitocas da minha querida avó e da mamã, ia para o quarto do meu avô, e começava a ouvir rádio, e a minha companhia, ou era a Rádio Mirasado, em 93.9 MHz, ou a Voz de Lisboa da Renascença, em 963 kc/s, com Henrique Mendes e Aurélio Carlos Moreira a fazer a locução de continuidade.
Esta música era uma das constantes da Rádio Voz de Lisboa, a par da “Maria Zaragateira” da Leónia Mendes, da “Cidade Velha” do recém-falecido Neno, da “A Gente Não Lê” da Isabel Silvestre, da “Montanha Azul” do António Severino, da “Saudade” dos Trovante, do “Campino” do Carlos Ramos, do “Barrete Verde” do Tristão da Silva, do “Homem Vestido de Branco” de Dino Meira ou da “Canção do Ribatejo” de Luiz Piçarra, e foi reeditada em CD na compilação “O Melhor de José Viana” de 2009, da “IPLAY/Valentim de Carvalho”.
Espero que gostem.
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