JC Debate - Mercado Mulher | 05/12/2016

As mulheres recebem 24% a menos que os homens e poucas ocupam cargos de chefia, segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE. Além disso, quais outros problemas as mulheres vivenciam no mercado de trabalho? São desvalorizadas em relação à capacidade profissional? Sofrem pressão entre alavancar a carreira e constituir uma família? São demitidas quando voltam da licença maternidade?
Por que o ambiente de trabalho ainda é tão desigual entre homens e mulheres? Quais são as raízes desse quadro? É um problema cultural? Como é possível combatê-lo? Há iniciativas nesse sentido?

CONVIDADOS
REGINA MADALOZZO – coordenadora do Mestrado em Economia Insper e especialista em economia de gênero

MARIA APARECIDA BENTO – diretora executiva do Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades

[ariadnescaramari]

Tema riquíssimo de ser abordado nos dias atuais. Gosto muito de debates que envolvem a questão das mulheres no mercado de trabalho. Com certezas, muitas empresas ainda precisam se reestruturar nesse sentido e não esperar que sua colaboradora, que esteve em um processo humano único e saudável, retome como se nada tivesse acontecido. É desde o primeiro contato, na contratação, nos demais processos, na licença e na volta dela, amparar essa colaboradora e sempre colocar em pauta, como a Psicóloga mencionou, esse tema. É saber olhar com outros olhos para essas mulheres e não como máquinas que geram lucros.
Hoje em dia vivemos tempos em que tudo é muito questionado e polemizado e cabe a nós, de ambas as idades mudarmos esse quadro, buscar da empresa esse retorno, colhendo nossos direitos e deveres, vivendo essa etapa da vida de forma amistosa e produtiva, com a participação efetiva de pais, filhos e carreira.
Vamos tentar ir em busca desse equilíbrio. Não sou casada, nem mãe, mas já penso muito nisso.