A arquitetura do Seridó

A arquitetura rural do século XIX no Nordeste tem características próprias para dar conta de sua produção de rapadura e farinha, assim como encontrar algum conforto -- mesmo que modesto -- no calor dessa região do sertão potiguar conhecida como Seridó. Com pouco esforço de preservação, há pressa em estudar, documentar e entender a importância dessas construções únicas.

Nathália Maria Montenegro Diniz saiu do Rio Grande do Norte, onde nasceu, cresceu e se formou arquiteta, para fazer a pós-graduação na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Paradoxalmente, veio para a capital paulista para mergulhar ainda mais a fundo na arquitetura das fazendas de sua terra. O resultado é a dissertação de mestrado "Velhas fazendas da Ribeira do Seridó" (defendida em 2008) e a tese de doutorado "Um sertão entre tantos outros: fazendas de gado nas Ribeiras do Norte" (em 2013), ambas realizadas sob orientação de Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno. Esses estudos deram origem a um novo projeto de pesquisa, vencedor da 10ª edição do Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica - Clarival do Prado Valladares, divulgado em dezembro.

[ian]

Estou triste que acabou, que pesquisa incrivel, emocional e tao intimista.... assistiria 2h desse assunto.

[annajailmas.a.medeiros]

O sítio dos meus avós entre São João do Sabugi e Caicó, teve exploração de sheelita na segunda guerra mundial. Com isso foi terra de muitos que vieram de outros municípios e até Estados vizinhos na busca por trabalho. A casa dos meus avós era chamada a "Casa do Alto" por ser no alto da fazenda. Lá havia muitas festas, e acolhiam projetos como Projeto Rondon, projeto MEB, e outros. Também lá era palco de festas para comemorações. Tem relatos escritos de casamento, com festas de 03 dias. Os alemães eram arrendatários da mina de sheelita e com isso, o sítio teve acesso a geladeira, motor de energia etc já na década de 40. A casa que foi do meu pai conhecida como "bangalô" pela sua arquitetura, foi construída por Oscar Piquet, avô do piloto Nelson Piquet. Infelizmente hoje se tem pouco dessas construções.

[georgeporto]

Sou apaixonado pela arquitetura histórica, onde o estilo das construção remetem à cultura local.

Com o modernismo temos esse rompimento e uma forma de construção que nao possui mais características da localidade, uma história sem história.

Parabéns pelo seu belissimo trabalho.

[Gilmarleite]

Beleza de documentário e importante pesquisa sobre o sertão. Parabéns. Sou pernambucano, com uma longa passagem pelo Seridó Potiguar (Jucurutu/Caicó). Conheço bem a região. Meu trabalho de doutorado, também, foi sobre o sertão (PE/PB). Com aporte teórico na fenomenologia (Merleau-Ponty), pesquisei a relação do homem do sertão com a natureza e a literatura (poesia), dentro de um processo educativo. O titulo da tese é O SERTÃO EDUCA. Mesmo tendo os dois focos, a minha tese é bem transversal. Nela, também, trabalhei com a arquitetura, pois pesquisei a relação de Zabé, com a sua moradia (uma Loca de uma pedra), na qual ela morou durante 30 anos. Abraços

[sergiomotta]

Excelente! Parabéns à pesquisadora pelo trabalho e à FAPESP pelo importante apoio. Na condição de também pesquisador sobre os sertões do Nordeste, enchi-me de orgulho. Além de vislumbrar, quem sabe, possíveis aproximações.

[rusticaio]

que trabalho lindo. eu tenho orgulho de ser nordestino.

[raildamarques]

Porque não filmou o casarão esepcional pra gente ver a riqueza de detalhes por dentro os cômodos mesmo estando em ruínas desse rico proprietário de terras no serido ??

[franciscoborges]

Dr. Sou de Campo Redondo RN, conheço muitas cidades do Seridó, você é de que cidade? Belo trabalho, esse seu.

[marcuscesardiniz]

Um pouco dos Sertões contada na ótica de uma testemunha ocular e passageira desse bondinho da história que passou no interior do Nordeste.

[ttiagotadeu]

Onde encontro esse esses trabalhos? Parabéns!

[amauriflor]

Aonde fica essa casa no início do vídeo?

[KleysonKlesller]

Reconheci algumas cenas gravadas em Parelhas

[fcpmartinho]

argumentos para presernvar não faltam. e viva a Fau!

[jeanesantos]

Chega dói na alma ver esses patrimônio se acabando e sendo saqueados em vez de preservados.

[katiavaleria]

Trabalho lindo!
Pena percebermos que não ha políticas públicas de proteção ao patrimônio. Um.olhar cuidadoso dos gestores locais sobre esse patrimônio e sua preservação. Lamentável!

[amauriflor]

Podes responder: esses casarões são colonial ou barroco.