FAST FOOD, SOLIDÃO, TELEVISÃO

A lua mansa brilha na minha canção
Um trovador cantando a globalização
que tonteia os mais lúcidos espíritos
navegantes de imagens coloridas
e textos brilhantes
Labirinto de ideias
Informação, inversão, televisão

Pintaram de luz o que é escuridão
Tecnologia a serviço da mistificação
Não, não aos fabricantes da ilusão
Quero filosofia, poesia,
que minh'alma está de barriga vazia

Um sol ardente queima na minha canção
num céu de chumbo sem corisco e sem trovão
de uma calma que entorpece tantas almas
outrora inquietas, indomáveis
mas que agora vivem sentadas no sofá
Controle remoto, botão, televisão

Pintaram de luz....

Uma rosa brota na minha canção
num deserto de flores virtuais
que iludem o mais frio dos mortais
Carro novo, mundo novo, velhos homens
com sorrisos planejados e olhos bem abertos
Fast Food, Solidão, Televisão