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Amor, ódio e ignorância, com Jorge Sesarino, psicanalista #aovivo

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O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente.
Lacan chamou de paixões do ser o amor, o ódio e a ignorância.
O amor é próprio da condição humana. O experimentamos na medida em que nos deparamos com nossa a falta a ser. O amor opera seus milagres mas também estabelece seus limites e um deles é impedir que vejamos certas coisas, mantendo um certo saber bem longe da consciência, bem recalcado.
Quanto maior o amor, maior o recalcamento. Há uma relação muito próxima entre o amor, o recalcamento e a formação de sintomas. Lacan diz que o amor, como paixão do eu, visa a ignorância e o desconhecimento. A nossa condição estrutural nos impulsiona, pela via do amor, a buscar num outro aquilo que nos falta, pensando que irá nos completar. Freud, em Pulsões e seus destinos (1915), diz que se uma relação com um dado objeto for rompida, frequentemente, o ódio surgirá em seu lugar, de modo que temos a impressão de uma transformação do amor em ódio.
As paixões derivadas do amor e do ódio são as mais conhecidas, mas a ignorância tem uma íntima relação tanto com o amor quanto com o ódio. O ódio e a ignorância são duas paixões que estão sempre unidas. A paixão da ignorância pode ser tão cruel quando a paixão do ódio, e mais perigosa que o ódio. isso porque a ignorância esconde um prazer obsceno.
A transformação pulsional do ódio é o amor ao saber e é por esse caminho que a psicanálise opera, que é uma cura pelo amor baseada na premissa de que o desejo de saber é do amor desejante e o desejo de não saber é da paixão da ignorância. Para Freud, a psicanálise é um tratamento pela via do amor, amor como base de todo laço humano e fundamento da sociedade humana.
Freud e Lacan nos deixaram um legado teórico-clínico da ordem de um dever ético para com a palavra, que possibilita interpretar os sintomas da nossa época.
Os psicanalistas lacanianos não são indiferentes ao que acontece no mundo, valorizamos o laço e a palavra como únicos recursos para enfrentar a ação destrutiva da pulsão de morte.
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O amor é próprio da condição humana. O experimentamos na medida em que nos deparamos com nossa a falta a ser. O amor opera seus milagres mas também estabelece seus limites e um deles é impedir que vejamos certas coisas, mantendo um certo saber bem longe da consciência, bem recalcado.
Quanto maior o amor, maior o recalcamento. Há uma relação muito próxima entre o amor, o recalcamento e a formação de sintomas. Lacan diz que o amor, como paixão do eu, visa a ignorância e o desconhecimento. A nossa condição estrutural nos impulsiona, pela via do amor, a buscar num outro aquilo que nos falta, pensando que irá nos completar. Freud, em Pulsões e seus destinos (1915), diz que se uma relação com um dado objeto for rompida, frequentemente, o ódio surgirá em seu lugar, de modo que temos a impressão de uma transformação do amor em ódio.
As paixões derivadas do amor e do ódio são as mais conhecidas, mas a ignorância tem uma íntima relação tanto com o amor quanto com o ódio. O ódio e a ignorância são duas paixões que estão sempre unidas. A paixão da ignorância pode ser tão cruel quando a paixão do ódio, e mais perigosa que o ódio. isso porque a ignorância esconde um prazer obsceno.
A transformação pulsional do ódio é o amor ao saber e é por esse caminho que a psicanálise opera, que é uma cura pelo amor baseada na premissa de que o desejo de saber é do amor desejante e o desejo de não saber é da paixão da ignorância. Para Freud, a psicanálise é um tratamento pela via do amor, amor como base de todo laço humano e fundamento da sociedade humana.
Freud e Lacan nos deixaram um legado teórico-clínico da ordem de um dever ético para com a palavra, que possibilita interpretar os sintomas da nossa época.
Os psicanalistas lacanianos não são indiferentes ao que acontece no mundo, valorizamos o laço e a palavra como únicos recursos para enfrentar a ação destrutiva da pulsão de morte.
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