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SHIRO NISHIMURA: LEGADO FAMILIAR E PAIXÃO PELA PECUÁRIA - MF Cast 31
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O 31º episódio do MF Cast contou com a presença de Shiro Nishimura, pecuarista, ex-presidente e ex-membro do Conselho de Administração da Jacto e Presidente da Confraria da Carcaça Nelore. Filho de imigrantes japoneses, Shiro compartilhou sua inspiradora jornada desde uma infância simples até se tornar uma grande referência no agronegócio brasileiro.
Seus pais se conheceram em São Paulo, onde se casaram. Com apenas uma mala, uma caixa de ferramentas e dinheiro suficiente para comprar um único saco de arroz, eles partiram em direção à última estação de trem paulista: Pompéia, no interior do estado.
A infância de Shiro foi marcada por responsabilidades desde muito cedo. Aos 8 anos, ele era encarregado de preparar o café da manhã, o lanche da escola e alimentar as galinhas. Os recursos eram escassos, e, por muito tempo, a família alimentou-se apenas de pão e ovos.
No entanto, Shiro não se acomodou. Aos 14 anos, ele decidiu buscar sua vocação e dedicar-se a descobrir sua paixão. Seu pai, Shunji Nishimura, havia comprado um terreno com terras íngremes, onde mais tarde seria implantada a Jacto. Foi lá que começaram a tirar leite, criar porcos, coelhos e plantar algumas culturas, como amendoim, cebola e morango.
Mesmo sem qualquer experiência anterior com gado ou fazendas, ele decidiu que seu sonho seria tornar-se um pecuarista. Prestou vestibular e ingressou no curso de agronomia na Unesp Jaboticabal, influenciado pela proximidade com a Estação de Zootecnia de Sertãozinho. Lá, teve aulas com pesquisadores da estação, ajudando-o a desenvolver habilidades necessárias para o sucesso em sua área de interesse
Quando se formou, seu irmão, Jiro Nishimura, ocupava a posição de superintendente da Jacto e, na época, aplicava reduções do imposto de renda em um projeto chamado de Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), no estado do Pará. Devido a essas aplicações, surgiu a oportunidade de adquirir o projeto, e foi aí que Shiro embarcou em uma fase de extrema dedicação e desafio em Conceição do Araguaia/PA. Lá, ele assumiu a árdua tarefa de derrubar a mata e construir fazendas.
No entanto, em meados dos anos 1970, as terras de Shiro foram ameaçadas por invasões do Movimento Sem Terra (MST). Apesar de conseguir protegê-las com grande esforço, seu pai, preocupado com sua segurança, insistiu que voltasse para casa. Shiro vendeu as terras a um preço abaixo do valor de mercado e retornou a Pompéia.
Eventualmente, seu pai investiu em outro projeto no Mato Grosso, e em 1981, Shiro mudou-se com sua família para Rondonópolis/MT, onde viveram por quase 10 anos. Foram anos produtivos em termos familiares e de negócios. No entanto, a chegada do confisco de Collor de Mello afetou drasticamente suas finanças, deixando-os com apenas 50 dólares na conta.
Com a quantia disponível, Shiro partiu em direção à Pompéia, deparando-se com uma situação ainda mais complicada. Com apenas 50 dólares disponíveis, seu pai enfrentava a desafiadora tarefa de pagar os salários de mais de 1.300 funcionários da Jacto.
Diante dessa situação e visando evitar a falência do pai, Shiro tomou a difícil decisão de vender sua propriedade no Mato Groso, que, na época, abrigava cerca de 13.000 cabeças de gado. A escolha permitiu que a empresa se recuperasse gradualmente, reduzindo despesas fixas e enxugando o quadro de funcionários. Em contrapartida, Shiro viu seu sonho na pecuária virar pó diante de seus olhos.
Durante a entrevista, Shiro compartilha detalhes sobre os obstáculos superados para a recuperação da Jacto, a importância da família e dos princípios e valores transmitidos desde a infância na tomada de importantes decisões. Com sabedoria, ele oferece valiosas perspectivas de uma jornada emocionante.
Além disso, o pecuarista também nos fala sobre o projeto Confraria da Carcaça Nelore, idealizado por ele, sobre o uso da ultrassonografia de carcaça para aprimorar a qualidade da carne e os objetivos de seu pai com a Fundação Shuji Nishimura.
Assista ao episódio na íntegra e obtenha uma visão profunda e inspiradora da vida e carreira de Shiro Nishimura, destacando sua resiliência, dedicação e paixão pela pecuária.
Host: Roberto Fabrizzi Lucas @robertoflucas e Walter Celani @waltercelanijunior
Convidado: Shiro Nishimura @confrariadacarcacanelore
Seus pais se conheceram em São Paulo, onde se casaram. Com apenas uma mala, uma caixa de ferramentas e dinheiro suficiente para comprar um único saco de arroz, eles partiram em direção à última estação de trem paulista: Pompéia, no interior do estado.
A infância de Shiro foi marcada por responsabilidades desde muito cedo. Aos 8 anos, ele era encarregado de preparar o café da manhã, o lanche da escola e alimentar as galinhas. Os recursos eram escassos, e, por muito tempo, a família alimentou-se apenas de pão e ovos.
No entanto, Shiro não se acomodou. Aos 14 anos, ele decidiu buscar sua vocação e dedicar-se a descobrir sua paixão. Seu pai, Shunji Nishimura, havia comprado um terreno com terras íngremes, onde mais tarde seria implantada a Jacto. Foi lá que começaram a tirar leite, criar porcos, coelhos e plantar algumas culturas, como amendoim, cebola e morango.
Mesmo sem qualquer experiência anterior com gado ou fazendas, ele decidiu que seu sonho seria tornar-se um pecuarista. Prestou vestibular e ingressou no curso de agronomia na Unesp Jaboticabal, influenciado pela proximidade com a Estação de Zootecnia de Sertãozinho. Lá, teve aulas com pesquisadores da estação, ajudando-o a desenvolver habilidades necessárias para o sucesso em sua área de interesse
Quando se formou, seu irmão, Jiro Nishimura, ocupava a posição de superintendente da Jacto e, na época, aplicava reduções do imposto de renda em um projeto chamado de Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), no estado do Pará. Devido a essas aplicações, surgiu a oportunidade de adquirir o projeto, e foi aí que Shiro embarcou em uma fase de extrema dedicação e desafio em Conceição do Araguaia/PA. Lá, ele assumiu a árdua tarefa de derrubar a mata e construir fazendas.
No entanto, em meados dos anos 1970, as terras de Shiro foram ameaçadas por invasões do Movimento Sem Terra (MST). Apesar de conseguir protegê-las com grande esforço, seu pai, preocupado com sua segurança, insistiu que voltasse para casa. Shiro vendeu as terras a um preço abaixo do valor de mercado e retornou a Pompéia.
Eventualmente, seu pai investiu em outro projeto no Mato Grosso, e em 1981, Shiro mudou-se com sua família para Rondonópolis/MT, onde viveram por quase 10 anos. Foram anos produtivos em termos familiares e de negócios. No entanto, a chegada do confisco de Collor de Mello afetou drasticamente suas finanças, deixando-os com apenas 50 dólares na conta.
Com a quantia disponível, Shiro partiu em direção à Pompéia, deparando-se com uma situação ainda mais complicada. Com apenas 50 dólares disponíveis, seu pai enfrentava a desafiadora tarefa de pagar os salários de mais de 1.300 funcionários da Jacto.
Diante dessa situação e visando evitar a falência do pai, Shiro tomou a difícil decisão de vender sua propriedade no Mato Groso, que, na época, abrigava cerca de 13.000 cabeças de gado. A escolha permitiu que a empresa se recuperasse gradualmente, reduzindo despesas fixas e enxugando o quadro de funcionários. Em contrapartida, Shiro viu seu sonho na pecuária virar pó diante de seus olhos.
Durante a entrevista, Shiro compartilha detalhes sobre os obstáculos superados para a recuperação da Jacto, a importância da família e dos princípios e valores transmitidos desde a infância na tomada de importantes decisões. Com sabedoria, ele oferece valiosas perspectivas de uma jornada emocionante.
Além disso, o pecuarista também nos fala sobre o projeto Confraria da Carcaça Nelore, idealizado por ele, sobre o uso da ultrassonografia de carcaça para aprimorar a qualidade da carne e os objetivos de seu pai com a Fundação Shuji Nishimura.
Assista ao episódio na íntegra e obtenha uma visão profunda e inspiradora da vida e carreira de Shiro Nishimura, destacando sua resiliência, dedicação e paixão pela pecuária.
Host: Roberto Fabrizzi Lucas @robertoflucas e Walter Celani @waltercelanijunior
Convidado: Shiro Nishimura @confrariadacarcacanelore
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