História do Direito ao Voto Feminino

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Sabemos que hoje o voto das mulheres pode definir o resultado das eleições, mas nem sempre foi assim. Você sabia que há um tempo atrás as mulheres não podiam votar nem participar da vida pública. O direito ao voto feminino é uma conquista recente, com pouco mais de 80 anos.

Vamos conhecer um pouco dessa história?

Hoje a Constituição Federal prevê no art. 14 o direito e a obrigatoriedade de voto a todos os maiores de 18 anos. Por outro lado, o voto é facultativo aos maiores de 16 e menores de 18 anos, aos maiores de 70 anos e aos analfabetos.

Hoje temos o sufrágio universal entre um rol extenso de Direitos Humanos Fundamentais, todavia nem sempre foi assim. Em um passado não muito distante as mulheres não podiam votar, aliás nem mesmo todos os homens podiam votar. Apenas aqueles homens que fossem ricos podiam votar.

Após intentas lutas femininas, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado brasileiro a conceder o voto à mulher. O ano era 1927, e naquele estado foi registrada a primeira eleitora, Celina Guimarães Viana, que requereu o alistamento baseada no texto constitucional do estado que previa o direito ao voto sem fazer diferenças em relação ao sexo.

Contudo, na primeira eleição em que as mulheres votaram, seus votos foram anulados por decisão do Senado Federal, em 1928, sob o argumento de que era necessária a edição de uma lei especial para tratar do tema.

Assim, o grande marco na história do voto feminino no Brasil, foi o dia 24 de fevereiro de 1932. Data em que o código eleitoral Provisório (Decreto 21.076) assegurou ou voto feminino após intensa campanha nacional por esse direito.

Tal conquista foi fruto de uma longa luta, e ainda assim, foi uma conquista parcial pela seguintes razões: as mulheres casadas poderiam votar, entretanto, com autorização dos maridos. As viúvas e solteiras poderiam votar se tivessem renda própria.

Em 1934, as restrições ao voto feminino foram retiradas do Código Eleitoral, mesmo que a obrigatoriedade do voto fosse um dever masculino.

Em 1946, a obrigatoriedade do voto foi estendida às mulheres.

Enfim, a busca pelo direito ao voto feminino foi árdua e levou décadas para se concretizar. Essa restrição também é reflexo de uma sociedade machista que ainda hoje vivenciamos.

Assim, o direito de votar foi uma grande conquista, pois através dele podemos exercer nossa cidadania e participar ativamente das decisões políticas. Ao votar, damos voz a quem nos representa. O voto é um direito humano fundamental e permite que uma sociedade plural, desigual, possa conviver pacificamente.

As pessoas possuem realidades e necessidades diferentes. Por isso, é possível que o candidato que me representa pode não ser o mesmo que te representa. Porque existem diferenças entre nós.

Mas que possamos manter aquilo que nos une mais forte do que as nossas diferenças!

Grande beijo no coração de todos e fiquem com Deus!
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ProfessoraCarenMachado
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Existem 3 homens de suma importância para o voto feminino no Br:

1) Cesar Gama (primeiro que idealizou a luta pelo voto feminino no Brasil)
2) Eliseu de Oliveira Viana (Marido da Cecília Guimarães, primeira mulher a votar - Ele que fez toda a luta para que ela votasse, ela mesmo afirmou isto)
3) Getúlio Vargas ( no decreto n° 21076 - 24 de Fevereiro, 1832 -
Proporcionou o ajustamento do voto feminino)

caredonascimento
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Obrigada! Me ajudou num trabalho de escola sobre o voto feminino!

OMundodaSophiaValverde
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Olá professora bom dia, meu nome é Kelly e estou fazendo meu PCC para faculdade abordando o assunto feminismo.
E quando vi seu vídeo no YouTube fui assisti. Na minha pesquisa tenho descoberto várias coisas, uma delas que o voto não foi uma conquista das feministas, elas se apropriaram dessa conquista e foi algo que me deixou mais curiosa ainda pq por muito tempo acreditei piamente. Professora foi um prazer, e estou em busca de aprender e não descarto nada, nada mesmo que possa trazer a luz o saber de forma a esclarecer fatos históricos. Se a senhora tiver um e-mail que possa passa para conversamos melhor, adoraria troca informações com a senhora pois será um prazer. Desde já agradeço imensamente.

kellyviana
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Se as mulheres nao se alistam.. Nao colocam a vida em risco na linha de frente de combates, pq ela tem direito de decidir quem os governará?

abc-ulxg
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Boa história ... Como o vídeo é curto faltou um pouco de conteúdo ... Mas a mensagem final foi muito boa. Parabéns

selmoamaral
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As mulheres tem que agradecer a um homem chamado Cesar zama, ele que fez a lei em 1932 no governo de Getúlio Vargas.

casanatura
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Pietro bertolazzi tem um vídeo dizendo o porque o voto não foi conquista feminina. Oque vc acha sobre os argumentos do vídeo dela? São verídicos?

guiktm
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E por isso a sociedade virou uma desgraça

GILIARDFERREIRA
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Vc nn sabe o quanto me ajudou muito obrigada!

nazarejorge
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Tá vendo como ela falou a verdade.Em nenhum momento ela disse q foi um conquista feminista. Nem foi citado que mulheres feminista lutaram pelo direito ao voto das mulheres. Inclusive o direito ao voto, foi concedido as mulheres por um homem

valdemilson
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JOSE RAIMUNDO LOPES DA COSTA
A 1ª mulher a ser eleita no país foi Raymunda de Vasconcellos Dias, conhecida como Dadade, quando concorreu e venceu uma vaga a Câmara Municipal de Itacoatiara(AM), em 02.09.1935. Foi presidente da casa e chegou a ser prefeita municipal, fazendo um gabinete totalmente feminino quando, neste período, política era considerada tabu para o mundo feminino. E-book Câmara Municipal de Itacoatiara(Sinopse Histórica, p.92), blog Itacoatiara, História & Cantigas.

joseraimundolopesdacosta
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Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).

24 de Fevereiro de 1932 - "Dia da Conquista do Voto Feminino".

O dia 24 de fevereiro foi um marco na história da mulher brasileira.
No código eleitoral Provisório (Decreto 21076), de "24 de fevereiro de 1932", durante o governo de "Getúlio Vargas", o voto feminino no Brasil foi assegurado, após intensa campanha nacional pelo direito das mulheres ao voto.

As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o "direito de votar" e (serem eleitas para cargos no executivo e legislativo).

Fruto de uma longa luta, iniciada antes mesmo da Proclamação da República, foi ainda aprovado "parcialmente" por permitir somente às "mulheres casadas", (com autorização dos maridos), e às "viúvas e solteiras" que (tivessem renda própria), o exercício de um direito básico para o pleno exercício da cidadania.

Em 1934, as restrições ao voto feminino foram eliminadas do Código Eleitoral, embora a obrigatoriedade do voto fosse um dever masculino. Em 1946, a obrigatoriedade do voto foi estendida às mulheres.

A primeira mulher a ter o direito de votar no Brasil foi "Celina Guimarães Viana". E isso bem antes do Código Eleitoral de 1932.

Aos 29 anos, Celina pediu em um cartório da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para ingressar na lista dos eleitores daquela cidade.

Junto com outras seguidoras, Celina votou nas eleições de 05 de abril de 1928. Formada pela Escola Normal de Natal, Celina aproveitou a (Lei n◦ 660, de outubro de 1927), que estabelecida as regras para o eleitorado solicitar seu alistamento e participação.

Em todo o país, o estado potiguar foi o primeiro a regulamentar seu sistema eleitoral, acrescentando um artigo que definia o sufrágio sem "distinção de sexo".

O caso ficou famoso mundialmente, mas a Comissão de Poderes do Senado, não aceitou o voto. No entanto... a iniciativa da professora "marcou a inserção da mulher na política eleitoral".

Cinco anos antes de aprovado o Código Eleitoral Brasileiro, que estendia as mulheres o direito ao voto, no sertão do Rio Grande do Norte, já ocorrera à eleição de uma prefeita...

A fazendeira "Alzira Soriano de Souza", em 1928, se elegeu na pequena cidade de Lajes, cidade pioneira no direito ao voto feminino.

Mas ela não exerceu o mandato, pois a Comissão de Poderes do Senado impediu que Alzira tomasse posse e anulou os votos de todas as mulheres da cidade isto porque a participação de mulheres na eleição fora autorizada excepcionalmente graças a uma intervenção do candidato a presidente da província, "Juvenal Lamartine".

Nas eleições de 1933, a médica, escritora e pedagoga "Carlota Pereira de Queirós" foi eleita, tornando-se a primeira mulher deputada federal brasileira.

Ela participou dos trabalhos na Assembléia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935. Médica formada pela Universidade de São Paulo em 1926, com a tese "Estudos sobre o Câncer" a (Doutora Carlota) organizou um grupo de 700 mulheres e junto com a Cruz Vermelha deu assistência a centenas de feridos que chegavam das frentes de batalha.

Em 1950, fundou a "Academia Brasileira de Mulheres Médicas".

(Arizoli Carvalho - Rio, 24 de Fevereiro de 2020).

Arizoli
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Mas goi através de lei? Como foi? Ouvi fizer que várias mulheres eram contra porque teriam que ir pará a guerra também, e eles não queriam

guiktm
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Poxa nao tinha conciência disso, sem nossas mulheres nao teria esse brasil maravilhoso...

welitonsilva
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Ou seja nada a ver com o movimento feminista

joseaugustosionista
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Observei que quem recebe o coraçãozinho no comentário é quem não fala dos homens que lutaram pelo direito das mulheres. Não podemos invisibilizar esses lutados que começam tudo. Essa parte da história é sendo "escondido". Será que isso é o correto?

ceciliasilva
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amei
eu nunca entendi a parte do direito ao voto e o militarismo faz um vídeo sobre!!!💖💖💖

cerejahammthdoor
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No caso, foram homens que lutaram na câmara para permitir que as mulheres votassem!?!

franklinlima
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Obrigada, me ajudou muito no meu seminário ♥️

myllrelle