Friedrich Nietzsche | História da Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 25

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Friedrich Nietzsche| Filosofia Moderna | História da Filosofia

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Комментарии
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Explicar o Nietzsche não é fácil, não é para qualquer um. Mas, você conseguiu ser muito didático a ponto de qualquer um (mesmo não tendo formação filosófica) com atenção compreender a sua aula. Meu respeito e parabéns a você!

paulosouza
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Enquanto os poetas turvam as águas para parecerem profundas, você conseguiu acalmá-las a ponto de deixá-las límpidas e cristalinas, onde até um míope como eu consegui enxergar coisas até então ignoradas, retornarei eternamente a este vídeo, obrigado.

fabiocandelorio
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O que é isso, cara, que aula é essa? Simplesmente estou sem palavras de tão incrível. Nunca vi uma explicação tão completa e clara sobre Nietzsche

allangunther
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Estou assistindo essa aula em 2024. Que bom que Deus está morto, que bom que há pessoas que acreditam na vida do "aqui agora".
Excelente aula.
Farei um eterno retorno a este vídeo.
Afinal, foi um momento que realmente fez a vida se expandir.
Pensar é bom, viver melhor ainda!

cassianorezzaghi
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Sou do Rio, tenho graduação em filosofia.
Sempre relembro o meu aprendizado acadêmico com essas suas aulas, Vitor. Eterno retorno.
Essa sobre o Nietzsche já vi e revi n vezes. A cada vez que volto noto alguma virtude nova no seu modo de apresentá-la.
Me chamou a atenção hoje, fiquei observando o extremo cuidado que vc tem em não cometer erros de português. E torcendo! Torço pelo seu sucesso, no geral. Você é como um amigo que a gente tem no YouTube.
Por fim, quero falar sobre os conceitos. Todos definidos com correção, muito bem explicados. Corretíssimos.
Parabéns!

AntônioGomes-md
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Parabéns! Aula muito esclarecedora. Eu tive um professor na graduação de Filosofia que disse numa aula que Nietzsche "leu mal " todos os filósofos. Muitos professores o olham com tanto preconceito e desprezo que desestimulam os alunos de buscarem conhecer mais profundamente o autor. Hoje consegui vê-lo com outros olhos. Gostei muito do Nietzsche do INEF.

cipauixi
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Sou um biologista e nunca vi uma ponte tão poderosa e sólida entre a filosofia e a biologia - É NIETZSCH ☀️

gustavobraune
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1:12:38 - Fraco e Forte
1:41:00 - Eterno retorno e Amor Fati

forsetidafrisia
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Incrível, simplesmente demais a sua aula Vitor. Seus conceitos apresentados sobre Nietzsche, descortinam uma visão turva que muitos tem sobre ele. Confesso que agora entendendo melhor os pensamentos de Nietzsche, me ajuda muito a viver encarando os fatos e tentando ser feliz aqui e agora, e naquilo que a vida me apresenta como real, e não mais em um mundo ilusório, mentiroso baseado em uma falsa moral cristã. Não sou cristão, mas amo a vida e a natureza com todo respeito que ela merece, portanto, Dionísio tem que existir para que possamos ter a pulsão de vida. Sou estudante de letras.

wellingtonbasiliodasilva
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Victor falo do RS assisti hoje sábado, por força do meu trabalho não consigo assistir ao vivo. Este aula do Nietzsche foi sem sombra de dúvida à mais elucidativa. Quando falavas do eterno retorno, pensei vou assistir está aula de novo e de novo e quem sabe novamente.

mellcastro
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Esta aula sobre Nietzsche, com toda a sinceridade, traz na minha opinião, um exercício hercúleo de concisão. Nietzsche, exatamente por ser um irracionalista que pouco justificava suas proposições de maneira metódica, atirando para todos os lados, mesclando epistemologia e ética sem qualquer critério aparente, é especialmente difícil de ser explicado. E sua aula, certamente chegou muito perto de realizar o impossível, que é explicar Nietzsche, quase como se ele fizesse sentido, trazendo suas idiossincrasias para mais perto da filosofia moderna, como normalmente compreendida. Neste sentido, devo lhe dar os parabéns.




Nietzsche é uma das melhores portas de entrada para a filosofia. Sua linguagem poética e misteriosa nos encanta logo no prefácio de seus livros. Suas obras são como superproduções cinematográficas. Quando nos deparamos com “Grande astro! Que seria da tua felicidade se te faltassem aqueles a quem iluminas?” somos imediatamente capturados e estamos perdidos para sempre nos braços da filosofia. Percebemos que temos diante de nós uma obra impressionante e criamos a expectativa que vamos gozar de momentos importantes ao longo da leitura do livro. Este é Nietzsche, mais poeta que qualquer outra coisa. A frase acima citada foi o meu primeiro contato com a filosofia quando tinha 17 anos, e atribuo a Nietzsche o meu amor pela filosofia.





Não cabe refutar Nietzsche, na medida em que ele já foi refutado pelo tempo, pela contemporaneidade que tenta, sem muito sucesso, sufocar a modernidade. Mas não podemos permanecer na simplificação extrema de que Nietzsche seria um filósofo como outro qualquer. A grande inovação de Nietzsche não foi um ponto de vista, uma tese, ou uma abordagem, mas o seu jogo de linguagem (Wittgenstein). A filosofia anterior a ele podia reconhecer a predominância da irracionalidade no ser humano (Hume fez isso), mas aqueles que tentaram falar sobre a irracionalidade, não a abraçaram. Nietzsche era irracional. Nietzsche tinha insights e os expressava desavergonhadamente sem qualquer intenção de justificar-se de maneira racional. É quase certo que suas proposições irracionais não encontrariam eco nem no intelecto, nem na realidade sensível (não há e nem haverá Übermensch e a moral senhor/escravo não existia de fato na antiguidade). Ele afirma tais coisas porque sente que há algo de útil, belo e forte nestas palavras, sem se importar com seu conteúdo de verdade (ele não acreditava que existisse algo que pudesse ser chamado de verdade). Seu jogo de linguagem é único. Ele joga sozinho e não espera sinceramente ser refutado, pois não há espaço pra mais ninguém nesse jogo.





Mas o problema surge quando as palavras estão no ar (ou nos livros). Uma vez que tenha dito algo, nem Nietzsche, nem ninguém consegue ser o dono de suas palavras, depois que elas já foram lidas. Aí resta ao leitor, a interpretação, ao político, resta o uso estratégico das palavras jogadas em livros, ao acadêmico, resta a classificação e catalogação. E todas essas coisas acontecem noutros jogos. Não necessariamente naquele conjunto de regras que o autor estabeleceu. Uma vantagem da escrita que tenta seguir os complexos passos da racionalidade é a possibilidade de encontrar leitores que saibam jogar este mesmo jogo. No caso da irracionalidade, as regras são pessoais e intransferíveis. Neste sentido, duvido que alguém tenha algum dia interpretado Nietzsche corretamente, pois nele não existe o conceito de correto e incorreto. Só de força, vontade, prazer, vida, e fraqueza, submissão, niilismo. Não há certo e errado em Nietzsche, sobretudo porque Nietzsche não apenas defendeu o direito humano a irracionalidade, ele fez isso sendo ele mesmo irracional.






O problema continua quando percebemos que Nietzsche cativa. Não podemos compreendê-lo corretamente, mas podemos nos apaixonar por suas palavras. Ao abrir um livro de Nietzsche, o lemos como se lêssemos um adorável romance de aventura, como se lêssemos o Senhor dos Anéis. Não importa a busca da verdade, mas a sensação que nos vicia. Isso é um problema, porque muitos fazem isso, muitos conhecem Nietsche e ninguém, de fato, o interpreta corretamente (isso é impossível). Isso é um problema, porque suas palavras podem ser tiradas de dentro do seu próprio jogo e lançadas noutro conjunto de regras. Freud fez isso, aceitando a tese de que o homem tem uma alma irracional (um Id), mas dando a isso uma pseudo roupagem racional. E sim, os nazistas fizeram isso também. Usaram-no com a mesma ânsia com que qualquer outra pessoa ou grupo pode fazê-lo. Insights irracionais sempre podem ser tirados de contexto e aproveitados noutros jogos.




A citação de Além do Bem e do Mal, que você apresentou em 1:17:51 poderia estar tranquilamente escrita acima da porta de entrada do escritório de algum oficial da SS nazista. Uma corporação de iguais, superiores (por algum motivo) deve violar e sujeitar aquilo que é estranho e fraco (fraco por algum motivo). Muitos defendem Nietzsche de ser um nazista e realmente seria precipitado considerá-lo assim, afinal ele não era nacionalista e nem antissemita, mas é tolice reduzir o nazismo a apenas estas características. Muitas coisas presentes no nazismo podem apropriar-se da noção de “moral do senhor” e, de fato eles fizeram isso. Fracos não eram apenas os judeus e outros grupos que eles definiam como raças, mas também os próprios alemães que não se enquadrassem nessa aristocracia que eles consideravam superior. Neste sentido, eles também exterminaram grupos de alemães (não apenas por motivos raciais). Foram homossexuais, comunistas, doentes, deficientes, e qualquer um que não fizesse parte do grupo que eles chamavam de aristocrático (ariano perfeito).






É anacrônico dizer que alguém morto em 1900 tenha sido nazista, mas a irracionalidade tem essa estranha propriedade de jogar um jogo de linguagem único, que só faz sentido quando usada pelo próprio autor. Sua interpretação não cabe fora dele mesmo. O problema, o maior problema é que sempre haverá quem tente entender coisas como o Übermensch e a moral senhor/escravo fora do universo Nietzscheano. Mesmo hoje, pode ainda haver pessoas que acreditem que nosso mundo poderia ser melhor se os fortes violassem e sujeitassem os fracos. Não. Não seria. Isto só faz um sentido emocional na obra de Nietzsche, como um chamamento a responsabilidade do indivíduo em cuidar de si mesmo. E mesmo assim, esta individualidade exclui o cidadão da polis, transformando-o naquilo que os gregos antigos chamavam de idiota. Sim, o termo idiota (Idiotes) era usado entre os gregos da antiguidade para referir-se ao individuo que pretendia ser autônomo e que descuidasse dos negócios e problemas da polis.

OsorioThomaz
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Show de aula como sempre! Quem não era apaixonado pelo Nietzsche, agora tem razão de sê-lo!

eleison
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Fiz minha árvore genealógica e sou descendente dele 😍😍😍😍😍♥️♥️♥️
Meu avô veio da Alemanha na época da primeira guerra mundial .

annyandressafs
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Obrigado! Ótima aula! Preciso rever e assentar as informações. Ele quebra bastante o "padrão" dos anteriores .

leonardomeriguetti
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Através da minha curiosidade e vontade de vir a conhecer/aprender mais sobre filosofia, pensadores e história e comportamento humano chegeui até você hoje. Obrigado pelas aulas, estão me ajudando no meu propósito!

mario_lages
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Com esta aula me senti mais tributário da cultura original (primordial) helenística (Como não ser?!). Me percebi apolíneo e dionisíaco; santo e pecador (alusão à Igreja Católica feita pelo inovador Papa João Paulo II). E foi essa postura ousada, simplesmente humana, "demasiadamente humana" que fez com que valores florescessem ao meu redor. Me sinto realizado por isso. E sou grato por este evento em que o INÉF cumpre mais uma etapa de excelência.

augustolima
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Meu DEUS eu nunca poderia ter partido dessa vida sem ser uma aluna desse canal vou morar aqui 🙌💕❤️🙏 encontrei-me. 🙌💕💞💕🌸

valledosossegovidaverde
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Um entretenimento sério e frutífero. Fazendo um paralelo com a didática de Clóvis de Barros, pude entender Nietzsche como nunca tinha conseguido antes.

jorgepereirajunior
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Muito obrigado por mais essa aula! Abraços.

Pieroleite
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ok, essa foi uma das aulas mais sensacionais e esclarecedoras que ja vi na minha vida

vitor