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CULTNE - José Reinaldo - Renascença 60 anos
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O Cultne registrou o depoimento do jornalista José Reinaldo, associado do Renascença Clube que completa 60 anos de resistência e atuação socio-cultural dentro da comunidade negra.
Palco das transformações sociais da comunidade negra, o Renascença Clube foi fundado por negros de diversas camadas sociais e profissionais, como advogados e engenheiros, aposentados e donas de casa que resolveram dar um basta na discriminação que sofriam ao tentarem viver socialmente em ambientes onde negros não eram bem recebidos.
Estamos falando do início dos anos 50, quando um grupo de negros foram impedidos de ingressar em uma festa de um famoso clube carioca, onde a freqüência era exclusivamente de associados brancos da classe média do Rio de Janeiro. Tal fato motivou a criação do Renascença Clube por parte deste grupo composto por 3 negros e suas respectivas esposas em 17 de fevereiro de 1951 no bairro do Méier, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo era fundar um clube próprio onde eles e seus semelhantes pudessem transitar livremente.
Nos seus 60 anos de existência, o Rena, como é conhecido publicamente, do ponto de vista cultural, sempre se caracterizou como uma agremiação de vanguarda, tendo revelado inúmeras personalidades artísticas afrobrasileiras, entre outros campos de atuação. Em sua fase inicial, o clube concentrou-se em torno de atividades voltadas para os associados e suas famílias. No final da década de 50 e início dos anos 60, o clube transferiu-se para o bairro do Andaraí, também zona norte da cidade. Na nova sede, onde se encontra até os dias atuais, o Renascença alcançaria projeção nacional e internacional com a participação de suas representantes nos concursos de beleza, a força nas realizações culturais como o teatro ao ar livre no ínicio da década de 70 com a peça Orfeu Negro as famosas Rodas de Samba sob o comando de artistas consagrados as domingueiras jovens com as Noites do Shaft os grandes bailes do Sarong, Azul e Branco, Havaí, entre outros shows inesquecíveis com a saudosa Elizeth Cardoso, Caubi Peixoto, Roberto Ribeiro, João Nogueira, e muito mais. O Renascença foi destaque também no esporte na década de 80 nás áreas do Atletismo em parceria com o atleta olímpico Robson Caetano criou o projeto Vamos Tirar as Crianças da Rua, Correndo, e no futebol de salão onde revelou grandes atletas. Recentemente, o clube é destaque pelas suas rodas de samba, em especial o Samba do Trabalhador, tendo a frente cantor e compositor Moacyr Luz.
Dois grandes eventos marcaram as comemorações dos 60 anos do Renascença Clube com a presença de personalidades, artistas e militantes do movimento negro do Rio de Janeiro. Cerca de 500 pessoas se reuniram na última quinta-feira, dia 17 de fevereiro de 2011 na sede do clube em confraternização ao aniversário do clube e o ensaio do Bloco Sorri Pra Mim que homenagea neste carnaval o saudoso músico Ovídio Britto, falecido recentemente em acidente de trânsito. Antes da roda de samba que contou com a presença de convidadas ilustres como Dorina, Ana Costa, Mart'nália, Vó Maria, Tia Maria do Jongo da Serrinha e Tia Neném da Velha Guarda da Portela, as Baianas Étnica Tradicional de Madureira (Ilê Otun Oiá) fizeram a lavagem simbólica da sede do clube, sob o comando da ekédè Maria Moura. Na sexta-feira, dia 18/02/11 aconteceu a solenidade que reuniu vários associados e convidados. Um culto ecumênico marcou o início da solenidade com as presenças do Frei Jorge Monteiro Bello (Frei Tatá) da Paróquia São João Batista de São João de Meriti Mãe Olidia Torody D'ogun Lyra (Ialorixá Torody) da Casa Ilê Axé Ala Koro Wo Pastor João Carlos Araujo da Igreja Batista do Recreio Zilmar Duarte, Zeladora da Casa de Caridade Pai Benedito Dá Angola Nilton de Souza, Ministro da Igreja Messiânica Mundial. Marcou presença no evento a Professora e Escritora Sonia Giacomini, que escreveu o seu livro ALMA DA FESTA Família, Etnicidade e Projetos num clube social da zona norte do Rio de Janeiro o Renascença Clube. Após o culto a Cia de Dança Leandro Ferreira apresentou a coreografia Tributo ao Rio de Janeiro. O projeto CULTNE o maior acervo digital de cultura negra apresentou um vídeo sobre a história gloriosa do Renascença nos últimos anos. Logo após a projeção foi servido um coquetel oferecido pela diretoria do clube que tem a frente o seu presidente, Jorge Evangelista.
Palco das transformações sociais da comunidade negra, o Renascença Clube foi fundado por negros de diversas camadas sociais e profissionais, como advogados e engenheiros, aposentados e donas de casa que resolveram dar um basta na discriminação que sofriam ao tentarem viver socialmente em ambientes onde negros não eram bem recebidos.
Estamos falando do início dos anos 50, quando um grupo de negros foram impedidos de ingressar em uma festa de um famoso clube carioca, onde a freqüência era exclusivamente de associados brancos da classe média do Rio de Janeiro. Tal fato motivou a criação do Renascença Clube por parte deste grupo composto por 3 negros e suas respectivas esposas em 17 de fevereiro de 1951 no bairro do Méier, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo era fundar um clube próprio onde eles e seus semelhantes pudessem transitar livremente.
Nos seus 60 anos de existência, o Rena, como é conhecido publicamente, do ponto de vista cultural, sempre se caracterizou como uma agremiação de vanguarda, tendo revelado inúmeras personalidades artísticas afrobrasileiras, entre outros campos de atuação. Em sua fase inicial, o clube concentrou-se em torno de atividades voltadas para os associados e suas famílias. No final da década de 50 e início dos anos 60, o clube transferiu-se para o bairro do Andaraí, também zona norte da cidade. Na nova sede, onde se encontra até os dias atuais, o Renascença alcançaria projeção nacional e internacional com a participação de suas representantes nos concursos de beleza, a força nas realizações culturais como o teatro ao ar livre no ínicio da década de 70 com a peça Orfeu Negro as famosas Rodas de Samba sob o comando de artistas consagrados as domingueiras jovens com as Noites do Shaft os grandes bailes do Sarong, Azul e Branco, Havaí, entre outros shows inesquecíveis com a saudosa Elizeth Cardoso, Caubi Peixoto, Roberto Ribeiro, João Nogueira, e muito mais. O Renascença foi destaque também no esporte na década de 80 nás áreas do Atletismo em parceria com o atleta olímpico Robson Caetano criou o projeto Vamos Tirar as Crianças da Rua, Correndo, e no futebol de salão onde revelou grandes atletas. Recentemente, o clube é destaque pelas suas rodas de samba, em especial o Samba do Trabalhador, tendo a frente cantor e compositor Moacyr Luz.
Dois grandes eventos marcaram as comemorações dos 60 anos do Renascença Clube com a presença de personalidades, artistas e militantes do movimento negro do Rio de Janeiro. Cerca de 500 pessoas se reuniram na última quinta-feira, dia 17 de fevereiro de 2011 na sede do clube em confraternização ao aniversário do clube e o ensaio do Bloco Sorri Pra Mim que homenagea neste carnaval o saudoso músico Ovídio Britto, falecido recentemente em acidente de trânsito. Antes da roda de samba que contou com a presença de convidadas ilustres como Dorina, Ana Costa, Mart'nália, Vó Maria, Tia Maria do Jongo da Serrinha e Tia Neném da Velha Guarda da Portela, as Baianas Étnica Tradicional de Madureira (Ilê Otun Oiá) fizeram a lavagem simbólica da sede do clube, sob o comando da ekédè Maria Moura. Na sexta-feira, dia 18/02/11 aconteceu a solenidade que reuniu vários associados e convidados. Um culto ecumênico marcou o início da solenidade com as presenças do Frei Jorge Monteiro Bello (Frei Tatá) da Paróquia São João Batista de São João de Meriti Mãe Olidia Torody D'ogun Lyra (Ialorixá Torody) da Casa Ilê Axé Ala Koro Wo Pastor João Carlos Araujo da Igreja Batista do Recreio Zilmar Duarte, Zeladora da Casa de Caridade Pai Benedito Dá Angola Nilton de Souza, Ministro da Igreja Messiânica Mundial. Marcou presença no evento a Professora e Escritora Sonia Giacomini, que escreveu o seu livro ALMA DA FESTA Família, Etnicidade e Projetos num clube social da zona norte do Rio de Janeiro o Renascença Clube. Após o culto a Cia de Dança Leandro Ferreira apresentou a coreografia Tributo ao Rio de Janeiro. O projeto CULTNE o maior acervo digital de cultura negra apresentou um vídeo sobre a história gloriosa do Renascença nos últimos anos. Logo após a projeção foi servido um coquetel oferecido pela diretoria do clube que tem a frente o seu presidente, Jorge Evangelista.