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DIPIRONA: ASSISTA O VÍDEO ANTES DE USÁ-LA
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DIPIRONA: LEIA ISSO ANTES DE USÁ-LA
A dipirona é um dos medicamentos mais usados no Brasil e um dos analgésicos sintéticos mais antigos que existem, sendo comercializada desde 1921. É comumente utilizada para tratar a dor e a febre. No entanto, essa medicação é proibida em diversos países desenvolvidos como Suécia, Japão, Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. Por isso, vamos analisar aqui quais os benefícios e os riscos de usar essa medicação.
A dipirona é uma excelente medicação para a dor e para a febre e por isso ela é bastante utilizada em nosso país, mesmo em crianças. De acordo com uma pesquisa realizada em 2019, a dipirona é o analgésico mais utilizado em nosso país. Dependendo do tipo de dor que a pessoa tem, a dipirona é muito útil para combater esse sintoma, mas por que o seu uso é proibido em outros países? Por causa de um efeito adverso raro do medicamento, a agranulocitose, que é uma diminuição de algumas das células de defesa do organismo, os leucócitos granulócitos. Os principais sintomas da agranulocitose são febre, calafrios, dor de garganta e feridas na boca (aftas). Esses sintomas podem aparecer durante ou vários dias após o uso da dipirona. As autoridades sanitárias daqueles países decidiram banir a dipirona porque entenderam que os riscos de usar a medicação eram maiores do que os seus benefícios.
Em um estudo que foi publicado em 2019, foi demonstrado que o tempo médio para o início da agranulocitose é de 13 dias, com 34,7% dos casos ocorrendo em até 7 dias. Os casos fatais foram de aproximadamente 16% do total de casos e foram mais comuns em idosos e pessoas que fizeram uso de metotrexato. Os autores concluíram que a doença pode se desenvolver semanas após a última administração da dipirona e o seu desenvolvimento ocorre independentemente da dose e da duração do tratamento. Eles disseram que os pacientes e os prescritores devem estar atentos a isso.
É possível que a agranulocitose seja mais comum em algumas populações, como parece ser entre os suecos. Pode ser que na população brasileira os casos sejam menos comuns, mas o Brasil não tem uma tradição forte no registro dos casos de eventos adversos de medicamentos. Pode ser que aqui os casos sejam mais comuns do que se pensa porque eles não são registrados como deveriam ser.
Além da agranulocitose, a dipirona pode causar pancitopenia (diminuição das células do sangue), reações anafiláticas/anafilactoides, reações hipotensivas transitórias isoladas, piora aguda da função renal, choque anafilático e reações cutâneas graves. Algumas dessas reações são extremamente raras, mas reações leves como coceira e queda da pressão são mais comuns. Pessoas com asma, urticária crônica e intolerância ao álcool, a corantes e a conservantes apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas graves.
A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico e pode reduzir as concentrações da bupropiona e da ciclosporina no sangue. Além disso, pode aumentar a toxicidade do metotrexato. Caso você use alguma dessas medicações, avise o seu médico sobre isso.
Entendo que a dipirona e as outras medicações de venda livre devem ser utilizadas com mais cuidado no Brasil. A maioria das pessoas que usam medicações no Brasil não costumam ler as bulas ou só leem uma parte e não sabem o que pode acontecer caso tomem o remédio. A maioria das pessoas não sabem, por exemplo, que uma dor de garganta que aparece depois de usar dipirona pode estar relacionada com essa medicação. Por isso, antes de tomar um remédio, é importante ler a bula ou conversar sobre a medicação com o médico ou com o farmacêutico.
Grande Abraço e uma Excelente Saúde,
Dr. Charles Genehr - CREMERS 26.509 - CREMESP 185.764
Nota: Esses artigos são apenas para sua informação. Nenhum conselho é dado ou pretendido por esses artigos. Você deve consultar seu médico antes de fazer qualquer alteração em sua vida que possa afetar sua saúde.
Referências:
Bula da Dipirona.
Disponível em:
Wikipedia. Metamizole.
Disponível em:
Kötter T, da Costa BR, Fässler M, Blozik E, Linde K, Jüni P, Reichenbach S, Scherer M. Metamizole-associated adverse events: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2015 Apr 13;10(4):e0122918.
Disponível em:
da Silva Dal Pizzol T, Turmina Fontanella A, Cardoso Ferreira MB, Dâmaso Bertoldi A, Boff Borges R, Serrate Mengue S. Analgesic use among the Brazilian population: Results from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM). PLoS One. 2019 Mar 21;14(3):e0214329.
Disponível em:
A dipirona é um dos medicamentos mais usados no Brasil e um dos analgésicos sintéticos mais antigos que existem, sendo comercializada desde 1921. É comumente utilizada para tratar a dor e a febre. No entanto, essa medicação é proibida em diversos países desenvolvidos como Suécia, Japão, Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. Por isso, vamos analisar aqui quais os benefícios e os riscos de usar essa medicação.
A dipirona é uma excelente medicação para a dor e para a febre e por isso ela é bastante utilizada em nosso país, mesmo em crianças. De acordo com uma pesquisa realizada em 2019, a dipirona é o analgésico mais utilizado em nosso país. Dependendo do tipo de dor que a pessoa tem, a dipirona é muito útil para combater esse sintoma, mas por que o seu uso é proibido em outros países? Por causa de um efeito adverso raro do medicamento, a agranulocitose, que é uma diminuição de algumas das células de defesa do organismo, os leucócitos granulócitos. Os principais sintomas da agranulocitose são febre, calafrios, dor de garganta e feridas na boca (aftas). Esses sintomas podem aparecer durante ou vários dias após o uso da dipirona. As autoridades sanitárias daqueles países decidiram banir a dipirona porque entenderam que os riscos de usar a medicação eram maiores do que os seus benefícios.
Em um estudo que foi publicado em 2019, foi demonstrado que o tempo médio para o início da agranulocitose é de 13 dias, com 34,7% dos casos ocorrendo em até 7 dias. Os casos fatais foram de aproximadamente 16% do total de casos e foram mais comuns em idosos e pessoas que fizeram uso de metotrexato. Os autores concluíram que a doença pode se desenvolver semanas após a última administração da dipirona e o seu desenvolvimento ocorre independentemente da dose e da duração do tratamento. Eles disseram que os pacientes e os prescritores devem estar atentos a isso.
É possível que a agranulocitose seja mais comum em algumas populações, como parece ser entre os suecos. Pode ser que na população brasileira os casos sejam menos comuns, mas o Brasil não tem uma tradição forte no registro dos casos de eventos adversos de medicamentos. Pode ser que aqui os casos sejam mais comuns do que se pensa porque eles não são registrados como deveriam ser.
Além da agranulocitose, a dipirona pode causar pancitopenia (diminuição das células do sangue), reações anafiláticas/anafilactoides, reações hipotensivas transitórias isoladas, piora aguda da função renal, choque anafilático e reações cutâneas graves. Algumas dessas reações são extremamente raras, mas reações leves como coceira e queda da pressão são mais comuns. Pessoas com asma, urticária crônica e intolerância ao álcool, a corantes e a conservantes apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas graves.
A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico e pode reduzir as concentrações da bupropiona e da ciclosporina no sangue. Além disso, pode aumentar a toxicidade do metotrexato. Caso você use alguma dessas medicações, avise o seu médico sobre isso.
Entendo que a dipirona e as outras medicações de venda livre devem ser utilizadas com mais cuidado no Brasil. A maioria das pessoas que usam medicações no Brasil não costumam ler as bulas ou só leem uma parte e não sabem o que pode acontecer caso tomem o remédio. A maioria das pessoas não sabem, por exemplo, que uma dor de garganta que aparece depois de usar dipirona pode estar relacionada com essa medicação. Por isso, antes de tomar um remédio, é importante ler a bula ou conversar sobre a medicação com o médico ou com o farmacêutico.
Grande Abraço e uma Excelente Saúde,
Dr. Charles Genehr - CREMERS 26.509 - CREMESP 185.764
Nota: Esses artigos são apenas para sua informação. Nenhum conselho é dado ou pretendido por esses artigos. Você deve consultar seu médico antes de fazer qualquer alteração em sua vida que possa afetar sua saúde.
Referências:
Bula da Dipirona.
Disponível em:
Wikipedia. Metamizole.
Disponível em:
Kötter T, da Costa BR, Fässler M, Blozik E, Linde K, Jüni P, Reichenbach S, Scherer M. Metamizole-associated adverse events: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2015 Apr 13;10(4):e0122918.
Disponível em:
da Silva Dal Pizzol T, Turmina Fontanella A, Cardoso Ferreira MB, Dâmaso Bertoldi A, Boff Borges R, Serrate Mengue S. Analgesic use among the Brazilian population: Results from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM). PLoS One. 2019 Mar 21;14(3):e0214329.
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