'Zona de Interesse': quando o banal é o que aterroriza

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Crítica do filme "Zona de Interesse (The Zone of Interest)", dirigido por Jonathan Glazer com Christian Friedel, Sandra Hüller, Johann Karthaus, Luis Noah Witte, Nele Ahrensmeier, Lilli Falk, Anastazja Drobniak, Cecylia Pekala

Em exibição nos cinemas

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Комментарии
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É incrível como nosso cérebro aprende a ignorar esses estímulos estressores. Quando vim morar em São Paulo capital, e assim que cheguei fiquei extremamente chocada com a quantidade de pessoas em situações de miséria (pessoas comendo comida do lixo, algumas com necrose no pé, mulheres grávidas, crianças pedindo esmola, um homem defecando no meio da calçada). Eu fiquei muito mal quando vi isso, depois de 6 anos morando em sp, não sinto mais esse "estresse empático" sinto que se tornou banal, sou mais fria ao ver essas situações. Sinto que perdi um pouco da minha empatia (até pq a empatia nos estressa, e como mecanismo de defesa, nos adaptamos a ela). Não é sinal de saúde se adaptar a uma sociedade doente.

gabrielecamposdacosta
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"A banalidade da maldade" não podia ser mais atual

davigavilan
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Uma coisa que me aterroriza até agora é os gritos, tiros e o barulho da fornalha que se escuta durante quase todo o filme, como a Isa falou o som foi essencial neste filme

igorfillipe
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Isabela, não sei se consegue ler as mensagens, mas gostaria de compartilhar uma experiência com você. Sou filha de pai alemão e mãe brasileira. Quando eu tinha cerca de vinte anos, meu pai nos levou a Dachau, o primeiro campo de concentração da Alemanha. O que há ali é a reconstrução de partes do campo para se tornar um museu (pq os americanos destruíram o campo na invasão e ele foi reconstruído depois pela memória do horror). Fomos eu, meu pai, minha mãe e avó alemã. Nunca vou me esquecer daquele dia. Eu entrei num choro convulsivo e minha avó apenas me observou num silêncio bizarro. Nunca soube o que se passou ali. Se era conivência, constrangimento, o que foi. Hoje assisti a "Zona de interesse" e aquele gosto horrível voltou para a minha boca. A dimensão asséptica daquela casa, que ao mesmo tempo em que forja um modus vivendi alheio respira o ar, as cinzas, sente a água tóxica e ouve tudo o tempo inteiro acabou comigo.

Adoraria um dia poder sentar contigo e conversar..fui crítica pela Revista Filmes Polvo, não sei se já ouviu falar. Sou doutora em cinema também e sinto falta dessa troca. Adoro seu canal. Um abraço afetuoso e muito axé pra você ❤️

ursularosele
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Chorei muito ao sair do cinema, mas sempre compreendi que é um mal que jamais deve ser esquecido. Amei o filme.

amelinhaguerra
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A cena das faxineiras limpando o museu, como se tivesse acabado um espetaculo, um show, me da a sensação de que ainda é

kitamoto
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A cena em que o irmão mais velho e mais forte prende o irmão no jardim de inverno remete às câmaras de gás. Achei a cena de uma jogada sensacional do diretor.

vemcomigoler
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A Isa parecia realmente emocionada nesse vídeo.

diogocunha
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Entendi que a cena final mostra que aquele horror não passa, não passou. Segue no mundo. Porque o ser humano foi e é capaz de atrocidades sem perdão. Foi assim que me tocou o final de Zona de Interesse.

EvanEthos
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Ela experimentando o casaco de pele...

enysilvavidotti
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Assisti esse filme faz 2 semanas e fiquei como Isabela disse. Mas confesso que estava ansioso pela análise pra poder falar essas palavras chiques pros meus amigos.

brunoiligo
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a sandra hüller facilmente poderia levar uma segunda indicação ao oscar como coadjuvante

keilayoshida
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Saí do cinema totalmente em silêncio, sem saber nem o que dizer. Só sentir. O pior horror que exite: A banalidade do mal.

maubersantos
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Saí da sala angustiado. Me imaginei ouvindo aqueles gritos e não fazer nada. Usaram cinzas humanas como adubo. Meu Deus. Que horror. O mal é banalizado.

glauciogilgoncalves
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a Isabela emocionada o tempo todo no vídeo. Que mulher extraordinária, a melhor crítica que temos.

flaviacristinasilva
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Apesar de achar o filme bem lento, preciso confessar que fiquei aflita do início ao fim por casa dos sons em looping. E o que foi aquele
O clímax quando Höss desce as escadas após a festa a ter náusea… é surreal! Pq até ali eu achava ele extremamente insensível a tudo. Quando ele começa a vomitar incontrolavelmente, mas nada sai fica nítido o simbolismo da cena!
Ela representa não apenas o sofrimento físico de Höss, mas também a repulsa diante da enormidade de seus crimes. Como se a ficha tivesse caído e toda aquela indiferença fosse reduzida a nojo de si!
O desfecho do filme nos levou ao futuro, mostrando os corredores vazios e cheios de dor de Auschwitz transformados em um museu… ali já estava em lágrimas!

vanessaanequino
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Não é diferente do que vivemos nas cidades. Quem não passa por moradores de rua, crianças ou idosos em situação de rua e segue pra suas casas quentinhas? A banalização do mau é diária

sulenemaiadeoliveira
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A cena final é a prova da perpetuação da indiferença. Indiferença seja na época dos fatos e quase 80 anos depois. Os campos de concentração se transformaram numa grande " Disneylandia" onde as pessoas visitam, algumas por mera curiosidade, outras em busca de alguma catarse. Só que se vc quer catarse "não vá aos campos" como diz aquela personagem do filme O Leitor, os campos, tal como estão hoje, não dizem nada: os mortos não podem falar !

AnaPaulaMello-nf
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Este filme é uma obra de arte, digno de sala de cinema e de estar exposto em sala de museu de arte contemporânea. Bravo

joaopereira
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Aquela sequencia final eu ja vi num contraponto da doença que ele estava passando. Quando ele se torna vulnerável e poderia conquistar qq empatia do publico vem a cena pra mostrar no museu o que ele fez, pelo que foi responsável. Qualquer sombra de empatia acaba, porque ele não merece. Esse filme é doloroso, incômodo e uma obra prima.

tekaah