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Os 'fortes indícios' da PF contra Ricardo Salles I AO PONTO
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Antes mesmo da reunião de 22 de abril de 2020, quando o ministro Ricardo Salles disse que era a hora de "passar a boiada", a porteira já estava aberta. Em fevereiro do ano passado, uma decisão do Ibama dava a senha para exportar madeira nobre, da Amazônia, sem que houvesse uma autorização prévia do próprio órgão de fiscalização. Acontece que essa mudança da norma se deu após um encontro entre o presidene do Ibama e representante dos madeireiros, o que chamou a atenção da Polícia Federal e de autoridades americanas, que alertaram à PF sobre o suposto envolvimento de servidores públicos em um esquema de contrabando de madeira para os EUA. A investigação apontou também a atuação do Ibama para legalizar carregamentos exportados antes da alteração da norma. Isso sem contar obstáculos impostos pelo próprio ministério para a fiscalização da extração ilegal na Amazônia. Parte dessa investigação, que prossegue, foi exposta na operação Akuanduba, deflagrada na semana passada e que teve como alvo o ministro Salles e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, afastado pelo período de 90 dias por decisão do ministro Alexandre de Morais, do STF. De acordo com o relatório da investigação, já há elementos para apontar crimes cometidos pelo presidente do Ibama e "fortes indícios" da participação do ministro Ricardo Salles com a atividade ilícita. Um desses elementos foi a identificação de movimentações financeiras atípicas, encontradas pelo Coaf, no escritório de advocacia de Salles, já depois que ele chegou ao primeiro escalão do governo. O ministro nega o recebimento de qualquer vantagem indevida. No Ao Ponto desta quarta-feira, os repórteres Leandro Prazeres e Aguirre Talento explicam de que forma se deu a investigação e detalhem as primeiras conclusões da PF em relação à atuação do ministro.
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