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02. Condado dos Surdos (part. Raony e Keops do Medulla)

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*Faixa 2 do disco "A Rotina do Pombo"
Letra: Thiago Elniño
Voz: Thiago Elniño, Raony e Keops
Beat: Scooby
Piano: Martché
Produção e Masterização: Guga Valiante, Martché, Tolen
Masterização: Jorge Luiz Almeida
Ilustração: Finho
Fotografia: Leonan Claro
Identidade Visual: Guilherme Kozlowski
LETRA:
REFRÃO
na babilônia todo mundo gritava
na babilônia quase ninguém se ouvia
do inferno a gente se aproximava
quando mais um prédio na cidade se erguia
central do Brasil, sete horas da manhã,
vejo, busão, trem e van, sentido vietnã
eu vejo soldados, perdidos na guerra
na busca de causa, tanta gente erra
lutamos pela felicidade de quem? ein?
quantos anos tem que sua rotina é a mesma?
ja Dizia o poeta que, vida é transcende
para mim não existe bandeira maior a se defender
mas nos educaram errado, nos fizeram esquecer
do que a gente é, do que a gente pode ser
eu vi o seu descer em forma de fumaça
entrou no meu pulmão e agora eu sou um anjo com asma
eu, não vou aceitar, eu, não vou aceitar
trampar oito horas por dia pro teu império aumentar
cês querem me matar, cês querem me matar
por que mesmo a globo existindo eu aprendi raciocinar
REFRÃO
na babilônia todo mundo gritava
na babilônia quase ninguém se ouvia
do inferno a gente se aproximava
quando mais um prédio na cidade se erguia
o sistema é uma maquina e nós somos energia
consumidos pela elite vinte e quatro horas por dia
centro periferia, periferia centro
ônibus lotado, vazio de amor por dentro, ó
espero um momento, quero descer
to atrasado, para conhecer
a paz de espirito que só quem é livre pode ter
paz que da força para combater
os inimigos que eu to ligado quem são
eu escolhi a pílula certa das que morpheu tinha na mão
to pique abraão buscando a minha canaã
em meio a um mundo de ilusão tento manter a mente sã
planto signos de um novo amanhã no agora
para que a lei que vigora caia sobre nossos pés
mordo a orelha de stress, meus irmãos gritam jah bless
eu escuto as vozes deles e faço a minha voz valer por dez
REFRÃO
na babilônia todo mundo gritava
na babilônia quase ninguém se ouvia
do inferno a gente se aproximava
quando mais um prédio na cidade se erguia
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