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Dores Após Cirurgias de Correção de Hérnia Inguinal – Dr. André Mansano Tratamento da Dor.
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Neste vídeo, o Dr. André fala sobre as Dores Após Cirurgias de Correção de Hérnia Inguinal, que felizmente não são frequentes, mas também estão longe de serem raras.
Como ocorre a cirurgia de correção de hérnia?
Embora existam várias técnicas, na maioria das vezes realizamos uma incisão na região onde a hérnia ocorreu e fixamos uma "tela" para sustentá-la. Ela pode ser fixada com pontos ou com algum outro dispositivo médico.
Porém, nesta região existem dois nervos importantes: o Nervo Ilioinguinal e o Nervo Iliohipogástrico.
Ocasionalmente, os pontos dados podem pressionar o Nervo Ilioinguinal, ou a própria tela em si pode provocar essa compressão. Em casos mais raros, o próprio cirurgião pode cortar o nervo sem querer, ou então a manipulação dos tecidos pode provocar a formação de uma fibrose nessa região.
Fibroses são cicatrizes que ocorrem na região manipulada pela cirurgia e, dependendo da proximidade com o nervo, podem comprimi-lo ou dificultar a irrigação sanguínea no local, o que pode causar bastante dor.
Esses nervos são responsáveis pela sensibilidade da pele e dos músculos da região, da parte interna da coxa e da região do escroto nos homens e dos grandes lábios nas mulheres. Então, o acometimento desses nervos podem provocar dores nessas regiões, frequentemente do tipo queimação, e eventualmente formigamento e dormência.
Em casos mais graves, os pacientes referem uma sensação que nós chamamos de Alodinia, que é a dor ao simples toque na pele.
O diagnóstico é feito através da história clínica do paciente, relacionando o tempo entre a realização da cirurgia e o início, a localização e as características da dor. Usualmente, nós fazemos um exame de ultrassonografia para detectar se há fibrose próxima à região desses nervos.
O tratamento, então, sempre vai desde aquilo que é mais simples para aquilo que é mais complexo, daquilo que oferece menos risco para aquilo que oferece mais risco.
Inicialmente, utilizamos medicamentos da classe dos anticonvulsivantes, que têm a propriedade de estabilizar neurônios que causam convulsão e também a propriedade de estabilizar neurônios que causam dor neuropática.
Os medicamentos mais utilizados são a Pregabalina, Gabapentina, Carbamazepina, Oxcarbazepina.
Quando os medicamentos não resolvem o problema, partimos para os procedimentos intervencionistas, dos quais as infiltrações guiadas por ultrassonografia são as mais comuns.
Neste procedimento, que não requer internação, localizamos a região dos nervos, e com a ajuda da ultrassonografia, guiamos agulhas ao redor dos nervos comprimidos. Injetamos substâncias anestésicas e anti-inflamatórias para diminuir a inflamação e tentar separar os nervos da região de fibrose que os comprime, chamando isso de hidrodissecção.
Nos casos em que as infiltrações não trazem alívio a longo prazo, evoluímos para a Crioablação.
Neste procedimento, colocamos agulhas guiadas pela ultrassonografia e, com o paciente sob sedação, colocamos um probe ligado a um gerador, criando uma bola de gelo na ponta do probe que congela o nervo, diminuindo os impulsos dolorosos.
Nos casos mais graves, nós podemos utilizar as técnicas chamadas de Neuromodulação.
Temos três exemplos principais: a estimulação medular, a estimulação dos gânglios da raiz dorsal e, mais recentemente, a estimulação do próprio nervo periférico, o próprio nervo que está lesionado.
Também não descartamos de forma alguma, nos casos muito mais graves, a necessidade de mais uma abordagem cirúrgica. Isso acontece principalmente quando há material cicatricial extremamente denso e espesso, que comprime o nervo. Nesses casos, é necessário avaliar a relação custo-benefício para uma tentativa de descompressão cirúrgica do nervo.
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Acesse o nosso Site:
Agendamento de consultas:
WhatsApp: 11971175715
Ou pelo link:
Importante: antes de iniciar qualquer tratamento, procure avaliação médica.
Dr. André Mansano - Médico Especialista no Tratamento da Dor. São Paulo – SP.
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#hernia #neuropatia #dorintensa
Como ocorre a cirurgia de correção de hérnia?
Embora existam várias técnicas, na maioria das vezes realizamos uma incisão na região onde a hérnia ocorreu e fixamos uma "tela" para sustentá-la. Ela pode ser fixada com pontos ou com algum outro dispositivo médico.
Porém, nesta região existem dois nervos importantes: o Nervo Ilioinguinal e o Nervo Iliohipogástrico.
Ocasionalmente, os pontos dados podem pressionar o Nervo Ilioinguinal, ou a própria tela em si pode provocar essa compressão. Em casos mais raros, o próprio cirurgião pode cortar o nervo sem querer, ou então a manipulação dos tecidos pode provocar a formação de uma fibrose nessa região.
Fibroses são cicatrizes que ocorrem na região manipulada pela cirurgia e, dependendo da proximidade com o nervo, podem comprimi-lo ou dificultar a irrigação sanguínea no local, o que pode causar bastante dor.
Esses nervos são responsáveis pela sensibilidade da pele e dos músculos da região, da parte interna da coxa e da região do escroto nos homens e dos grandes lábios nas mulheres. Então, o acometimento desses nervos podem provocar dores nessas regiões, frequentemente do tipo queimação, e eventualmente formigamento e dormência.
Em casos mais graves, os pacientes referem uma sensação que nós chamamos de Alodinia, que é a dor ao simples toque na pele.
O diagnóstico é feito através da história clínica do paciente, relacionando o tempo entre a realização da cirurgia e o início, a localização e as características da dor. Usualmente, nós fazemos um exame de ultrassonografia para detectar se há fibrose próxima à região desses nervos.
O tratamento, então, sempre vai desde aquilo que é mais simples para aquilo que é mais complexo, daquilo que oferece menos risco para aquilo que oferece mais risco.
Inicialmente, utilizamos medicamentos da classe dos anticonvulsivantes, que têm a propriedade de estabilizar neurônios que causam convulsão e também a propriedade de estabilizar neurônios que causam dor neuropática.
Os medicamentos mais utilizados são a Pregabalina, Gabapentina, Carbamazepina, Oxcarbazepina.
Quando os medicamentos não resolvem o problema, partimos para os procedimentos intervencionistas, dos quais as infiltrações guiadas por ultrassonografia são as mais comuns.
Neste procedimento, que não requer internação, localizamos a região dos nervos, e com a ajuda da ultrassonografia, guiamos agulhas ao redor dos nervos comprimidos. Injetamos substâncias anestésicas e anti-inflamatórias para diminuir a inflamação e tentar separar os nervos da região de fibrose que os comprime, chamando isso de hidrodissecção.
Nos casos em que as infiltrações não trazem alívio a longo prazo, evoluímos para a Crioablação.
Neste procedimento, colocamos agulhas guiadas pela ultrassonografia e, com o paciente sob sedação, colocamos um probe ligado a um gerador, criando uma bola de gelo na ponta do probe que congela o nervo, diminuindo os impulsos dolorosos.
Nos casos mais graves, nós podemos utilizar as técnicas chamadas de Neuromodulação.
Temos três exemplos principais: a estimulação medular, a estimulação dos gânglios da raiz dorsal e, mais recentemente, a estimulação do próprio nervo periférico, o próprio nervo que está lesionado.
Também não descartamos de forma alguma, nos casos muito mais graves, a necessidade de mais uma abordagem cirúrgica. Isso acontece principalmente quando há material cicatricial extremamente denso e espesso, que comprime o nervo. Nesses casos, é necessário avaliar a relação custo-benefício para uma tentativa de descompressão cirúrgica do nervo.
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Dr. André Mansano - Médico Especialista no Tratamento da Dor. São Paulo – SP.
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