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Ilíada, jogos fúnebres, Canto XXIII, (lido por Patricia Reis Braga; tradução de Leonardo Antunes)
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Hoje cedo, recebi este adorável presente, que muito me honrou: a Patricia Reis Braga leu mais um trecho da minha tradução da Ilíada. Espero que gostem!
Para conhecer um pouco do belíssimo trabalho da Patricia:
Então Aquiles trouxe novos prêmios
de ferro negro para a arquearia.
Deixou à mostra dez machados duplos
e dez machados simples, de um só gume.
Logo em seguida tratou de enfincar
um mastro de navio de proa negra
bem afastado na areia da praia.
Ali ele amarrou com um cordão
pelos pés uma tímida pombinha
e então anunciou o desafio
aos arqueiros: "Aquele que atingir
esta tímida pomba com a flecha
que carregue de volta para casa
esses machados duplos como prêmio.
Quem atingir com a flecha o cordão
sem acertar o pássaro contudo
terá feito o disparo inferior
e levará os machadinhos simples."
Assim falou. De pronto apresentou-se
primeiro a força do príncipe Teucro.
Depois Meríones, bravo escudeiro
de Idomeneu, também se apresentou.
Então tomaram um elmo de bronze
e tiraram a sorte dos guerreiros.
O primeiro lugar foi sorteado
e coube a Teucro, que logo atirou
uma flecha com toda sua força,
mas não fez prece para o soberano,
com votos de uma esplêndida hecatombe
feita a partir dos melhores carneiros.
Não foi capaz de atingir a pombinha,
pois Apolo se ressentiu com ele.
Ainda assim, conseguiu atingir
o cordão que prendia os pés da ave.
A flecha pontiaguda atravessou
as fibras do cordão, cortando-o em dois.
A pombinha de pronto disparou
voando para o céu, enquanto a corda
se desatou e tombou sobre o chão.
Os acaios gritaram seus aplausos.
Mas Meríones logo se apressou
e arrebatou das mãos do concorrente
o arco. Nele preparou a flecha
que estava em suas mãos desde o começo.
De pronto dirigiu uma oração
para o flecheiro infalível, Apolo,
com votos de uma esplêndida hecatombe
feita a partir dos melhores carneiros.
Já bem ao alto, no meio nas nuvens,
ele avistou a tímida pombinha
e no que ela voava ele a atingiu
por sob as asas, bem no meio dela.
A flecha atravessou-a por completo
e depois desabou de volta ao chão,
de modo que caiu bem junto aos pés
de Meríones. Quanto ao passarinho,
baixou ferido, num pouso forçado,
no mastro de navio de proa negra.
O seu pescoço então pendeu de lado
e as asas já deixaram de bater.
Voou veloz o seu sopro de vida,
abandonando o corpo, que caiu
para longe dali. As tropas todas
assistiram ao feito, estupefatas.
Assim Meríones levou consigo
os dez machados duplos como prêmio
e Teucro carregou as machadinhas
de volta para os côncavos navios.
Em seguida o nascido de Peleu
trouxe uma lança de sombra comprida
e um caldeirão jamais exposto ao fogo,
ornado em flores, do valor de um boi,
e os colocou no centro da assembleia.
Ergueram-se de pronto os lançadores:
primeiro o filho de Atreu, Agamêmnon,
senhor de vasto e poderoso império;
depois Meríones, bravo escudeiro
de Idomeneu, também se levantou.
Em meio a eles falou o seguinte
o divo Aquiles, veloz no resgate:
"Filho de Atreu, sabemos como tu
supera em muito todos os guerreiros.
Não só exceles no poder que tens
mas também és o melhor lançador.
Então retorna levando este prêmio
de volta para os côncavos navios
e a lança nós podemos conceder
para o herói Meríones se assim
for agradável ao teu coração,
de minha parte apenas o sugiro."
Assim falou e não foi ignorado
pelo senhor de varões, Agamêmnon.
Então o herói cedeu a brônzea lança
para Meríones. Logo em seguida,
ele entregou ao arauto Taltíbio
o prêmio de beleza sobranceira.
Para conhecer um pouco do belíssimo trabalho da Patricia:
Então Aquiles trouxe novos prêmios
de ferro negro para a arquearia.
Deixou à mostra dez machados duplos
e dez machados simples, de um só gume.
Logo em seguida tratou de enfincar
um mastro de navio de proa negra
bem afastado na areia da praia.
Ali ele amarrou com um cordão
pelos pés uma tímida pombinha
e então anunciou o desafio
aos arqueiros: "Aquele que atingir
esta tímida pomba com a flecha
que carregue de volta para casa
esses machados duplos como prêmio.
Quem atingir com a flecha o cordão
sem acertar o pássaro contudo
terá feito o disparo inferior
e levará os machadinhos simples."
Assim falou. De pronto apresentou-se
primeiro a força do príncipe Teucro.
Depois Meríones, bravo escudeiro
de Idomeneu, também se apresentou.
Então tomaram um elmo de bronze
e tiraram a sorte dos guerreiros.
O primeiro lugar foi sorteado
e coube a Teucro, que logo atirou
uma flecha com toda sua força,
mas não fez prece para o soberano,
com votos de uma esplêndida hecatombe
feita a partir dos melhores carneiros.
Não foi capaz de atingir a pombinha,
pois Apolo se ressentiu com ele.
Ainda assim, conseguiu atingir
o cordão que prendia os pés da ave.
A flecha pontiaguda atravessou
as fibras do cordão, cortando-o em dois.
A pombinha de pronto disparou
voando para o céu, enquanto a corda
se desatou e tombou sobre o chão.
Os acaios gritaram seus aplausos.
Mas Meríones logo se apressou
e arrebatou das mãos do concorrente
o arco. Nele preparou a flecha
que estava em suas mãos desde o começo.
De pronto dirigiu uma oração
para o flecheiro infalível, Apolo,
com votos de uma esplêndida hecatombe
feita a partir dos melhores carneiros.
Já bem ao alto, no meio nas nuvens,
ele avistou a tímida pombinha
e no que ela voava ele a atingiu
por sob as asas, bem no meio dela.
A flecha atravessou-a por completo
e depois desabou de volta ao chão,
de modo que caiu bem junto aos pés
de Meríones. Quanto ao passarinho,
baixou ferido, num pouso forçado,
no mastro de navio de proa negra.
O seu pescoço então pendeu de lado
e as asas já deixaram de bater.
Voou veloz o seu sopro de vida,
abandonando o corpo, que caiu
para longe dali. As tropas todas
assistiram ao feito, estupefatas.
Assim Meríones levou consigo
os dez machados duplos como prêmio
e Teucro carregou as machadinhas
de volta para os côncavos navios.
Em seguida o nascido de Peleu
trouxe uma lança de sombra comprida
e um caldeirão jamais exposto ao fogo,
ornado em flores, do valor de um boi,
e os colocou no centro da assembleia.
Ergueram-se de pronto os lançadores:
primeiro o filho de Atreu, Agamêmnon,
senhor de vasto e poderoso império;
depois Meríones, bravo escudeiro
de Idomeneu, também se levantou.
Em meio a eles falou o seguinte
o divo Aquiles, veloz no resgate:
"Filho de Atreu, sabemos como tu
supera em muito todos os guerreiros.
Não só exceles no poder que tens
mas também és o melhor lançador.
Então retorna levando este prêmio
de volta para os côncavos navios
e a lança nós podemos conceder
para o herói Meríones se assim
for agradável ao teu coração,
de minha parte apenas o sugiro."
Assim falou e não foi ignorado
pelo senhor de varões, Agamêmnon.
Então o herói cedeu a brônzea lança
para Meríones. Logo em seguida,
ele entregou ao arauto Taltíbio
o prêmio de beleza sobranceira.
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