Soneto XXXIII (William Shakespeare)

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SONETO XXXIII
Tenho visto como a manhã radiosa, tantas vezes,
Com olhar soberano, o cume dos montes acaricia,
Beijando com seu rosto dourado os prados verdes,
Dourando os pálidos arroios com divina alquimia.
Em breve, deixa as negríssimas nuvens se arrastar
Em massa informe, sobre o rosto celeste
Para do desolado mundo seu semblante ocultar,
Desfigurado, fugindo furtivo para oeste.
De igual modo, meu sol manhã cedo brilhou,
Com tribunal esplendor iluminou minha cara;
Mas, ai! Só uma hora comigo se quedou,
O alto céu nublado de mim agora o separa.
Mas isto a meu amor não causa algum desdém;
Sóis da Terra têm manchas, quando o do céu as tem.

Livro
Título: Os Sonetos
Tradução: António Simões, M. Gomes da Torre
Editora: Relógio D'Água Editores - Lisboa
Edição: 2019

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Комментарии
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Como pode tal narração ter somente oito curtidas, oito apoio. ?

fabiobritomiranda