Pressupostos da PNL: As pessoas sempre fazem a melhor escolha disponível para elas | Jônatas Crizel

Todos nós somos expostos a diversas situações durante nossas vidas. E por mais parecidas que sejam essas situações entre duas pessoas ou mesmo que estas estejam juntas, a forma como percebem a realidade à sua volta é única. Lembram do "mapa não é o território"? Ele ainda está valendo.

Estas experiências nos ensinaram o que queremos, como queremos, o que e como valorizar, o que aprende e como aprender, etc. Ao longo da vida essas experiências vão se somando e combinando e gerando o que chamamos de personalidade.

A nossa vida é feita de escolhas. O que queremos e o que não queremos. Como queremos e como não queremos. Até mesmo não escolher é uma escolha. Costumamos dizer que uma pessoa possui somente 3 obrigações na vida: morrer, viver enquanto não morre e aprender enquanto vive. TODO o resto são escolhas.

Você: Ahh mas eu PRECISO trabalhar.
Eu: Não, não precisa. O que acontecerá se você não trabalhar?
Você: Ahh mas ai eu não vou ter dinheiro, vou passar forem, perder minha casa...
Eu: Sim, isso é verdade.
Você: Então é melhor eu trabalhar!
Eu: Sem dúvida!
Você: Então, como que não tenho essa obrigação?!
Eu: Não tem! você PREFERE fazer isso do que enfrentar as consequências. É uma escolha, mesmo que óbvia. E uma vida de escolhas é muito mais feliz do que uma vida de obrigações.

Note como aqui, nesse exemplo absurdo, você está tomando a melhor decisão sem nem pensar que é uma decisão. Pode substituir trabalhar por qualquer outra situação que o resultado será o mesmo. Você já fez, inconscientemente, uma escolha que lhe parece uma obrigação. Esse é o poder das crenças que você aprendeu durante a vida.

E agora podemos começar a entender que estamos tomando decisões o tempo todo sobre tudo. Quero / não quero. Gosto / não gosto. Aceito / não aceito. Decido / não decido. Mesmo sem nos darmos conta.

Então você vai me dizer que conhece alguém que tomou um decisão lamentável em algum momento da vida. Bom, essa pessoa tomou a melhor decisão disponível no momento. Sempre estamos tentando fazer o melhor a todo o momento, mas isso não significa que o resultado seja, de fato, o melhor possível.

Costumo dizer aos alunos e clientes de mudança que não existe uma única célula no nosso corpo que exista para nos fazer mal. Alguns ficam confusos com essa afirmação e alegam que existem, por exemplo, o câncer. Então eu argumento que a célula do câncer não existe para fazer mal, ela está fazendo porque está com um problema. Mas existia uma função original positiva dela.

Isso ocorre na mente também. Ao longo da nossa história de vida pessoal aprendemos e criamos nossas crenças que são sistemas inconscientes operando o tempo todo. Aprendemos e criamos essas crenças através de erros e acetos do nosso passado e essas crenças hoje definem os recursos que temos para operar na realidade.

Dessa forma, mesmo que alguma atitude sua ou de outra pessoa, em determinada situação não tenha sido a melhor, foi a melhor possível diante dos recursos disponíveis naquele momento. E mesmo que voltasse naquela experiência é provável que fizesse exatamente a mesma coisa, pois as mesmas crenças seriam ativadas naquele contexto. Ou seja, naquele momento, naquele contexto e com aquelas crenças foi a melhor escolha disponível.

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Entendi nossas crenças muitas vezes inconscientes nos limitam de perceber outras opções de escolhas em uma situação