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Minha Opinião Sobre a Guerra

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GUERRA DA UCRÂNIA - FAZ SENTIDO UMA REVISÃO DE HISTÓRIA
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada pelos Estados Unidos em 1949 com o objetivo de combater a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Após o fim da Guerra Fria em 1989 e a dissolução da URSS, a OTAN perdeu o sentido de existir. Mas, ao contrário, os Estados Unidos decidiram expandi-la para países do Leste Europeu. Nas últimas 3 décadas a OTAN foi cercando a Rússia com a inclusão de novos membros. Entretanto, nenhum país nas fronteiras russas havia sido acrescido na aliança atlântica.
Em 1991, George H. Bush bombardeu o Iraque para mostrar ao mundo que só havia no momento uma superpotência. Bill Clinton atacou e destruiu a Iugoslávia em 1999, fragmentando o território daquele país e criando um estado postiço no Kossovo. Isto foi uma afronta direta a um aliado histórico da Rússia, que naquele momento não teve como reagir.
Com os ataques em 11 de setembro de 2001, a Doutrina de George W. Bush declarou que os Estados Unidos poderiam fazer guerras preventivas sem o consentimento da ONU e quem não estivesse ao lado deles seriam seus inimigos. Os resultados concretos foram duas grandes guerras: a do Afeganistão em 2001 e do Iraque em 2003. A primeira foi para controlar o "heartland" da Eurásia e a segunda, para atender ao interesse da indústria petrolífera. Ambas visavam drenar recursos públicos para a indústria bélica.
Desde o fim da URSS, a Rússia teve que confrontar guerras em seu próprio território ou nas fronteiras, muitas das quais tendo os Estados Unidos como patrocinador. Um a um, os regimes aliados à Rússia no Leste Europeu foram sendo derrubados com as chamadas “revoluções coloridas”, que eram operações de mudança de regime empregando as modernas técnicas de guerra híbrida. Em 2014, um golpe de estado articulado pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia derrubou o governo ucraniano, então aliado a Moscou. O objetivo era retaliar a Rússia por ela ter contido a operação de mudança de regime na Síria, uma guerra criada para redesenhar o mapa geopolítico do Oriente Médio na complexa geopolítica dos hidrocarbonetos que também envolve o peso russo no comércio de gás e petróleo. Também visava impedir o acesso russo a mares quentes através do Mar Negro. Planejava ainda expandir a OTAN para as fronteiras russas e assim conter a possível retomada da sua influência na área da antiga URSS.
A subjetividade é um elemento central das modernas guerras híbridas. Assim, foi preciso construir um sentimento de desagregação. Saíram do armário ideias que estavam adormecidas desde a II Guerra Mundial com financiamento europeu e estadunidense. Grupos como Svoboda e Setor Direita formaram bancadas no parlamento ucraniano após o golpe. Em 2 de maio de 2014, neonazistas promoveram um massacre de sindicalistas em Odessa, resultando na morte de mais de 40 pessoas e 200 feridos gravemente por terem sido queimados vivos na sede de um sindicato. Nem Estados Unidos nem União Europeia condenaram as ações dos neonazistas.
A Rússia agiu rapidamente para garantir seus interesses estratégicos: reanexou a Crimeia e o poderoso porto de Sebastopol no Mar Negro. Apoiou grupos separatistas na região fronteiriça de Donbass, das autoproclamadas Repúblicas Populares de Luganski e Donetsky. Apesar de ter uma grande população étnica russa, o idioma russo foi banido da oficialidade e sentimentos de xenofobia passaram a ser promovidos amplamente na Ucrânia. Mesmo assim, em 2014, foram estabelecidos os Acordos de Minsk, no qual a Rússia prometeria não atacar a Ucrânia e a Ucrânia deixaria em paz os russos étnicos.
Em 2019, um comediante de televisão, Volodymir Zelensky, foi eleito presidente da Ucrânia com a promessa de retomar a Crimeia, massacrar os separatistas em Donbass e solicitar o ingresso da Ucrânia na OTAN. Ou seja, sua plataforma era rejeitar os Acordos de Minsk. Logo, o conflito se escalonaria para a situação atual.
Desde a crise de 2008/2009, os Estados Unidos e a União Europeia vêm passando por um declínio relativo, enquanto a China e a Rússia vivem uma ascensão, o primeiro na economia e o segundo militarmente. Estes dois países, afastados durante a Guerra Fria, seguiram num processo de reaproximação estratégica. Grupos como o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a OCX (Organização para a Cooperação de Xangai) contribuíram neste sentido. O projeto chinês da Nova Rota da Seda conta com a Rússia, que também procura retomar sua influência na região eurasiana, particularmente no estratégico Cazaquistão e nas outras antigas repúblicas soviéticas, inclusive as do Leste Europeu.
Com a eleição do republicano Donald Trump em 2017, os Estados Unidos distanciaram-se das hostilidades com a Rússia. Os democratas acusavam-no de ter recebido apoio russo nas eleições. Em 2020, Trump retirou as tropas estadunidenses do Iraque. Joe Biden foi eleito e em 2021, removeu o exército do Afeganistão da maneira mais atrapalhada possível.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada pelos Estados Unidos em 1949 com o objetivo de combater a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Após o fim da Guerra Fria em 1989 e a dissolução da URSS, a OTAN perdeu o sentido de existir. Mas, ao contrário, os Estados Unidos decidiram expandi-la para países do Leste Europeu. Nas últimas 3 décadas a OTAN foi cercando a Rússia com a inclusão de novos membros. Entretanto, nenhum país nas fronteiras russas havia sido acrescido na aliança atlântica.
Em 1991, George H. Bush bombardeu o Iraque para mostrar ao mundo que só havia no momento uma superpotência. Bill Clinton atacou e destruiu a Iugoslávia em 1999, fragmentando o território daquele país e criando um estado postiço no Kossovo. Isto foi uma afronta direta a um aliado histórico da Rússia, que naquele momento não teve como reagir.
Com os ataques em 11 de setembro de 2001, a Doutrina de George W. Bush declarou que os Estados Unidos poderiam fazer guerras preventivas sem o consentimento da ONU e quem não estivesse ao lado deles seriam seus inimigos. Os resultados concretos foram duas grandes guerras: a do Afeganistão em 2001 e do Iraque em 2003. A primeira foi para controlar o "heartland" da Eurásia e a segunda, para atender ao interesse da indústria petrolífera. Ambas visavam drenar recursos públicos para a indústria bélica.
Desde o fim da URSS, a Rússia teve que confrontar guerras em seu próprio território ou nas fronteiras, muitas das quais tendo os Estados Unidos como patrocinador. Um a um, os regimes aliados à Rússia no Leste Europeu foram sendo derrubados com as chamadas “revoluções coloridas”, que eram operações de mudança de regime empregando as modernas técnicas de guerra híbrida. Em 2014, um golpe de estado articulado pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia derrubou o governo ucraniano, então aliado a Moscou. O objetivo era retaliar a Rússia por ela ter contido a operação de mudança de regime na Síria, uma guerra criada para redesenhar o mapa geopolítico do Oriente Médio na complexa geopolítica dos hidrocarbonetos que também envolve o peso russo no comércio de gás e petróleo. Também visava impedir o acesso russo a mares quentes através do Mar Negro. Planejava ainda expandir a OTAN para as fronteiras russas e assim conter a possível retomada da sua influência na área da antiga URSS.
A subjetividade é um elemento central das modernas guerras híbridas. Assim, foi preciso construir um sentimento de desagregação. Saíram do armário ideias que estavam adormecidas desde a II Guerra Mundial com financiamento europeu e estadunidense. Grupos como Svoboda e Setor Direita formaram bancadas no parlamento ucraniano após o golpe. Em 2 de maio de 2014, neonazistas promoveram um massacre de sindicalistas em Odessa, resultando na morte de mais de 40 pessoas e 200 feridos gravemente por terem sido queimados vivos na sede de um sindicato. Nem Estados Unidos nem União Europeia condenaram as ações dos neonazistas.
A Rússia agiu rapidamente para garantir seus interesses estratégicos: reanexou a Crimeia e o poderoso porto de Sebastopol no Mar Negro. Apoiou grupos separatistas na região fronteiriça de Donbass, das autoproclamadas Repúblicas Populares de Luganski e Donetsky. Apesar de ter uma grande população étnica russa, o idioma russo foi banido da oficialidade e sentimentos de xenofobia passaram a ser promovidos amplamente na Ucrânia. Mesmo assim, em 2014, foram estabelecidos os Acordos de Minsk, no qual a Rússia prometeria não atacar a Ucrânia e a Ucrânia deixaria em paz os russos étnicos.
Em 2019, um comediante de televisão, Volodymir Zelensky, foi eleito presidente da Ucrânia com a promessa de retomar a Crimeia, massacrar os separatistas em Donbass e solicitar o ingresso da Ucrânia na OTAN. Ou seja, sua plataforma era rejeitar os Acordos de Minsk. Logo, o conflito se escalonaria para a situação atual.
Desde a crise de 2008/2009, os Estados Unidos e a União Europeia vêm passando por um declínio relativo, enquanto a China e a Rússia vivem uma ascensão, o primeiro na economia e o segundo militarmente. Estes dois países, afastados durante a Guerra Fria, seguiram num processo de reaproximação estratégica. Grupos como o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a OCX (Organização para a Cooperação de Xangai) contribuíram neste sentido. O projeto chinês da Nova Rota da Seda conta com a Rússia, que também procura retomar sua influência na região eurasiana, particularmente no estratégico Cazaquistão e nas outras antigas repúblicas soviéticas, inclusive as do Leste Europeu.
Com a eleição do republicano Donald Trump em 2017, os Estados Unidos distanciaram-se das hostilidades com a Rússia. Os democratas acusavam-no de ter recebido apoio russo nas eleições. Em 2020, Trump retirou as tropas estadunidenses do Iraque. Joe Biden foi eleito e em 2021, removeu o exército do Afeganistão da maneira mais atrapalhada possível.