IP (Entenda finalmente como funciona o IPv4 e o IPv6) // Dicionário do Programador

Já parou pra pensar que o IP está em tudo que se comunica em rede atualmente. Descubra como esse protocolo funciona dentro das camadas de rede e entenda como funciona as classes e as máscaras de sub-rede.
Entenda porque o IPv4 está acabando e como o IPv6 veio pra ficar.

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💻 Edição e Áudio: RW Studio
🔗 Um vídeo do site Código Fonte

#IP #Internet #IPv6 #Redes

[itanuromero]

Nossa, incrível, façam um dicionário do programador sobre camadas de rede :)

[mrbsneves]

Rapaz, o final me quebrou. Não sabia que o IPv6 era tão complexo.
Obrigado pela inspiração a estudar.

[guilhermemolnarcastro]

Pra quem não fez faculdade na área de computação como eu o assunto de redes parece magia. Difícil encontrar material didático bom. Obrigado pelo vídeo! O assunto de redes pode render muitos outros Dicionários do Programador.

[johnsilva]

Explicação didática e divertida, sou um profissional da área de Redes e sei de forma prática como o primeiro contato com IPV6 pode assustar rs, mas a implementação é bastante prática.

[Marialmeidask]

Gente, conheci o canal de vocês há alguns dias atrás e tenho gostado da dinâmica dos vídeos! Porém, tenho uma sugestão aqui... Eu sou uma pessoa totalmente leiga nessa área, mas estou interessada em embarcar nesse mundo da tecnologia (sou formada em História). Eu fucei o canal aqui e não achei nenhuma playlist que ajuda as pessoas que tem zero base a entender e adentrar melhor nos assuntos. Eu vi alguns CAC de vocês, me abriu a cabeça pra alguns pontos, mas acredito que seria ótimo se houvesse um compilado de videos que ajudasse nao só quem já é da área, como também quem está interessado em entrar, mas ainda está perdido. Não sei se vocês teriam interesse em fazer isso pra esse tipo de público, mas eu como inscrita iria amar! Um abraço!

[jujubarei]

Loguei aki rapidinho pra perguntar... Como vcs conseguem ser TÃO Hahahaha eu adoro vcs! O casal CDF mais adorado ❤😍

[wallaceandrade]

Muito legal! Parabéns 👏
Sou analista de rede, desenvolvedor e hoje já tenho 3 aplicações rodando em v4 e v6 aqui no provedor. IPv6 é massa demais

[guilhermetelles]

Sou novo como Dev, mas comecei no técnico em Redes de Computadores, e vou dizer, foi a melhor coisa que fiz, vcs falando e eu de boa entendendo tudo...ser Dev e não saber redes(que é a base de tudo) deve ser difícil, né, me diz vcs ai...rsrsr

[AndreAntonioDantas]

Lá vou eu me meter de novo.

Temos que entender alguns aspectos importantes dessas redes IP, mas dentro de um contexto histórico e matemático.

Dentro do contexto histórico, temos que entender que o IPV4 foi criado há quase 40 anos (uma eternidade em termos de informática), sendo apenas um protocolo genérico e muito flexível de comunicação de máquina para máquina. Então, muitos dos aperfeiçoamentos tecnológicos sofridos nestes anos existem graças à flexibilidade do procolo de comunicação, porém estamos atingindo um ponto em que nossas exigências em termos de velocidade, estabilidade, confiabilidade, segurança da rede começam a demandar mais do que o IPV4 é capaz de oferecer.
Boa parte das novas especificações do IPV6 visam atender esse tipo de demanda atual e futura, e não apenas a extensão do endereço para evitar seu esgotamento.

Um exemplo trata-se dos casos da multimídia e da teleconferência.
Mandar um vídeo por um sistema de rede ou mesmo manter uma teleconferência entre várias pessoas em locais distantes era um desafio tecnológico nos anos 80. Especificações de hardware e de protocolos foram propostos ao longo dos anos 80 para atender essas demandas e o resultado muitos aqui devem conhecer. É o caso das TV's a cabo que muitos ainda possuem.

Tanto a multimídia como a teleconferência tinham um grande defeito: boa parte delas eram projetos proprietários tanto em hardware como em software e protocolos, e logo um palavrão foi ouvido: "INTERCAMBIABILIDADE".
Uma empresa que desejasse ter um sistema de teleconferência entre a matriz e suas filiais precisava contratar o mesmo serviço em todos os pontos. Porém, se ela contratasse o serviço de uma empresa diferente da dos seus fornecedores e clientes, ela teria que assinar todos os serviços relacionados, porque um sistema não conversava com o outro. Ficava caro e ineficiente. Por isso estes serviços nunca tiveram sucesso comercial.

O IPV4 era um protocolo elementar de rede, e os especialistas não acreditavam que ele poderia suportar aplicações específicas, pesadas e sofisticadas como multimídia e a teleconferência. Mas trabalhos de mestrado e doutorado demonstraram formas onde um fluxo de dados IPV4 permitiria esses tipos de aplicação, desde que a velocidade fosse alta e o tempo de resposta da rede fosse baixa.
É a evolução destes trabalhos que temos hoje que permitem aplicações como Spotify, Skype, IPTV, etc..

Porém os desafios não teminaram aí.
Imaginem que 100 usuários estejam simultaneamente acessando este vídeo. Provavelmente o estarão fazendo via protocolo IPV4. Se o Youtube não fizer alguma mágica, então se eu estou vendo este vídeo, eu tenho que puxar pacote por pacote de dados do servidor do YT. Se meu vizinho também estiver vendo o mesmo vídeo, os mesmos pacotes serão gerados e enviados para ele. Da mesma forma, o servidor do YT tem de gerar pacotes para os outros 98 usuários que estão vendo o mesmo vídeo.
Evidentemente, esta é uma limitação do IPV4 que gera uma sobrecarga dos servidores do YT.

Já o IPV6 faz algumas propostas mais avançadas neste quesito. Ao invés do servidor do YT emitir N pacotes idênticos para N usuários, ele gera apenas 1 pacote com N destinatários simultâneos. O roteador à frente deste servidor observa os endereços anexados e pode emitir 2 ou 3 pacotes para outros 2 ou 3 roteadores com sub-listas. Há muito menos tráfego de dados com esta implementação.

Não sei como ficou, mas houve uma discussão de uma atualização do IPV6 onde algumas técnicas de redes peer-to-peer (P2P) poderiam ser implementadas.
Redes P2P ficaram estigmatizadas por serem redes normalmente associadas à pirataria, mas na verdade são redes muito úteis por serem redes robustas, praticamente à prova de falhas.

Aqui é onde é preciso mencionar trabalhos modernos em matemática de redes, como os propostos pelos doutores Duncan Watts e Steven Strogatz sobre redes de "mundo pequeno" (você está separado de qualquer outra pessoa do mundo por apenas 6 outras pessoas - os 6 graus de separação) e por Albert Barabási, que mostra que as redes naturais não são completamente aleatórias. Os dois trabalhos completamente independentes se mostraram altamente complementares e formam a base da moderna teoria das redes, e trata desde as redes de relacionamentos humanos, propagação de vírus em humanos e computadores, além das redes de computadores.

Redes que se formam naturalmente, segundo estes trabalhos, não são aleatórias como podem parecer. Elas também são muito resistentes a falhas e ataques, mas possuem forças e fraquezas características.
Uma rede com servidor central é um exemplo de uma rede frágil. Se o servidor parar de operar ou mesmo se ficar sobrecarregado, toda a rede que depende dele vai falhar. Em uma rede mais homogênea, as falhas tendem a ser menores.

Voltemos ao exemplo deste vídeo no YT. Digamos que haja um ataque hacker ao servidor do YT. Todos ficarão sem ver este vídeo.
Porém, se o sistema for distribuído, e eu já vi este vídeo e os dados ainda estiverem na cachê do meu computador, caso a requisição do meu vizinho ao servidor do YT falhar para fornecer os pacotes com o vídeo, o roteador pode lembrar que eu possuo estes pacotes e eu passaria a fornecer os pacotes para meu vizinho de forma transparente.
Uma das vantagens é que o tráfego destes pacotes se tornaria mais local, diminuindo a sobrecarga dos backbones principais da rede.

Por outro lado, redes P2P tem outros desafetos além dos que combatem a pirataria. Elas são quase impossíveis de serem monitoradas e limitadas. Para autoridades como a Rússia e a China, que criaram grandes firewalls nacionais, isto seria um problema. Eles não podem fechar totalmente suas redes à internet internacional, e redes P2P sempre encontram um caminho, mesmo que sob brechas bastante restritivas.

Isto foi apenas um apanhado, mostrando que o IPV6 é um protocolo que vai muito além apenas da expansão dos endereços. É bom lembrar que o futuro da internet passa por 3 grandes revoluções: a internet das coisas, o sistema 5G e a adoção em larga escala do IPV6. Todas essas coisas estão interligadas.

[nemnomeeutenho]

Faz um vídeo explicando tbm o endereço MAC

[lucasdefarias]

Video mais didático que na faculdade, obrigado.

[michelescherner]

Os programadores mais queridinhos do YouTube 😊

[vhsanson]

Parabéns pelo Vídeo. Vcs podem fazer um vídeo explicando o modelo OSI?

[edreer]

Muito bom! Tirou uns nós da cabeça e colocou outros! Kkk em geral o vídeo é sensacional! Parabéns!!

[prafrentebrasil]

Caramba... parabéns hein..vcs são muito bons... Espero que esse canal cresça bastante

[GamerDefault]

O curso que estou fazendo me trouxe pra cá, estão usando seu conteúdo pra ensinar a gente. Peçam a parte de vcs eim, o curso não é barato.

[RafaelAndradeMetalOmega]

Muito top a explicação, vi essa matéria na faculdade de ADS

[julianademartini-blnr]

Eu amo vocês! Gratidão por tanto conteúdo precioso! ❤

[randersonabdon]

Muito bom, meus parabéns... Dica para novos vídeos é CRON JOB, reparei, nos fóruns da vida, que muitas pessoas tem dificuldade com esse tema..

[LBtecKaliLinux]

Até pra pessoas que fizeram redes de computadores, que é meu caso, é difícil entender o IPV6