CONHEÇA Genova - Itália

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A cidade de Génova (Gênova em português brasileiro) deve remontar aos Gregos, como atestam as escavações de uma necrópole datada do século IV a.C., mas provavelmente o porto terá tido uma utilização mais antiga. A cidade foi destruída pelos Cartagineses em 209 a.C., sendo posteriormente reconstruída pelos Romanos, que a usaram como base durante a guerra que travaram com a Ligúria.

No período que medeia a queda do Império Romano do Ocidente (476) e o século XI pouco se sabe desta cidade. A partir do século XI, Génova torna-se uma república marítima governada por cônsules. A cidade contribuiu então com o envio de barcos no combate aos corsários sarracenos nas águas territoriais italianas; aliaram-se a Pisa, para expulsar os muçulmanos da Córsega e da Sardenha mas posteriores desentendimentos geraram disputas entre estas duas cidades-estado, ambas importantes Repúblicas Marítimas.

No século XII, os genoveses alargaram o seu território e partiram para as cruzadas trazendo para a sua cidade ricos saques. Os mercadores genoveses enriqueceram bastante com o transporte de mercadorias do Médio Oriente como a seda, pedras preciosas e as especiarias, muito apreciadas na Europa por esta altura, levando-os a estabelecer entrepostos comerciais em vários pontos do Mediterrâneo e do mar Egeu, até ao mar Negro.

O comércio era facilitado pelo bom relacionamento com o Império Bizantino; contudo, as proveitosas relações comerciais com esta parte do mundo trouxeram graves conflitos com a República de Veneza, a sua rival comercial com a qual a República de Génova se envolveu numa guerra em meados do século XIII, época em que o seu poderio tinha atingido maior amplitude. Génova esmagou Pisa na Batalha de Meloria em 1284, e os venezianos foram derrotados em Curzola, em 1298, dia 8 de setembro. A partir de 1257, Génova, uma cidade governada por mercadores e banqueiros, aprendeu a lidar com reis e papas, envolvendo-se em conflitos que resultaram em divisões internas. Esta disputa pelo poder gerou grupos rivais que não se inibiram de pedir auxílio a forças externas. A desordem criada era tal que o próprio doge instituído em 1339 não conseguiu superar. Contudo, e apesar deste contexto muito conturbado, a sua pujança manteve-se até 1381, depois da "guerra de Chioggia", quando foi decidida a paz de Torino. Depois deste momento Génova perdeu os territórios tirados aos Venezianos e começou seu declínio militar. Porém o poder financeiro de Génova durou até a fim do século XVII, quando iniciou seu lento declínio; seu último reduto, a Córsega, foi cedido à França em 1768; o ano seguinte nasceu na Córsega Napoleão Bonaparte.

Panorama de Génova em 1490.
O doge Andrea Doria restaurou a estabilidade de Génova com a ajuda do sacro imperador romano em 1528. A cidade era dominada pela França e o Piemonte; no entanto, só perdeu a sua independência em 1797, com a chegada de Napoleão Bonaparte, que integrou Génova na República da Ligúria, uma província depois absorvida pelo Império Francês em 1805. Dez anos depois, Génova foi integrada ao reino de Sardenha.

Depois da unificação italiana, em 1861, e combinado com um rápido desenvolvimento industrial do norte do país, Gênova galgou a posição de maior porto marítimo da Itália.

Nesta Cidade nasceram os Papas: Inocêncio IV, Adriano V, Inocêncio VIII, Bento XV.
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