O caso Therac 25, o pior erro de software da história | #BugsHistoricos

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Era a década de 1980, um período de rápida inovação tecnológica na medicina. O Therac-25 era uma dessas inovações: uma máquina avançada de radioterapia, projetada para tratar pacientes com câncer de forma precisa e eficiente. Combinando a potência de radiação com a sofisticação do controle por software, o Therac-25 prometia ser um salto à frente em tratamentos de radioterapia.

No entanto, por trás dessa tecnologia de ponta, havia um problema oculto e fatal. No coração do sistema, o software, que deveria gerenciar com precisão as doses de radiação administradas, escondia uma falha grave. O problema estava em uma condição de corrida, um tipo de bug que ocorre quando dois processos no sistema tentam acessar ou modificar um recurso ao mesmo tempo, sem a devida coordenação. Isso causava uma confusão interna que o software não conseguia resolver corretamente.

Devido a essa falha, a máquina, em vez de administrar doses controladas e seguras de radiação, começou a liberar quantidades letais para os pacientes. O Therac-25 não possuía mecanismos de segurança suficientes para identificar e interromper esses erros. Entre 1985 e 1987, pelo menos seis pacientes que deveriam ter recebido tratamento foram inadvertidamente submetidos a doses massivas de radiação. Essas doses não apenas causaram ferimentos graves, mas também resultaram em mortes.

O incidente com o Therac-25 foi um marco trágico na história da engenharia de software, evidenciando o quão catastrófico um erro de software pode ser, especialmente em sistemas críticos, como os usados na medicina. O caso serviu de lição para a indústria, reforçando a necessidade de testes mais rigorosos, redundância de segurança e um controle mais cuidadoso na interação entre software e hardware. As vítimas desse erro se tornaram, de forma dolorosa, um símbolo da importância vital da qualidade e da segurança em sistemas tecnológicos.
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