O CARECA TEM MAIS TESTOSTERONA?

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Muitas pessoas acreditam erroneamente que homens com calvície têm mais testosterona no corpo. No entanto, isso não é verdade. A alopécia androgenética, mais conhecida como calvície, não está associada a níveis mais altos de testosterona. Em vez disso, as pessoas com essa condição apresentam maior sensibilidade à testosterona e, principalmente, ao di-hidrotestosterona (DHT) no couro cabeludo. Essa sensibilidade exacerbada é o que leva à miniaturização progressiva dos folículos capilares, resultando na calvície ao longo do tempo.

A DHT é um andrógeno mais potente que a testosterona e se forma a partir da conversão da testosterona pela enzima 5-alfa-redutase. Nos indivíduos com predisposição genética para a alopécia androgenética, os folículos capilares no couro cabeludo são mais suscetíveis aos efeitos da DHT. Essa susceptibilidade provoca a diminuição gradual do tamanho dos folículos e a produção de fios de cabelo mais finos e curtos, processo conhecido como miniaturização. Com o tempo, esses folículos podem parar de produzir cabelo completamente, resultando na calvície.

📚 Um artigo de revisão por Lolli et al. (2017) publicado na revista Endocrine discute detalhadamente a alopécia androgenética. O estudo enfatiza que a causa subjacente da calvície não é um excesso de testosterona, mas sim uma maior sensibilidade dos folículos capilares aos efeitos da DHT. Esta revisão científica destaca a complexidade da alopécia androgenética e a importância de entender que os níveis hormonais não são necessariamente mais elevados, mas que a resposta dos folículos capilares aos hormônios é mais intensa. Portanto, o manejo da calvície envolve estratégias que visam reduzir a conversão de testosterona em DHT ou bloquear a ação da DHT nos folículos capilares para prevenir ou retardar a progressão da calvície.

🚨Este é um post meramente orientador. Todo diagnóstico e uso de qualquer medicamento deve sempre passar pelo crivo médico (Dr Jorge Yamamoto - CRMMG 77128)