VALSA DE REALEJO - CLARA NUNES

CLARA NUNES
(Clara Nunes (Cedro da Cachoeira, 12 August 1943 or 1942 — Rio de Janeiro, 2 April 1983)
DISCO: CLARIDADE (1975)
Valsa De Realejo (Guinga, Paulo Cesar Pinheiro)
Todos estão pelo salão, amor
E essa canção ninguém descobre de onde vem
Me dê a mão
Vamos dançar também
De coração aberto a gente faz projeto, amor
A gente escolhe um rumo pro nosso desejo
Mas nem tudo dá certo
O tempo é o mal secreto, amor
Ele brinca nos caminhos com nosso cortejo
A morte está por perto
O tempo é o objeto, amor
E ela é quem nos dará o derradeiro beijo
Mas morrendo o poeta a música prossegue, amor
Pois é a mão de Deus que movimenta o realejo
Todos são dançarinos na sala do destino, amor
São pares que volteiam juntos
Mas jamais se cruzam
Pois não têm domínio
É um moto-contínuo
Viver é que é valsar
A valsa é que é o fascínio
Pelo que vejo você não está dançando, amor
O realejo está tocando, amor

[ginaschneider]

NÃO IMPORTA O ESTILO, CLARA REALMENTE É UM SER DE LUZ!

[EloyNunes]

Meu Deus, isso é absolutamente triunfal!

[SamuelMachadoFilho]

De Guinga e Paulo César Pinheiro, é outra faixa do oitavo álbum de Clara Nunes, "Claridade" (Odeon, 1975). Foi mais tarde regravada por instrumentistas do porte de Joel Nascimento, Izaías e Fernando Martins, tendo também registro do Quinteto Villa-Lobos.